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Nota ao Amigo Leitor

Cremos que entre os Católicos há muitos que são cristãos conscienciosos que seguem toda a luz que brilha em seu caminho. Não é propósito deste periódico atacar a indivíduos; antes , porém, apontar a História e a Profecia bíblica sobre o sistema religioso Católico.

¿Gobernará el Papa al Mundo Nuevamente?

Compromisso Fatal

O APÓSTOLO S. Paulo, em sua segunda carta aos Tessalonicenses, predisse a grande apostasia que teria como resultado o estabelecimento do poder papal. Declarou que o dia de Cristo não viria "sem que antes venha a apostasia, e que se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora, de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus." 2 Tessalonicenses 2:7. Mesmo naqueles primeiros tempos viu ele, insinuando-se na igreja, erros que preparariam o caminho para o desenvolvimento do papado.

Pouco a pouco, a princípio furtiva e silenciosamente, e depois mais às claras, à medida em que crescia em força e conquistava o domínio da mente dos homens, o mistério da iniqüidade levou avante sua obra de engano e blasfêmia. Quase imperceptivelmente os costumes do paganismo tiveram ingresso na igreja cristã. O espírito de transigência e conformidade fora restringido durante algum tempo pelas terríveis perseguições que a igreja suportou sob o paganismo. Mas, em cessando a perseguição e entrando o cristianismo nas cortes e palácios dos reis, pôs ela de lado a humilde simplicidade de Cristo e Seus apóstolos, em troca da pompa e orgulho dos sacerdotes e governadores pagãos; e em lugar das ordenanças de Deus colocou teorias e tradições humanas. A conversão nominal de Constantino, na primeira parte do século quarto, causou grande regozijo; e o mundo, sob o manto de justiça aparente, introduziu-se na igreja. Progredia rapidamente a obra de corrupção. O paganismo, conquanto parecesse suplantado, tornou-se o vencedor. Seu espírito dominava a igreja. Suas doutrinas, cerimônias e superstições incorporaram-se à fé e culto dos professos seguidores de Cristo.

Homem do Pecado

ESTA mutua transigência entre o paganismo e o cristianismo resultou no desenvolvimento do "homem do pecado", predito na profecia como se opondo a Deus e exaltando-se sobre Ele. Aquele gigantesco sistema de religião falsa é a obre-prima do poder de Satanás —monumento de seus esforços para sentar-se sobre o trono e governar a Terra segundo a sua vontade.

"Esclarecemos que a Santa Sé Apostólica (O Vaticano) e o Pontífice Romano ocupam a supremacia sobre todo o mundo." The Most Holy Council, Vol. 3, Col 1167.

Uma vez Satanás se esforçou por estabelecer um compromisso mútuo com Cristo. Chegou-se ao Filho de Deus no deserto da tentação, e mostrando-Lhe todos os reinos do mundo e a glória dos mesmos, ofereceu-se a entregar tudo em Suas mãos se tão somente reconhecesse a supremacia do príncipe das trevas. Cristo repreendeu o pretensioso tentador e obrigou-o a retirar-se. Mas Satanás obtém maior êxito em apresentar ao homem as mesmas tentações. Para conseguir proveitos e honras humanas, a igreja foi levada a buscar o favor e apoio dos grandes homens da Terra; e, havendo assim rejeitado a Cristo, foi induzida a prestar obediência ao representante de Satanás — o bispo de Roma.

Fundamento do Erro

UMA das principais doutrinas do romanismo é que o papa é a cabeça visível da igreja universal de Cristo, investido de autoridade suprema sobre os bispos e pastores em todas as partes do mundo. Mais do que isto, tem-se dado ao papa os próprios títulos da Divindade. Tem sido intitulado: "Senhor Deus, o Papa", e foi declarado infalível. Exige ele a homenagem de todos os homens. A mesma pretensão em que insistia Satanás no deserto da tentação, ele ainda a encarece mediante a igreja de Roma, e enorme número de pessoas estão prontas para render-lhe homenagem.

Mas os que temem e reverenciam a Deus enfrentam esta audaciosa presunção do mesmo modo por que Cristo enfrentou as solicitações do insidioso adversário: "Adorarás ao Senhor teu Deus, e a Ele somente servirás." S. Lucas 4:8 Deus jamais deu em Sua palavra a mínima sugestão de que tivesse designado a algum homem para ser a cabeça da igreja. A doutrina da supremacia papal opõem-se diretamente aos ensinos das Escrituras Sagradas. O papa não pode ter poder algum sobre a igreja de Cristo, senão por usurpação.

Os romanistas tem persistido em acusar os protestantes de heresia e voluntária separação da verdadeira igreja. Semelhantes acusações, porém, aplicam-se antes a eles próprios. São eles os únicos que depuseram a bandeira de Cristo, e se afastaram da "fé que uma vez foi dada aos santos." S. Judas 3.

 

"Nós ocupamos nesta terra o lugar do Deus Todo poderoso." Papa Leon XIII, Em uma carta encíclica, 20 de Junho de 1894

Denunciador de Erros

SATANÁS bem sabia que as Escrituras Sagradas habilitariam os homens a discernir seus enganos e resistir a seu poder. Foi pela Palavra que mesmo o Salvador do mundo resistiu a seus ataques. Em cada assalto Cristo apresentou o escudo da verdade eterna, dizendo: "Está escrito". A cada sugestão do adversário, opunha a sabedoria e poder da Palavra. A fim de Satanás manter o seu domínio sobre os homens e estabelecer a autoridade humana, deveria conservá-los na ignorância da Escrituras. A Bíblia exaltaria a Deus e colocaria o homem finito em sua verdadeira posição; portanto, suas sagradas verdades deveriam ser ocultadas e suprimidas. Esta lógica foi adotada pela Igreja de Roma. Durante séculos a circulação da Escritura foi proibida. Ao povo era vedado lê-la ou tê-la em casa, e sacerdotes e prelados sem escrúpulos interpretavam-lhe os ensinos de modo a favorecerem suas pretensões. Assim o chefe da igreja veio a ser quase universalmente reconhecido como o vigário de Deus na Terra, dotado de autoridade sobre a igreja e o Estado. o

Submissão ao Paganismo

SUPRIMINDO o revelador do erro, agiu Satanás a seu bel-prazer. A profecia declara que o papado havia de cuidar "em mudar os tempos e a lei". Daniel 7:25. Para cumprir esta obra não foi vagaroso. A fim de proporcionar aos conversos do paganismo uma substituição a adoração de ídolos, e promover assim sua aceitação nominal do cristianismo, foi gradualmente introduzida no culto cristão a adoração das imagens e relíquias. O decreto de um concílio geral estabeleceu, por fim, este sistema de idolatria. Para completar a obra sacrílega, Roma pretendeu eliminar da lei de Deus o segundo mandamento, que proíbe o culto das imagens, e dividir o décimo mandamento a fim de conservar o número deles.

O Compromisso Continua

ESTE espírito de concessão ao paganismo abriu caminho para desrespeito ainda maior da autoridade do Céu. Satanás, operando por meio de não consagrados dirigentes da igreja, intrometeu-se também com o quarto mandamento e tentou por de lado o antigo sábado, o dia que Deus tinha abençoado e santificado (Gênesis 2:2 e 3), exaltando em seu lugar a festa observada pelos pagãos como "o venerável dia do Sol". Esta mudança não foi a princípio tentada abertamente. Nos primeiros séculos o verdadeiro sábado foi guardado por todos os cristãos. Eram estes ciosos da honra de Deus, e crendo que Sua lei é imutável, zelosamente preservavam a santidade de seus preceitos. Mas com grande argúcia, Satanás operava mediante seus agentes para efetuar seu objetivo. Para que a atenção do povo pudesse ser chamada para o domingo, foi feito deste uma festividade em honra da ressurreição de Cristo. Atos religiosos eram nele realizados; era, porém, considerado como dia de recreio, sendo o sábado ainda observado como dia santificado.

A fim de preparar o caminho para a obra que intentava cumprir, Satanás induzira os judeus, antes do advento de Cristo, a sobrecarregarem o sábado com as mais rigorosas imposições, tornando sua observância um fardo. Agora, tirando vantagem da falsa luz sob a qual ele assim fizera com que fosse considerado, lançou o desdém sobre o sábado como instituição judaica. Enquanto os cristãos geralmente continuavam a observar o domingo como festividade prazenteira, ele os levou, a fim de mostrarem seu ódio ao judaísmo, a fazer do sábado dia de jejum, de tristeza e pesar.

Ousada Mudança

NA primeira parte do século quarto, o imperador Constantino promulgou um decreto fazendo do domingo uma festividade pública em todo o Império Romano. O dia do Sol era venerado por seus súditos pagãos e honrado pelos cristãos; foi o expediente do imperador para unir os interesses em conflito do paganismo e cristianismo. Com ele se empenharam para fazer isto os bispos da igreja, os quais, inspirados pela ambição e sede do poder, perceberam que, se o mesmo dia fosse observado tanto por cristãos como pagãos, promoveria a aceitação nominal do cristianismo pelos pagãos, e assim adiantaria o poderio e glória da igreja. Mas, conquanto muitos cristãos tementes a Deus fossem gradualmente levados a considerar o domingo como possuindo certo grau de santidade, ainda mantinham o verdadeiro sábado como o dia santo do Senhor, e observavam-no em obediência ao quarto mandamento.

O arqui-enganador não havia terminado a sua obra. Estava decidido a congregar o mundo cristão sob sua bandeira, e exercer o poder por intermédio de seu vigário, o orgulhoso pontífice que pretendia ser o representante de Cristo. Por meio de pagãos semi-conversos, ambiciosos prelados e eclesiásticos amantes do mundo, realizou ele seu propósito. Celebravam-se de tempos em tempos vastos concílios aos quais do mundo todo concorriam os dignatários da igreja. Em quase todos os concílios o sábado que Deus havia instituído era rebaixado um pouco mais, enquanto o domingo era em idêntica proporção exaltado. Destarte a festividade pagã veio finalmente a ser honrada como instituição divina, ao mesmo tempo em que se declarava ser o sábado Bíblico relíquia do judaísmo, amaldiçoando-se seus observadores.

"O Domingo é uma instituição Católica, e o direito para sua observância pode ser defendido unicamente sob os princípios Católicos... Do começo ao fim, nas Escrituras, não há uma única passagem que autorize a transferência do culto público semanal do último dia da semana para o primeiro." Catholic Press, Sydney, Australia, 1900.

O Selo do Criador é Removido

O grande apóstata conseguira exaltar-se "contra tudo o que se chama Deus, ou se adora". 2 Tessalonicenses 2:4. Ousara mudar o único preceito da lei divina que inequivocamente indica a toda a humanidade o Deus verdadeiro e vivo. No quarto mandamento Deus é revelado como Criador do Céu e da Terra, e por isto se distingue de todos os falsos deuses. Foi para memória da obra da criação que o sétimo dia foi santificado como dia de repouso para o homem. Destinava-se a conservar o Deus vivo sempre diante da mente humana como a fonte de todo ser e objeto de reverência e culto. Satanás esforça-se por desviar os homens de sua aliança para com Deus e de prestarem obediência à Sua lei; dirige seus esforços, portanto, especialmente contra o mandamento que aponta a Deus como Criador.

Os protestantes hoje insistem em que a ressurreição de Cristo no domingo fê-lo o sábado cristão. Não existe, porém, evidência escriturística para isto. Nenhuma honra semelhante foi conferida ao dia por Cristo ou Seus apóstolos.

 

Do Paganismo para Roma Papal

NO século sexto tornou-se o papado firmemente estabelecido. Fixou-se a sede de seu poderio na cidade imperial e declarou-se ser o bispo de Roma a cabeça de toda a igreja. O paganismo cedera lugar ao papado. O dragão dera à besta "o seu poder e o seu trono, e grande poderio". Apocalipse 13:2. E começaram então os 1260 anos da opressão papal preditos nas profecias de Daniel e Apocalipse. Daniel 7:25; Apocalipse 13:5–7. Os cristãos foram obrigados a optar entre renunciar sua integridade e aceitar as cerimônias e cultos papais, ou passar a vida nas masmorras, sofrer a morte pelo instrumento de tortura, pela fogueira, ou pela machadinha do verdugo. Cumpriram-se as palavras de Jesus: "E até pelos pais, e irmãos, e parentes, e amigos sereis entregues, e matarão alguns de vós. E de todos sereis odiados por causa de Meu nome". S. Lucas 21:16–17.

"Nenhum protestante que tenha conhecimento competente da história, porá em dúvida o fato de que a igreja de Roma tem derramado mais sangue inocente que nenhuma outra instituição que jamais haja existido na terra. É impossível formar-se uma idéia completa da multidão de suas vítimas."
W. E. H. Lecky, History of the Rise and Influence of the Spirit of Rationalism in Europe, tomo 2, pág. 32, Ediçäo de 1910.

"Calcula-se ... uma média de 40.000 assassinatos religiosos por cada ano de existência do papado". John Dowling, The History of Romanism, pág. 541-542.

Desencadeou-se a perseguição sobre os fiéis com maior fúria do que nunca, e o mundo se tornou um vasto campo de batalha. Durante séculos a igreja de Cristo encontrou refúgio no isolamento e obscuridade. Assim diz o profeta: "A mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus, para que ali fosse alimentada durante mil e duzentos e sessenta dias." Apocalipse 12:6.

A Escura Idade Média Começa

O acesso da Igreja de Roma ao poder assinalou o início da escura Idade Média. Aumentando o seu poderio, mais se adensavam as trevas. De Cristo, o verdadeiro fundamento, transferiu-se a fé para o papa de Roma. Em vez de confiar no Filho de Deus para o perdão dos pecados e para a salvação eterna, o povo olhava para o papa e sacerdotes e prelados a quem delegava autoridade. Ensinava-se-lhes ser o papa seu mediador terrestre, e que ninguém poderia aproximar-se de Deus senão por seu intermédio; e mais ainda, que ele ficava para eles em lugar de Deus e deveria, portanto, ser implicitamente obedecido. Esquivar-se de suas disposições era motivo suficiente para se infligir a mais severa punição ao corpo e alma dos delinqüentes. Assim a mente do povo desviava-se de Deus para homens falíveis, que erram e são cruéis, e mais ainda, para o próprio príncipe das trevas que por meio deles exercia o seu poder. O pecado se disfarçava sob o manto de santidade. Quando as Escrituras são suprimidas e o homem vem a considerar-se supremo, só podemos esperar fraudes, enganos e aviltante iniqüidade. Com a elevação das leis e tradições humanas, tornou-se manifesta a corrupção que sempre resulta de se por de lado a lei de Deus.

Dias de Perigo

Dias de perigo foram aqueles para a igreja de Cristo. Perdeu-se de vista o evangelho, mas multiplicaram-se as formas de religião, e o povo foi sobrecarregado de severas exigências.

Ensinava-se-lhes não somente a considerar o papa como seu mediador, mas a confiar em suas próprias obras para expiação do pecado. Longas peregrinações, atos de penitência, adoração de relíquias, ereção de igrejas, relicários e altares, bem como pagamento de grandes somas à igreja, tudo isto e muitos atos semelhantes eram ordenados para aplacar a ira de Deus ou assegurar o Seu favor, como se Deus fosse idêntico aos homens, encolerizando-se por ninharias, ou apaziguando-se com donativos ou atos de penitência!

As trevas pareciam tornar-se mais densas. Generalizou-se a adoração das imagens. Acendiam-se velas perante imagens e orações se lhes dirigiam. Prevaleciam os costumes mais absurdos e supersticiosos. O espírito dos homens era a tal ponto dirigido pela superstição que a razão mesma parecia haver perdido o domínio. Enquanto os próprios sacerdotes e bispos eram amantes do prazer, sensuais e corruptos, só se poderia esperar que o povo que os tinha como guias se submergisse na ignorância e vício.

O Arrogante Pontífice

MAIOR ainda se tornou a presunção papal quando, no século XI, o papa Gregório VII proclamou a perfeição da Igreja de Roma. Entre as proposições por ele apresentadas uma havia declarando que a igreja nunca tinha errado, nem jamais erraria, segundo as Escrituras. Mas as provas escriturísticas não acompanhavam a asserção. O altivo pontífice também pretendia o poder de depor imperadores; e declarou que sentença alguma que pronunciasse poderia ser revogada por quem quer que fosse, mas era prerrogativa sua revogar as decisões de todos os outros.

Quão notável é o contraste entre o despótico orgulho deste altivo pontífice e a mansidão e suavidade de Cristo que representa a Si mesmo à porta do coração a rogar que seja ali admitido, a fim de poder entrar para levar perdão e paz e que ensinou a Seus discípulos: "Qualquer que entre vós quiser ser o primeiro seja vosso servo." S. Mateus 20:27.

 

 

As Trevas Intensificam - se

OS séculos que se seguiram testemunharam aumento constante de erros nas doutrinas emanadas de Roma. Mesmo antes do estabelecimento do papado, os ensinos dos filósofos pagãos haviam recebido atenção e exercido influência na igreja. Muitos que se diziam conversos ainda se apegavam aos dogmas de sua filosofia pagã, e não somente continuaram no estudo desta, mas encareciam-no a outros como meio de estenderem sua influência entre os pagãos. Erros graves foram assim introduzidos na fé cristã. Destaca-se entre outros o da crença na imortalidade natural do homem e sua consciência na morte. Esta doutrina lançou o fundamento sobre o qual Roma estabeleceu a invocação dos santos e a adoração da Virgem Maria. Disto também proveio a heresia do tormento eterno para os que morrem impenitentes, a qual logo de início se incorporara à fé papal.

"O Papa não é somente o representante de Jesus Cristo, mas ele é o mesmo Jesus Cristo, oculto sob um manto de carne." The Catholic National, Julio de 1895.

Achava-se então preparado o caminho para a introdução de ainda outra invenção do paganismo, a que Roma intitulou purgatório e empregou para amedrontar às multidões crédulas e supersticiosas. Com esta heresia afirma-se a existência de um lugar de tormento, no qual as almas dos que não merecem condenação eterna devem sofrer castigo por seus pecados, e do qual, quando libertas da impureza, são admitidas no Céu.

O Aspecto Financeiro

AINDA outra invencionice era necessária para habilitar Roma a aproveitar-se dos temores e vícios de seus adeptos. Esta foi suprida pela doutrina das indulgências. Completa remissão dos pecados, passados, presentes e futuros, e livramento de todas as dores e penas em que os pecados importam, eram prometidos a todos os que se alistassem nas guerras do pontífice para estender seu domínio temporal, castigar seus inimigos e exterminar os que ousassem negar-lhe a supremacia espiritual. Ensinava-se também ao povo que, pelo pagamento de dinheiro à igreja, poderia livrar-se do pecado e igualmente libertar as almas de seus amigos falecidos que estivessem condenados as chamas atormentadoras. Por esses meios Roma abarrotou os cofres e sustento

O Criador Criado

A ordenança escriturística da ceia do Senhor fora suplantada pelo idolátrico sacrifício da missa. Sacerdotes papais pretendiam, mediante esse disfarce destituído de sentido, converter o simples pão e vinho no verdadeiro "corpo e sangue de Cristo". —Conferências sobre a "presença real", do Cardeal Wiseman. Com blasfema presunção pretendiam abertamente o poder de criarem Deus, o criador de todas as coisas. Aos cristãos exigia-se, sob pena de morte, confessar sua fé nesta heresia horrível, que insulta ao Céu. Multidões que a isto se recusaram foram entregues às chamas.

"O papa João Paulo II pediu perdão pelas guerras (religiosas) na Europa entre católicos e protestantes durante o periodo da Grande Contra- Reforma." U. S. News and World Report, 3 de Julho de 1995.

Reportagens noticiosas como estas e outras semelhantes são um reconhecimento da responsabilidade do papado pela morte de milhões de mártires durante a Idade Média. A Biblia predisse que em condições de pressão, que estão a ponto de ocorrer, o papado e seus defensores recorrerão novamente ao poder civil para controlar aos dissidentes.

Milhões de Mártires

NO século XIII foi estabeleci do o mais terrível de todos os estratagemas do papado - a inquisição. O príncipe das trevas trabalhava com os dirigentes da hierarquia papal. Em seus concílios secretos, Satanás e seus anjos dirigiam a mente de homens maus enquanto, invisível entre eles, estava um anjo de Deus, fazendo o tremendo relatório de seus iníquos decretos e escrevendo a história de ações por demais horrorosas para serem desvendadas ao olhar humano. Os corpos mutilados de milhões de mártires pediam vingança a Deus contra o poder apóstata.

O Máximo de Trevas

O papado se tornou o déspota do mundo. Reis e imperadores curvavam-se aos decretos do pontífice romano. O destino dos homens, tanto temporal como eterno, parecia estar sob seu domínio. Durante séculos as doutrinas de Roma tinham sido extensa e implicitamente recebidas, seus ritos reverentemente praticados, suas festas geralmente observadas. Seu clero era honrado e liberalmente mantido. Nunca a Igreja de Roma atingiu maior dignidade, magnificência ou poder.

Vício Desenfreado

"Por professar uma fé contrária a da Igreja Católica, a história registra o martírio de mais de cem milhões de pessoas". Brief Bible Readings, pág. 16. "No dia 24 de Agosto de 1527, os Católicos Romanos da França, seguindo um plano premeditado, sob a influência jesuíta, assassinaram 70.000 protestantes durante o espaço de dois meses. O Papa regozijou-se ao escutar as notícias dos resultados exitosos." Western Watchman, 21 de Novembro de 1921

MAS "o meio-dia do papado foi a meia-noite do mundo". — História do Protestantismo, Bk. 1, cp.4, J. A. Wylie. As Sagradas Escrituras eram quase desconhecidas, não somente pelo povo mas pelos sacerdotes. Como os fariseus de outrora, os dirigentes papais odiavam a luz que revelaria os seus pecados. Removida a lei de Deus - a norma de justiça - exerciam eles poder sem limites e praticavam os vícios sem restrições. Prevaleciam a fraude, a avareza, a libertinagem. Os homens não recuavam de crime algum pelo qual pudessem adquirir riqueza ou posição. Os palácios dos papas e prelados eram cenários da mais vil devassidão. Alguns dos pontífices reinantes eram acusados de crimes tão revoltantes que os governadores seculares se esforçavam por depor esses dignatários da igreja como monstros demasiado vis para serem tolerados. Durante séculos a Europa não fez progresso no saber, nas artes ou na civilização. Uma paralisia moral e intelectual caíra sobre a cristandade.

O Papado Denunciado

  • Martinho Lutero disse:" Já me sinto mais livre em meu coração, pois finalmente sei que o papa é o anti-cristo, e que seu trono é o de Satanás. O Papado é um perseguidor que segue as ordens do pontífice Romano com o fim de subjugar e destruir as almas."

  • Carlos Spurgeon afirmou: "Precisamos advertir com judiciosa ousadia aqueles que se inclinam a seguir os erros de Roma. Devemos falar-lhes a respeito das atuações tenebrosas do papado."

  • João Knox disse que o papa era "o anti-cristo mesmo".

  • João Wesley disse do papado: " Ele é, num sentido mais categórico, o homem do pecado, porque ele acrescenta toda forma de pecado, sem medida."

  • João Calvino afirmou: "Chamamos ao pontífice romano o anti-cristo".

Os Protestantes Esquecem-se do Passado

HOJE em dia os descendentes daqueles mártires fiéis têm esquecido a razão pela qual se chamam a si mesmos "protestantes". Consideremos a seguinte declaração: "Já é chegado o tempo de que os protestantes se dirijam ao papa e lhe perguntem, ‘Que devemos fazer para retornar ao lar?’ " Dr. Robert Schuller, Los Angeles Herald Examiner, 19 de Setembro de 1987.

"Dirigentes das igrejas Protestantes Americanas e das igrejas ortodoxas orientais que se reuniram com o papa João Paulo II na sexta-feira, declararam que ‘sua primeira reunião, a qual contou com uma grande representação, era um indicador no progresso para maior unidade. ...’ O Rev. Donald Jones, da Igreja Metodista Unida e presidente do departamento de estudos religiosos da Universidade de Carolina do Sul, EUA, qualificou-a como ‘a reunião ecumênica mais importante do século...’ O Rev. Paul A Crow Jr. de Indianápolis, dirigente ecumênico da Igreja Cristã (Discípulos de Cristo), chamou-a um ‘novo alvorecer no ecumenismo,’ abrindo um futuro no qual Deus ‘nos está atraindo à unidade.’ " The Montgomery Advertiser, 12 de Setembro de 1987.

"Se o catolicismo se tornará mais católico no futuro, o que é de esperar-se sob a liderança deste papa atual, então, as diferenças teológicas se tornarão mais acentuadas. Porém nossas alianças com os católicos contra a cultura secular, pode tornar-se mais profunda. Eu, pelo menos, estou pronto para essa mudança." David Wells, Eternity Magazine, Setembro de 1987.

"Os ensinos carismáticos protestantes e católicos sobre a vida cristã são praticamente idênticos. Não é isso significativo para o futuro do cristianismo?" J. I. Packer, Christianity Today, 22 de Junho de 1992.

O protestantismo esqueceu suas raízes. Ele foi suscitado para resistir e denunciar os erros de Roma. Agora está disposto a adotá-los. Hoje em dia que o mundo inteiro se encontra à beira do ataque final de Roma, os antigos inimigos estão formando alianças. O mundo protestante tem esquecido que eles estão envolvidos em uma batalha eterna, e por causa da sua condescendente negligência de conhecimento, eles estarão destinados à destruição.

 

Ponto Real: A lei e a Ordem

DESDE o início do grande conflito no Céu, tem sido o intento de Satanás subverter a lei de Deus. Foi para realizar isto que entrou em rebelião contra o Criador; e posto que fosse expulso do Céu, continuou a mesma luta na Terra. Enganar os homens, levando-os assim a transgredir a lei de Deus, é o objetivo que perseverantemente tem procurado atingir. Quer seja isto alcançado pondo de parte toda a lei, quer rejeitando um de seus preceitos, o resultado será finalmente o mesmo. Aquele que tropeçar "em um só ponto", manifesta desprezo pela lei toda; sua influência e exemplo estão do lado da transgressão; torna-se "culpado de todos". S. Tiago 2:10.

Procurando lançar o desprezo sobre os estatutos divinos, Satanás perverteu as doutrinas da Escritura Sagrada, e assim se incorporaram erros na fé alimentada por milhares dos que professam crer nas Escrituras. O último grande conflito entre a verdade e o erro não é senão a luta final da prolongada controvérsia relativa a lei de Deus. Estamos a entrar nesta batalha - batalha entre as leis dos homens e os preceitos de Jeová, entre a religião da Bíblia e a religião das fábulas e da tradição.

A incredulidade prevalece em assustadora proporção, não somente no mundo mas também na igreja. Muitos tem chegado a negar doutrinas que são, com efeito, as colunas da fé cristã. Os grandes fatos da criação conforme são apresentados pelos escritores inspirados, a queda do homem, a expiação, a perpetuidade da lei de Deus, são praticamente rejeitados, quer no todo, quer em parte, por vasta proporção do mundo que professa cristianismo. Muitos ministros estão ensinando ao povo, e muitos lentes e professores estão a instruir os estudantes, que a lei de Deus foi mudada ou ab-rogada; e os que consideram suas reivindicações ainda válidas, devendo ser literalmente obedecidas, são julgados merecedores apenas de ridículo e desdém.

Idolatria Doutrinal

REJEITANDO a verdade, os homens rejeitam ao seu Autor. Conculcando a lei de Deus, negam a autoridade do Legislador. É tão fácil fazer um ídolo de falsas doutrinas e teorias como talhá-lo de madeira ou pedra. Representando falsamente os atributos de Deus, Satanás leva os homens a olhá-Lo sob falso prisma. Para muitos, um ídolo filosófico é entronizado em lugar de Jeová, enquanto o Deus vivo, conforme é revelado em Sua Palavra, em Cristo e nas obras da Criação, é adorado apenas por poucos. Milhares deificam a natureza, enquanto negam o Deus da natureza. Posto que de forma diversa, existe hoje a idolatria no mundo cristão tão verdadeiramente como existiu entre o antigo Israel nos dias de Elias. O deus de muitos homens que se professam sábios, de filósofos, poetas, políticos, jornalistas; o deus dos seletos centros da moda, de muitos colégios e universidades, mesmo de algumas instituições teológicas, pouco melhor é do que Baal, o deus-sol da Fenícia.

Nenhum erro aceito pelo mundo cristão fere mais audaciosamente a autoridade do Céu, nenhum se opõe mais diretamente aos ditames da razão, nenhum é mais pernicioso em seus resultados do que a doutrina moderna, que tão rapidamente ganha terreno, de que a lei de Deus não mais vigora para os homens. Suponde que ministros preeminentes estivessem a ensinar publicamente que os estatutos que governam seu país e protegem os direitos de seus cidadãos não são obrigatórios; que cerceiam a liberdade do povo, e que, portanto, não devem ser obedecidos; quanto tempo seriam tolerados esses homens no púlpito? É, porém, ofensa mais grave desatender as leis dos Estados e nações, do que pisar os preceitos divinos que são o fundamento de todo governo?

O Pecado Deixou de Ser Pecaminoso

QUANDO quer que os preceitos divinos sejam rejeitados, o pecado deixa de parecer repelente, ou a justiça desejável. Os que se recusam a sujeitar-se ao governo de Deus, são de todo inaptos para se governarem a si próprios. Mediante seus perniciosos ensinos, implanta-se o espírito de rebeldia no coração das crianças e jovens, que por natureza são aversos a disciplina, tendo isso como resultado a ilegalidade e desregramento, na sociedade. Ao mesmo tempo em que escarnecem da credulidade dos que obedecem aos preceitos de Deus, as multidões avidamente aceitam os enganos de Satanás. Dão rédeas à concupiscência, e praticam os pecados que atraíram os juízos sobre os ímpios.

Sociedade em Confusão

A doutrina de que os homens estão livres da obediência aos mandamentos de Deus já tem debilitado a força da obrigação moral, abrindo sobre o mundo as comportas da iniqüidade. Legalidade, dissipação e corrupção nos assoberbam qual maré esmagadora. Na família, Satanás está em atividade. Sua bandeira tremula, mesmo nos lares que se professam cristãos. Há invejas, suspeitas, hipocrisia, separação, emulação, contenda, traição de santos legados, satisfação das paixões. Todo o conjunto dos princípios e doutrinas religiosas, que deveriam constituir o fundamento e arcabouço da vida social, assemelha-se a uma massa vacilante, prestes a ruir. Os mais vis dos criminosos, quando lançados na prisão pelas suas faltas, tornam-se freqüentemente recebedores de dádivas e atenções como se houvessem alcançado invejável distinção. Dá-se grande publicidade a seu caráter e crimes. A imprensa publica os detalhes revoltantes do vício, iniciando desta maneira outros na prática da fraude, roubo, assassínio e Satanás exulta no êxito de seus planos infernais. O enfatuamento do vício, a criminalidade, o terrível aumento da intemperança e iniqüidade de toda sorte e grau, devem despertar todos os que temem a Deus para que investiguem o que se pode fazer a fim de sustar a maré do mal.

As Escrituras Rejeitadas

A iniqüidade e trevas espirituais que prevaleceram sob a supremacia de Roma foram resultado inevitável da supressão das Escrituras; onde, porém, se deve encontrar a causa da generalizada incredulidade, da rejeição da lei de Deus e conseqüente corrupção, sob o amplo fulgor da luz evangélica, numa época de liberdade religiosa? Agora que Satanás não mais pode conservar o mundo sob seu domínio, privando-o das Escrituras, recorre a outros meios para realizar o mesmo objetivo. Destruir a fé na Bíblia serve tão bem a seu propósito como destruir a própria Bíblia. Introduzindo a crença de que a lei de Deus não mais vigora, leva os homens à transgressão de um modo tão eficaz como se fossem completamente ignorantes acerca de seus preceitos. E hoje, como nos séculos passados, está a operar mediante a igreja a fim de favorecer os seus desígnios. As organizações religiosas da época têm recusado ouvir as verdades impopulares claramente apresentadas nas Escrituras, e combatendo-as, adotaram interpretações e assumiram atitudes que tem espalhado largamente as sementes do cepticismo. Apegando-se ao erro papal da imortalidade natural e consciência do homem na morte, rejeitaram a única defesa contra os enganos do espiritismo. A doutrina do tormento eterno tem levado muitos a descrer da Escritura Sagrada. E, ao insistir-se com o povo acerca das reivindicações do quarto mandamento, verifica-se que a observância do sábado do sétimo dia é ordenada; e, como único meio de livrar-se de um dever que não estão dispostos a cumprir, declaram muitos ensinadores populares que a lei de Deus não mais está em vigor. Repelem, assim, a lei e o sábado juntamente. À medida que se estende a obra de reforma do sábado, esta rejeição da lei divina para evitar as reivindicações do quarto mandamento se tornará quase universal.

 

 

A Escura Idade Media se Repete

O expediente de Satanás neste conflito final com o povo de Deus é o mesmo que empregou no início da grande controvérsia no Céu. Pretendia estar buscando promover a estabilidade do governo divino, enquanto secretamente aplicava todo esforço para conseguir sua subversão. E da mesma obra que assim se estava esforçando por cumprir, acusava os anjos fiéis. Idêntica política de engano tem assinalado a história da igreja de Roma. Tem esta professado agir como substituta do Céu, ao mesmo tempo em que procura exaltar-se sobre Deus, e mudar Sua lei. Sob o governo de Roma, os que sofreram a morte pela sua fidelidade para com o evangelho eram denunciados como malfeitores; declarava-se estarem eles coligados com Satanás; e todos os meios possíveis foram empregados para cobri-los de infâmia, para fazê-los parecer aos olhos do povo, mesmo aos seus próprios, como os mais vis dos criminosos. Assim será agora. Enquanto Satanás procura destruir os que honram a lei de Deus, fará com que sejam acusados como violadores da lei, como homens que estão desonrando a Deus e acarretando juízos sobre o mundo.

Compulsão por Crueldade

DEUS nunca força a vontade ou a consciência; porém o recurso constante de Satanás para alcançar domínio sobre os que de outra maneira não pode seduzir, é o constrangimento pela crueldade. Por meio do medo ou da força, procura reger a consciência e conseguir para si mesmo homenagem. Para realizar isto, opera tanto pelas autoridades eclesiásticas como pelas seculares, levando-as a imposição de leis humanas em desafio à lei de Deus.

Luz Trocada por Trevas

AO rejeitarem as igrejas protestantes os argumentos claros das Escrituras Sagradas, em defesa da lei de Deus, almejarão fazer silenciar aqueles cuja fé não podem subverter pela Bíblia. Embora fechem os olhos ao fato, estão agora a enveredar por caminho que levará à perseguição dos que conscienciosamente se recusam a fazer o que o resto do mundo cristão se acha a praticar, e a reconhecer as pretensões do sábado papal.

Proibida a Liberdade de Consciência

OS dignatários da igreja e do Estado unir-se-ão para subornar, persuadir ou forçar todas as classes a honrar o domingo. A falta de autoridade divina será suprida por legislação opressiva. A corrupção política está destruindo o amor à justiça e a consideração para com a verdade; e mesmo na livre América do Norte, governantes e legisladores, a fim de conseguir o favor do público, cederão ao pedido popular de uma lei que imponha a observância do domingo. A liberdade de consciência, obtida a tão elevado preço de sacrifício, não mais será respeitada. No conflito prestes a se desencadear, veremos exemplificadas as palavras do profeta: "O dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao resto da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo." Apocalipse 12:17.

Em contraste com os que guardam os mandamentos de Deus e têm a fé de Jesus, o terceiro anjo indica outra classe contra cujos erros profere solene e terrível advertência: "Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão, também o tal beberá do vinho da ira de Deus". Apocalipse 14:9 e 10. Para a compreensão desta mensagem é necessária uma interpretação correta dos símbolos empregados. Quem são representados pela besta, pela imagem e pelo sinal?


Interpretando os Símbolos

O Dragão

A cadeia de profecias na qual se encontram estes símbolos, começa no capítulo 12 de Apocalipse, com o dragão que procurava destruir Cristo em Seu nascimento. Declara-se que o dragão é Satanás (Apocalipse 12:9). Foi ele que atuou sobre Herodes a fim de matar o Salvador. Mas o principal agente de Satanás, ao fazer guerra contra Cristo e Seu povo, durante os primeiros séculos da era cristã, foi o Império Romano, no qual o paganismo era a religião dominante. Assim, conquanto o dragão represente primeiramente Satanás, é, em sentido secundário, símbolo de Roma pagã.

A Besta Semelhante ao Leopardo

NO capítulo 13, versos 1–10, descreve-se a besta "semelhante ao leopardo", à qual o dragão deu "o seu poder, o seu trono, e grande poderio". Este símbolo, como a maioria dos protestantes tem crido, representa o papado, que sucedeu no poder, trono e poderio uma vez mantidos pelo antigo Império Romano. Declara-se quanto à besta semelhante ao leopardo: "Foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los; e deu-se-lhe poder sobre toda a tribo, e língua, e nação". Esta profecia, que é quase idêntica à descrição da ponta pequena de Daniel 7, refere-se inquestionavelmente ao papado. "Deu-se-lhe poder para continuar por quarenta e dois meses." E, diz o profeta, "vi uma de suas cabeças como ferida de morte". E, mais, "se alguém leva em cativeiro, em cativeiro irá; se alguém matar à espada, necessário é que à espada seja morto". Os quarenta e dois meses são o mesmo que "tempo, tempos e metade de um tempo", três anos e meio, ou 1.260 dias, de Daniel 7, tempo durante o qual o poder papal deveria oprimir o povo de Deus. Este período, conforme se declara nos capítulos precedentes, começou com a supremacia do papado, no ano 538 de nossa era, e terminou em 1798. Nesta ocasião o papa foi aprisionado pelo exército francês, e o poder papal recebeu a chaga mortal, cumprindo-se a predição: "Se alguém leva em cativeiro, em cativeiro irá". Apocalipse 13:10

A América de Norte na  Profecia

"Se, por conseguinte, também a Igreja Católica reclama o direito de intolerância dogmática com referência aos seus ensinos, é injusto censurá-la por exercer esse direito... Ela considera a intolerância dogmática não somente seu direito incontestável, como também dever sagrado... De acordo com Romanos 13:1–4, as autoridades seculares tem o direito de punir, especialmente crimes graves, com pena de morte; conseqüentemente, ‘os hereges podem ser não somente excomungados, mas também condenados à morte com justiça.’ " The Catholic Encyclopedia, Edição 1911, Vol. 14, págs. 766, 768.

NESTE ponto é introduzido outro símbolo. Diz o profeta: "Vi subir da Terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro." Apocalipse 13:11. Tanto a aparência desta besta como a maneira por que surgiu, indicam que a nação por ela representada é dessemelhante das que são mostradas sob os símbolos precedentes. Os grandes reinos que têm governado o mundo foram apresentados ao profeta Daniel como feras rapinantes, que surgiam quando "os quatro ventos do céu combatiam no mar grande". Daniel 7:2. Em apocalipse 17, um anjo explicou que águas representam "povos, e multidões, e nações e línguas". (verso 15) Ventos são símbolo de contendas. Os quatro ventos do céu a combaterem no mar grande, representam as terríveis cenas de conquista e revolução, pelas quais os reinos têm atingido o poder.

Subindo da Terra

MAS a besta com chifres semelhantes aos do cordeiro foi vista a "subir da terra," Apocalipse 13:11. Em vez de subverter outras potências para estabelecer-se, a nação assim representada deve surgir em território anteriormente desocupado, crescendo gradual e pacificamente. Não poderia, pois, surgir entre as nacionalidades populosas e agitadas do Velho Mundo - esse mar turbulento de "povos, e multidões, e nações, e línguas." Deve ser procurada no Continente Ocidental.

Que nação do Novo Mundo se achava em 1798 ascendendo ao poder, apresentando indícios de força e grandeza, e atraindo a atenção do Mundo? A aplicação do símbolo não admite dúvidas. Uma nação, e apenas uma, satisfaz as especificações desta profecia; esta aponta insofismavelmente para os Estados Unidos da América do Norte. Reiteradas vezes, ao descreverem a origem e o crescimento desta nação, oradores e escritores tem emitido inconscientemente o mesmo pensamento e quase que empregado as mesmas palavras do escritor sagrado. Escritor preeminente, descrevendo a origem dos Estados Unidos, fala do "mistério de sua procedência do nada", e diz: "Semelhando a semente silenciosa, desenvolvemo-nos em império." — G. A. Townsend, The New World Compared with the Old, pág. 462. Um jornal europeu, em 1850 referiu-se aos Estados Unidos como um império maravilhoso, que estava "emergindo" e "no silêncio da terra aumentando diariamente seu poder e orgulho." — The Dublin Nation.

Os dois chifres semelhantes aos do cordeiro indicam juventude, inocência e brandura, o que apropriadamente representa o caráter dos Estados Unidos, quando apresentados ao profeta como estando a "subir" em 1798. Entre os exilados que primeiro fugiram para a América e buscaram asilo contra a opressão real e a intolerância dos sacerdotes, muitos havia que se decidiram a estabelecer um governo sobre o amplo fundamento da liberdade civil e religiosa. Republicanismo e protestantismo tornaram-se os princípios fundamentais da nação. Estes princípios são o segredo de seu poder e prosperidade. Os oprimidos e conculcados de toda a cristandade têm-se volvido para esta terra com interesse e esperança e os Estados Unidos alcançaram lugar entre às mais poderosas nações da Terra.

Falando Como Dragão

MAS a besta de chifres semelhantes aos do cordeiro "falava como o dragão. E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença, e faz que a Terra e os que nela habitam adorem a primeira besta, cuja chaga mortal fora curada. E ... dizendo aos que habitam na Terra que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida da espada e vivia." Apocalipse 13:11–14.

Os chifres semelhantes aos de cordeiro e a voz de dragão deste símbolo indicam contradição flagrante entre o que professa e pratica a nação assim representada. A "fala" da nação são os atos de suas autoridades legislativas e judiciárias. Por esses atos desmentirá os princípios liberais e pacíficos que estabeleceu como fundamento de sua política. A predição de falar "como o dragão", e exercer "todo o poder da primeira besta", claramente anuncia o desenvolvimento do espírito de intolerância e perseguição que manifestaram as nações representadas pelo dragão e pela besta semelhante ao leopardo. E a declaração de que a besta de dois chifres faz com "que a Terra e os que nela habitam adorem a primeira besta", indica que a autoridade desta nação deve ser exercida impondo ela alguma observância que constituirá ato de homenagem ao papado.

Semelhante atitude seria abertamente contrária aos princípios deste governo, ao espírito de suas instituições livres, às afirmações insofismáveis e solenes da Declaração da Independência, e a Constituição. Os fundadores da nação procuraram sabiamente prevenir o emprego do poder secular por parte da igreja, com seu inevitável resultado — intolerância e perseguição. A Magna Carta estipula que "o Congresso não fará lei quanto a oficializar alguma religião, ou proibir o seu livre exercício", e que "nenhuma prova de natureza religiosa será jamais exigida como requisito para qualquer cargo de confiança pública nos Estados Unidos". Somente em flagrante violação destas garantias à liberdade da nação, poderá qualquer observância religiosa ser imposta pela autoridade civil. Mas a incoerência de tal procedimento não é maior do que o que se encontra representado no símbolo. É a besta de chifres semelhantes aos de cordeiro — professando-se pura, suave e inofensiva — que fala como o dragão.

 

A Imagem da Besta

DIZENDO aos que habitam na Terra que fizessem uma imagem à besta." Aqui se representa claramente a forma de governo em que o poder legislativo emana do povo; uma prova das mais convincentes de que os Estados Unidos são a nação indicada na profecia.

Mas o que é "a imagem da besta?" e como será ela formada? A imagem é feita pela besta de dois chifres, e é uma imagem à primeira besta. É também chamada imagem da besta. Portanto, para sabermos o que é a imagem, e como será formada, devemos estudar os característicos da própria besta — o papado.

A União da Igreja e o Estado

QUANDO se corrompeu a primitiva igreja, afastando-se da simplicidade do evangelho e aceitando ritos e costumes pagãos, ela perdeu o Espírito e o poder de Deus; e, para que pudesse governar a consciência do povo, procurou o apoio do poder secular. Disso resultou o papado, uma igreja que dirigia o poder do Estado e o empregava para favorecer aos seus próprios fins, especialmente na punição da "heresia". A fim de formarem os Estados Unidos uma imagem da besta, o poder religioso deve a tal ponto dirigir o governo civil que a autoridade do Estado também seja empregada pela igreja para realizar os seus próprios fins.

Foi a apostasia que levou a igreja primitiva a procurar o auxílio do governo civil, e isto preparou o caminho para o desenvolvimento do papado — a besta. Assim a apostasia na igreja preparará o caminho para a imagem à besta.

A História se Repete

A Escritura Sagrada declara que antes da vinda do Senhor existirá um estado de decadência religiosa semelhante a dos primeiros séculos. "Nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela." 2 Timóteo 3:1–5. "Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios". 1 Timóteo 4:1. Quando for atingido tal estado de impiedade, ver-se-ão os mesmos resultados que nos primeiros séculos.

A Formação da Imagem

QUANDO as principais igrejas dos Estados Unidos, ligando-se em pontos de doutrinas que lhes são comuns, influenciarem o Estado para que imponha seus decretos e lhes apóie as instituições, a América protestante terá então formado uma imagem da hierarquia romana, e a inflição de penas civis aos dissidentes será o resultado inevitável.


A Marca da Besta

A besta de dois chifres "faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita ou nas suas testas, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome." Apocalipse 13:16, 17. A advertência do terceiro anjo é: "Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão, também o tal beberá do vinho da ira de Deus." "A besta" mencionada nesta mensagem, cuja adoração é imposta pela besta de dois chifres, é a primeira, ou a besta semelhante ao leopardo, do capítulo 13 do Apocalipse — o papado. A "imagem da besta" representa a forma de protestantismo apostatado que se desenvolverá quando as igrejas protestantes buscarem o auxílio do poder civil para imposição de seus dogmas. Resta definir ainda o "sinal da besta".

Adoração Oposta

DEPOIS da advertência contra o culto à besta e sua imagem, declara a profecia: "Aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus, e a fé de Jesus". Visto os que guardam os mandamentos de Deus serem assim colocados em contraste com os que adoram a besta e sua imagem, e recebem o seu sinal, é claro que a guarda da lei de Deus, por um lado, e sua violação, por outro, deverão assinalar a distinção entre os adoradores de Deus e os da besta.

O Característico da Besta

O característico especial da besta, e, portanto, de sua imagem, é a violação dos mandamentos de Deus. Diz Daniel a respeito da ponta pequena, o papado: "Cuidará em mudar os tempos e a lei". Daniel 7:25. E S. Paulo intitulou o mesmo poder: "o homem do pecado", que deveria exaltar-se acima de Deus. Uma profecia é o complemento da outra. Unicamente mudando a lei de Deus poderia o papado exaltar-se acima de Deus; quem quer que concisamente guarde a lei assim modificada, estará a prestar suprema honra ao poder pelo qual se efetuou a mudança. Tal ato de obediência às leis papais seria um sinal de submissão ao papa em lugar de Deus. É apresentada uma mudança intencional, com deliberação. "Cuidará em mudar os tempos e a lei". A mudança do quarto mandamento cumpre exatamente a profecia. Para isto a única autoridade alegada é a da igreja. Aqui o poder papal se coloca abertamente acima

A Santidade do Sábado

ENQUANTO os adoradores de Deus se distinguirão especialmente pelo respeito ao quarto mandamento — dado o fato de ser este o sinal de Seu poder criador, e testemunha de Seu direito à reverencia e homenagem do homem — os adoradores da besta salientar-se-ão por seus esforços para derribar o monumento do Criador e exaltar a instituição de Roma. Foi por sua atitude a favor do domingo que o papado começou a ostentar arrogantes pretensões; seu primeiro recurso ao poder do Estado foi para impor a observância do domingo como "dia do Senhor". A Escritura Sagrada, porém, indica o sétimo dia, e não o primeiro, como o dia do Senhor. Disse Cristo: "O Filho do homem é Senhor até do Sábado". O quarto mandamento declara: "O sétimo dia é o sábado do Senhor". E pelo profeta Isaías o Senhor lhe chama: "Meu santo dia". S. Marcos 2:28; Éxodo 20:10; Isaías 58:13.

Os católicos Romanos reconhecem que a mudança do sábado foi feita pela sua igreja, e declaram que os protestantes, observando o domingo, estão reconhecendo o poder desta.

Como sinal da autoridade da Igreja Católica, os escritores romanistas citam "o próprio ato da mudança do sábado para o domingo, que os protestantes admitem, ... porque guardando o domingo, reconhecem o poder da igreja para ordenar dias santos e impor sua observância sob pena de incorrer em pecado". — Resumo da Doutrina Cristã, H. Tuberville. Que é, pois, a mudança do sábado senão o sinal da autoridade da Igreja de Roma ou "o sinal da besta"?

Rejeitando a Bíblia

A igreja de Roma não renunciou as suas pretensões à supremacia; e, se o mundo e as igrejas protestantes aceitam um dia de repouso de sua criação, ao mesmo tempo em que rejeitam o sábado bíblico, acatam virtualmente estas pretensões. Podem alegar a autoridade da tradição e dos pais da igreja para a mudança; mas, assim fazendo, ignoram o próprio princípio que os separa de Roma, de que — "a Bíblia, e a Bíblia só, é a religião dos protestantes". Os romanistas podem ver que (os protestantes) estão enganando-se a si mesmos, fechando voluntariamente os olhos para os fatos em relação ao caso. À medida que ganha terreno o movimento em favor do repouso dominical obrigatório, eles se regozijam, na certeza de que, por fim, todo o mundo protestante será reunido sob a bandeira de Roma.

"A parede de separação entre a igreja e o estado é uma metáfora baseada em uma história hostil, uma metáfora que tem sido provada ineficaz como uma guia para julgar. Deveria ser franca e explicitamente abandonada." Chefe de Justiça, William Renquist, revista Time, 9 de dezembro de 1991.

Adoração da Besta

MAS os cristãos das gerações passadas observaram o domingo, supondo que em assim fazendo estavam a guardar o sábado Bíblico; e hoje existem verdadeiros cristãos em todas as igrejas, não excetuando a comunhão católica romana, que crêem sinceramente ser o domingo o dia de repouso divinamente instituído. Deus aceita a sinceridade de propósito de tais pessoas e sua integridade. Quando, porém, a observância do domingo for imposta por lei, e o mundo for esclarecido relativamente à obrigação do verdadeiro sábado, quem então transgredir o mandamento de Deus para obedecer a um preceito que não tem maior autoridade que a de Roma, honrará desta maneira ao papado mais do que a Deus. Prestará homenagem a Roma, e ao poder que impõe a instituição que Roma ordenou. Adorará a besta e a sua imagem. Ao rejeitarem os homens a instituição que Deus declarou ser o sinal de Sua autoridade, e honrarem em seu lugar a que Roma escolheu como sinal de sua supremacia, aceitarão, de fato, o sinal de fidelidade para com Roma — "o sinal da besta". E somente depois que esta situação esteja assim plenamente exposta perante o povo, e este seja levado a optar entre os mandamentos de Deus e os dos homens, é que, então, aqueles que continuam a transgredir hão de receber "o sinal da besta".

A Mais Terrível Advertência

"E seguiu-os o terceiro anjo, dizendo com grande voz: Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão, também o tal beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou puro no calix da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro. E o fumo do seu tormento sobe para todo o sempre; e não tem repouso nem de dia nem de noite os que adoram a besta e a sua imagem, e aquele que receber o sinal do seu nome." Apocalipse 14:9–11.

A mais terrível ameaça que já foi dirigida aos mortais, acha-se contida na mensagem do terceiro anjo. Deverá ser um terrível pecado que acarretará a ira de Deus, sem mistura de misericórdia. Os homens não deverão ser deixados em trevas quanto a este importante assunto; a advertência contra tal pecado deve ser dada ao mundo antes da visitação dos juízos de Deus, a fim de que todos possam saber porque esses juízos são infligidos, e tenham oportunidade de escapar. Essa advertência é representada na profecia como sendo proclamada com grande voz, por um anjo voando pelo meio do céu; e que se imporá à atenção do mundo.

Duas Classes Distintas

NO desfecho desta controvérsia, toda a cristandade estará dividida em duas grandes classes — os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus; e os que adoram a besta e sua imagem, e recebem o seu sinal. Se bem que a igreja e o Estado reúnam o seu poder a fim de obrigar "a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos", a receberem "o sinal da besta" (Apocalipse 13:16), o povo de Deus, no entanto, não o receberá. O profeta de Patmos contempla "os que saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número de seu nome, que estavam junto ao mar de vidro, e tinham as harpas de Deus. E cantavam o cântico de Moisés, ... e o cântico do Cordeiro". Apocalipse 15:2 e 3.

Os Dois Erros Principais

MEDIANTE os dois grandes erros — a imortalidade da alma e a santidade do domingo — Satanás há de enredar o povo em suas malhas. Enquanto o primeiro lança o fundamento do espiritismo, o último cria um laço de simpatia com Roma. Os protestantes dos Estados Unidos serão os primeiros a estender as mãos através do precipício para apanhar a mão do espiritismo; estender-se-ão por sobre o abismo para dar mãos ao poder romano; e, sob a influência desta tríplice união, este país seguirá as pegadas de Roma, conculcando os direitos de consciência.

A linha de separação entre cristãos professos e ímpios é agora dificilmente discernida. Os membros da igreja amam o que o mundo ama, e estão prontos para se unirem a ele; e Satanás está resolvido a uni-los em um só corpo, e assim fortalecer sua causa arrastando-os todos para as fileiras do espiritismo. Os romanistas, que se gloriam dos milagres como sinal certo da verdadeira igreja, serão facilmente enganados por este poder operador de prodígios; e os protestantes, tendo rejeitado o escudo da verdade, serão também iludidos. Romanistas, protestantes e mundanos juntamente aceitarão a forma de piedade destituída de sua eficácia, e verão nesta aliança um grandioso movimento para a conversão do mundo, e o começo do milênio há tanto esperado.


Satanás Requisita Uma Nova Ordem Mundial

POR meio do espiritismo Satanás aparece como benfeitor da humanidade, curando as doenças do povo e pretendendo apresentar um novo e mais elevado sistema de fé religiosa; ao mesmo tempo, porém, ele opera como destruidor. Suas tentações estão levando multidões à ruína. A intemperança destrona a razão; seguem-se a satisfação sensual, a contenda e a matança. Satanás deleita-se na guerra; pois esta excita as mais vis paixões da alma, arrastando então para a eternidade as suas vítimas engolfadas no vício e sangue. É seu objetivo incitar as nações à guerra umas contra as outras; pois pode assim desviar o espírito do povo da obra de preparo para estar em pé no dia de Deus.

"Nós, a hierarquia da Igreja Católica Romana, esperamos que todos os filhos leais da igreja cooperem com o Presidente com todas as suas forças para ver que os indivíduos que compõem o Supremo Tribunal dos E. U. A., obedeçam aos requerimentos do Presidente. E, se necessário for, mudaremos, alteraremos ou obliteraremos a Constituição atual a fim de que o Presidente possa forçar o seu, ou melhor, o nosso programa humanitário em todas as fases dos direitos humanos, como foi delineado pelos nossos santos Papas e a Santa Mãe Igreja. "Temos elegido nosso nobre Presidente. Temos nossas leis feitas e impostas de acordo com a Santa Sé, e os Papas, e a lei canônica do trono papal. Nossa estrutura social inteira precisa ser reconstruída nestas bases. Nossas leis educacionais precisam ser construídas com o objetivo de que o ateísmo, o perigo vermelho do totalitarismo, o protestantismo, o comunismo, o socialismo e os demais desta natureza e cunho, sejam finalmente lançados fora desta bela terra."
La Aurora Magazine, Italian Baptist Publishing Association, Philadelphia, PA.

Satanás também opera por meio dos elementos a fim de enceleirar sua messe de almas desprevenidas. Estudou os segredos dos laboratórios da natureza, e emprega todo o seu poder para dirigir os elementos tanto quanto permite Deus. Quando lhe foi permitido afligir a Jó, quão rapidamente rebanhos e gado, servos, casas, filhos, foram assolados, seguindo-se em um momento uma desgraça a outra! É Deus que protege as Suas criaturas, guardando-as do poder destruidor. Mas o mundo cristão mostrou desdém pela lei de Jeová; e o Senhor fará exatamente o que declarou que faria: retirará Suas bênçãos da Terra, removendo Seu cuidado protetor dos que se estão rebelando contra a Sua lei, e ensinando e forçando outros a fazerem o mesmo. Satanás exerce domínio sobre todos os que Deus não guarda especialmente. Ajudará e fará prosperar alguns, a fim de favorecer os seus próprios intuitos; trará calamidades sobre outros, e levará os homens a crer que é Deus que os aflige.

Ao mesmo tempo em que aparece aos filhos dos homens como grande médico que pode curar todas as enfermidades, trará moléstias e desgraças até que cidades populosas se reduzam a ruína e desolação.

Os Perturbadores Identificados

E então o grande enganador persuadirá os homens de que os que servem a Deus estão motivando esses males. A classe que provocou o descontentamento do Céu atribuirá todas as suas inquietações àqueles cuja obediência aos mandamentos de Deus é perpétua reprovação aos transgressores. Declarar-se-á que os homens estão ofendendo a Deus pela violação do descanso dominical; que este pecado acarretou calamidades que não cessarão antes que a observância do domingo seja estritamente imposta; e que os que apresentam os requisitos do quarto mandamento, destruindo assim a reverência pelo domingo, são perturbadores do povo, impedindo a sua restauração ao favor divino e a prosperidade temporal. O poder operador de milagres manifesto pelo espiritismo, exercerá sua influência contra os que preferem obedecer a Deus a obedecer aos homens. Comunicações por parte dos espíritos declararão que Deus os enviou para convencer de seu erro os que rejeitam o domingo, afirmando que as leis do país deveriam ser obedecidas como a lei de Deus. Lamentarão a grande impiedade no mundo, secundando o testemunho dos ensinadores religiosos de que o estado de aviltamento da moral se deve a profanação do domingo. Grande será a indignação despertada contra todos os que se recusam a aceitar-lhes o testemunho.

 

Satanás Personifica Cristo

COMO ato culminante no grande drama do engano, o próprio Satanás personificará Cristo. A igreja tem há muito tempo professado considerar o advento do Salvador como a realização de suas esperanças. Assim, o grande enganador fará parecer que Cristo veio. Em várias partes da Terra, Satanás se manifestará entre os homens como um ser majestoso, com brilho deslumbrante, assemelhando-se à descrição do Filho de Deus dada por S. João no Apocalipse. (Cap. 1:13–15). A gloria que o cerca não é excedida por coisa alguma que os olhos mortais já tenham contemplado. Ressoa nos ares a aclamação de triunfo. "Cristo veio! Cristo veio!" O povo se prostra em adoração diante dele, enquanto este ergue as mãos e sobre eles pronúncia uma bênção, assim como Cristo abençoava Seus discípulos quando na Terra esteve. Sua voz é meiga e branda, cheia de melodia. Em tom manso e compassivo apresenta algumas das verdades celestiais e cheias de graça que o Salvador proferia; cura as moléstias do povo, e então, em seu pretenso caráter de Cristo, alega ter mudado o sábado para o domingo, ordenando a todos que santifiquem o dia que ele abençoou. Declara que aqueles que persistem em santificar o sétimo dia estão blasfemando de seu nome, pela recusa de ouvirem seus anjos a eles enviados com a luz e a verdade. É este o poderoso engano, quase invencível. Semelhantes aos samaritanos que foram enganados por Simão Mago, as multidões, desde o menor até o maior, dão crédito a esses sortilégios, dizendo: "Esta é a grande virtude de Deus. Atos 8:10.

Descobrindo o Enganador

"É alto tempo de que todos os que somos cristãos nos unamos apesar das diferenças de nossos credos e nossas tradições ; e que formemos uma causa comum para influir em nossa sociedade".
Chuck Colson, Evangelical Catholics, ano 1990.
"A observância do domingo pelos protestantes é uma homenagem que eles prestam, apesar de si mesmos, à autoridade da igreja (Católica)."
Monsignor Secur, Plain Talk About the Protestantism of Today, pág. 213.

MAS o povo de Deus não será desencaminhado. Os ensinos deste falso cristo não estão de acordo com as Escrituras. Sua bênção é pronunciada sobre os adoradores da besta e da sua imagem, a mesma classe sobre a qual a Bíblia declara que a ira de Deus será derramada.

E, ademais, não será permitido a Satanás contrafazer a maneira do advento de Cristo. O Salvador advertiu Seu povo contra o engano neste ponto, e predisse claramente o modo de Sua vinda. "Surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos... Portanto se vos disserem: Eis que Ele está no deserto, não saiais; eis que Ele está no interior da casa, não acrediteis. Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até o ocidente, assim será também a vinda do Filho do homem." S. Mateus 24:24–27, 31; 25:31; Apocalipse 1:7; 1 Tessalonicenses 4:16–17. Não há possibilidade de ser contrafeita esta vinda. Será conhecida universalmente, testemunhada pelo mundo inteiro.

Unicamente a Bíblia

APENAS os que forem diligentes estudantes das Escrituras, e que receberem o amor da verdade, estarão ao abrigo dos poderosos enganos que dominam o mundo. Pelo testemunho da Bíblia estes surpreenderão o enganador em seu disfarce. Para todos virá o tempo de prova. Pela cirandagem da tentação, revelar-se-ão os verdadeiros crentes. Acha-se hoje o povo de Deus tão firmemente estabelecido em Sua Palavra que não venha a ceder à evidência de seus sentidos? Apegar-se-á nesta crise à Bíblia, e a Bíblia só? Sendo possível, Satanás os impedirá de obter o preparo para estar em pé naquele dia. Disporá as coisas de tal maneira a lhes obstruir o caminho; embaraça-los-á com os tesouros terrestres, fa-los-á levar um fardo pesado, cansativo, a fim de que seu coração se sobrecarregue com os cuidados desta vida, e o dia de prova venha sobre eles como um ladrão.

"Ao Papado e à sua organização institucional, a Igreja Católica Romana, levou quase 2.000 anos para alcançar seu status e condição como georeligião... Com uma meta e uma estrutura políticas? Certamente, com um alvo e uma estrutura geopolíticas. Porque, no analise final, João Paulo II, como pretendente a vigário de Cristo, reclama para si o direito de ser o supremo tribunal de julgamento na sociedade dos Estados como uma sociedade."
The Keys of This Blood, M. Martin, pág. 374-375.

Que Devemos Fazer Agora?

NESTE ponto desviaremos nossa atenção da historia passada, e a crise que se encontra justamente à nossa frente, para considerar o centro do assunto: você, prezado leitor.

Uma recente decisão do Supremo Tribunal dos Estados Unidos, "declarou que quando os direitos religiosos estão em desacordo com as necessidades do governo, de possuir leis uniformes, o tribunal tomará posição ao lado do governo."
Los Angeles Times, 18 de Abril de 1990.

Neste mesmo momento você pode ser um filho de Deus. Deus tem feito tudo o que como Deus poderia fazer, e ainda seguir respeitando o seu direito pessoal de aceitar ou rejeitar o que, em Sua misericórdia, tem-nos proposto. Deus nos amou a tal ponto, "que deu a Seu Filho único para que todo o que nEle crer não pereça, mas tenha a vida eterna." João 3:16.

Poder Habilitador

QUAL tem sido a sua reação para com esse dom? "Mas a todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no Seu nome." S. João 1:12. Você pertence a Deus. Ele o criou. Portanto, você, pela criação, é dEle! Além disso, Ele o redimiu. Assim você é dEle também pela redenção. Mas Deus não o tomará pela força; você deve escolher pertencer-Lhe; você deve reconhecer os direitos do Senhor e aceitar essa relação com Ele. Quando você se submete a Deus, então realmente você pertence a Ele. Leia Romanos 6:16. No exato momento em que você entrega sua vida à Sua direção, nesse instante Ele assume o controle. Então isso se converte numa relação constante, de momento a momento, com Deus. Guiado e guardado por Ele, você se torna Seu filho. "Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus." Romanos 8:14.

Você sabia que o pecado é a transgressão da Lei de Deus? Veja I João 3:4; Romanos 5:13 e 7:7.

Você sabe que o sétimo dia é o santo dia de repouso do Senhor? "E havendo Deus acabado no dia sétimo a Sua obra, que tinha feito, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito. E abençoou Deus o sétimo dia, e o santificou; porque nele descansou de toda a Sua obra, que Deus criara e fizera." Gênesis 2:2, 3. Veja também Éxodo 20:8-11.

O Novo Nascimento

COMO começa uma amizade? Pode iniciar por meio de um contato ou mesmo de um olhar. A comunhão com Jesus se estabelece por meio dos pensamentos. Você crê na Palavra de Deus. Crê com o coração. Veja Romanos 10:10. Essa "fé de Jesus", "é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus." Romanos 10:17. Você aceita as orientações, promessas e advertências do santo Livro. "Aqui esta a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus." Apocalipse 14:12. Então esta palavra, qual uma semente espiritual plantada no coração; germinando, dá inicio a uma nova vida, que é o "novo nascimento". Veja: 1 Pedro 1:23. Como um recém nascido devemos alimentar-nos constantemente com o leite da Palavra, e desse modo crescer espiritualmente. Leia 1 Pedro 2:2. O estudo pessoal e dedicado da Bíblia, acompanhado de uma disposição humilde de obedecer, nos tornará um "obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade" 2 Timóteo 2:15. Tudo isso é milagre de Deus que se obtém pela fé. Não devemos esperar por nenhum êxtase de sentimento, mas crer na Palavra de Deus e entrar na experiência que Ele nos indica.

Pureza Agora

EXPRESSAMOS nosso amor para com Deus quando obedecemos voluntariamente Seus mandamentos. "E nisto sabemos que O conhecemos: se guardarmos os Seus mandamentos. Aquele que diz: Eu O conheço e não guarda os Seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade. Mas qualquer que guarda a Sua palavra, o amor de Deus está nele verdadeiramente aperfeiçoado: nisto conhecemos que estamos nEle." 1 João 2:3–5.

Conservando essa relação de fé e obediência a Deus, você pode pedir-Lhe tudo o que necessite e agradecer-Lhe, seguro de já tê-la recebido. Agora lhe pertence! Veja o que disse Jesus. Marcos 11:24. Você deve pedir de acordo com a vontade de Deus. Leia 1 João 5:14–15.

Deus prometeu: "vos darei um coração novo, ... E porei dentro de vós o Meu Espírito." Ezequiel 36:25-27. Peça-Lhe que faça isso. Agradeça-Lhe por tê-lo feito, porque Ele prometeu. Confesse-Lhe seus pecados e peça-Lhe que os perdoe. Agradeça-Lhe por tê-los perdoado. Confie nas promessas de Deus. 1 João 1:9; Mateus 7:7, 11; Filipenses 4: 6, 19. A Bíblia está cheia delas; e todas são suas mediante este simples plano.

Andando com Cristo

PREZADO leitor, deseja Deus realmente adotá-lo como Seu filho? A resposta é: SIM. Seguramente que sim, mil vezes sim! Mas a questão crucial agora é se você, também DESEJA ser filho de Deus? Sendo positiva a sua resposta, pela autoridade da Palavra de Deus, você É um Filho de Deus! Ponha suas mãos na mão de Deus e permaneça com Ele. "Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em Ti; porque ele confia em Ti. Confiai no Senhor perpetuamente; porque o Senhor Deus é uma rocha eterna." Isaias 26: 3–4. o

PREZADO LEITOR, O que irá fazer agora? Continuas em dúvidas? Leia então:

A Batalha Final

Nota: A Origem de Satanás, o Semeador do Mal

A origem do Pecado

PARA muitas mentes, a origem do pecado e a razão de sua existência são causa de grande perplexidade. Vêem a obra do mal, com seus terríveis resultados de miséria e desolação, e colocam em dúvida como tudo isso possa existir sob o reinado de um Ser que é infinito em sabedoria, poder e amor. É impossível explicar a origem do pecado de maneira a dar a razão de sua existência. Todavia, bastante se pode compreender em relação à origem, bem como à disposição final do pecado, para que se faça amplamente manifesta a justiça e benevolência de Deus em todo o Seu trato com o mal. O pecado é um intruso, por cuja presença nenhuma razão se pode dar. Se para ele se pudesse encontrar desculpa, ou mostrar-se causa para sua existência, deixaria de ser pecado. Nossa única definição de pecado é a que é dada na Palavra de Deus; é "quebrantamento da lei".

O Amor de Deus Contra o Orgulho

Sendo a lei do amor o fundamento do governo de Deus, a felicidade de todos os seres criados dependia de sua perfeita harmonia com seus grandes princípios de justiça. Deus deseja de todas as Suas criaturas serviço de amor - homenagem que brote de uma apreciação inteligente de Seu caráter. Ele não tem prazer em uma submissão forçada, e a todos confere vontade livre, para que possam prestar-Lhe serviço voluntário.

Houve, porém, um ser que preferiu perverter esta liberdade. O pecado originou-se com aquele que, abaixo de Cristo, fora o mais honrado por Deus, e o mais elevado em poder e glória entre os habitantes do Céu. Antes de sua queda, Lúcifer foi o primeiro dos querubins cobridores, santo e incontaminado. Ezequiel 28:12–15.

Lúcifer poderia ter permanecido no favor de Deus, ser amado e honrado por toda hoste angélica, exercendo suas nobres faculdades, a fim de abençoar outros e glorificar o seu Criador. Mas, diz o profeta: "Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor." Ezequiel 28:17. Pouco a pouco Lúcifer veio a condescender com o desejo de exaltação própria. "Estimas o teu coração como se fora o coração de Deus". "E tu dizias:... Acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei. ... Subirei acima das mais altas nuvens, e serei semelhante ao altíssimo." Ezequiel 28:6; Isaias 14:13, 14. Em vez de procurar fazer com que Deus fosse supremo nas afeições e lealdade de Suas criaturas, era o esforço de Lúcifer conquistar para si o seu serviço e homenagem. E, cobiçando a honra que o infinito Pai conferira a Seu filho, este príncipe dos anjos aspirou ao poder de que era a prerrogativa de Cristo, unicamente, fazer uso. Todavia, o Filho de Deus era o reconhecido Soberano do Céu, igual ao Pai em poder e autoridade. Em todos os conselhos de Deus, Cristo tomava parte, enquanto a Lúcifer não era assim permitido entrar em conhecimento dos propósitos divinos. "Porque", perguntava o poderoso anjo, "deveria Cristo ter a supremacia? Porque é Ele desta maneira mais honrado do que Lúcifer?"

Coberto Com mistério

Satanás fora altamente honrado, sendo todos seus atos de tal maneira revestidos de mistério, que difícil era desvendar aos anjos a verdadeira natureza de sua obra. Antes que se desenvolvesse completamente, o pecado não pareceria o mal que em realidade era. Até ali não ocorrera ele no universo de Deus, e os seres santos não tinham qualquer concepção de sua natureza e malignidade. Não podiam discernir as terríveis conseqüências que resultariam de se por de parte a lei divina.

Em Seu trato com o pecado, apenas podia Deus empregar a justiça e a verdade. Satanás podia fazer uso daquilo que Deus não usaria lisonja e engano.

A discórdia que o seu próprio procedimento determinara no Céu, imputou-a Satanás à lei e ao governo de Deus. Todo o mal, declarou ele ser resultante da administração divina. Alegou ser seu próprio objetivo melhorar os estatutos de Jeová. Conseguintemente necessário era que demonstrasse a natureza de suas pretensões, provando o efeito de suas propostas mudanças na lei divina. A sua própria obra deveria condená-lo. Satanás pretendia desde o princípio que não estava em rebelião. Todo o universo deveria ver o enganador desmascarado.

O Mesmo Espírito

O mesmo espírito que produziu a rebelião no Céu, ainda inspira a rebelião na Terra. Satanás tem continuado, com os homens o mesmo estratagema que adotou em relação aos anjos. Pela mesma representação falsa do caráter divino, por ele dada no Céu, fazendo com que Deus fosse considerado severo e tirano, Satanás induziu o homem a pecar. E, logrando ser bem sucedido nisto, declarou que as injustas restrições de Deus haviam motivado a queda do homem, assim como determinaram a sua própria rebelião. Quando, porém, o homem pecou, cedendo aos enganos desse espírito apóstata, Deus ofereceu uma prova de Seu amor, entregando o unigênito Filho para morrer pela raça decaída. Na expiação revela-se o caráter de Deus. O poderoso argumento da cruz demonstra ao universo todo que o caminho do pecado, escolhido por Lúcifer, de maneira alguma era atribuível ao governo de Deus.

Mais que Redenção

Mas não foi meramente para efetuar a redenção do homem que Cristo veio à Terra e aqui sofreu e morreu. Veio para "engrandecer a lei" e "torná-la gloriosa". Não somente para que os habitantes deste mundo pudessem considerar a lei como esta deveria ser considerada, mas para demonstrar a todos os mundos do universo que a lei de Deus é imutável. Pudessem seus requisitos ser postos de lado, o Filho de Deus não necessitaria então haver dado Sua vida para expiar a transgressão da mesma. A morte de Cristo prova ser ela imutável.

Na execução final do juízo ver-se-á que nenhuma causa existe para o pecado. A cruz do Calvário, ao mesmo tempo em que declara ser imutável a lei, proclama ao universo que o salário do pecado é a morte. No brado agonizante do Salvador - "Está consumado" - soou a sentença de morte de Satanás. Decidiu-se então o grande conflito que durante tanto tempo estivera em andamento, e confirmou-se a extirpação do mal. O universo todo terá sido testemunha da natureza e resultado do pecado.

 

NOTA: A Instituição de Roma - EM 29 de Março de 1994, a Associated Press publicou um artigo que foi reimpresso nos principais jornais do país. O subtítulo The Oregonian resumia a parte mais importante da história dizendo o seguinte: "Líderes católicos e evangélicos se comprometem a unir-se para trabalhar a favor dos valores em comum." O subtítulo do Times News declarava como segue: "Dois grupos procuram estabelecer vínculos que os unam". Pode se ver claramente que o impulso deste comunicado é o novo convênio que está tomando lugar entre o catolicismo e o protestantismo, à medida em que se unem em pontos comuns de doutrina.

Consideremos os seguintes estratos do comunicado da imprensa: "Naquilo que tem sido demonstrado como uma declaração histórica, os evangélicos incluindo Pat Robertson e Charles Colson, uniram-se na terça-feira aos líderes conservadores da Igreja Católica Romana para apoiar os pontos de fé que unem aos dois grupos religiosos maiores e mais ativos da política do país." "Na última geração, tem sido algo comum para católicos e evangélicos, o trabalharem juntos em assuntos tais como aborto, pornografia, agendas para educação religiosa e oração voluntária nas escolas."

"Mas os líderes evangélicos freqüentemente conciliavam seus membros mais conservadores, com a garantia de que a aliança foi somente para fins práticos. A diferença acerca desta declaração é o esforço para embainhar as espadas teológicas que haviam sido afiadas através dos séculos de conflito, em reconhecimento da fé em comum." "A declaração não ignora haver diferenças teológicas entre os dois grupos,... Tanto aos católicos como aos evangélicos, nos Estados Unidos, Europa Oriental, e América do Sul, diz a declaração: ‘Não é teológica-mente apropriado, nem um uso prudente de recursos’, o esforço por converter membros ativos de outra comunidade cristã."

"O que tem trazido as duas comunidades a este ponto," disseram alguns dos signatários, "tem sido as experiências de adorar (ter culto) juntos no movimento carismático e trabalhar juntos em causas políticas tais como o movimento contra o aborto." "Os evangélicos não podem mais considerar os católicos como lobos ou anti-cristos," disse Mark Noll, um historiador do Colégio Universitário Wheaton.

"John White, presidente do Colégio Universitário Geneva e ex-presidente da Associação Nacional dos Evangélicos, disse que a declaração representa um ‘momento triunfal’ na vida religiosa norte-americana depois de séculos de suspeitas. Realmente, creio eu, ser este um momento histórico. Não tenho conhecimento de qualquer outro tempo na história quando estas duas comunidades têm estado unidas, falando juntas acerca de assuntos de fé’, disse White."

A Batalha Final

 

ENTRE as leis de homens e os preceitos de Jeová, travar-se-á a maior batalha da controvérsia entre a verdade e o erro. Nesta batalha estamos agora entrando — não uma batalha entre igrejas rivais lutando pela supremacia, mas entre a religião da Bíblia e as religiões de fábulas e tradição. As instrumentalidades que se têm unido contra a verdade estão agora ativamente em operação. A santa Palavra de Deus, que tem chegado até nós ao preço tão alto de sofrimento e derramamento de sangue, é tida em pouco valor. Poucos há que realmente a aceitam como regra de vida. A infidelidade prevalece em medida alarmante, não apenas no mundo, mas na igreja. Muitos têm chegado a negar doutrinas que são colunas da fé cristã. Os grandes fatos da criação como apresentados pelos escritores inspirados; a queda do homem, a expiação, a perpetuidade da lei — eis aí doutrinas praticamente rejeitadas por grande parte do professo mundo cristão. Milhares que se orgulham de seu conhecimento, consideram uma evidência de fraqueza a implícita confiança na Bíblia, e uma prova de erudição sofismar das Escrituras, e alegorizar e atenuar suas mais importantes verdades.

Os cristãos devem estar-se preparando para aquilo que logo irá cair sobre o mundo como terrível surpresa, e esta preparação deve ser feita mediante diligente estudo da Palavra de Deus e pelo levar a vida em conformidade com os seus preceitos. As tremendas questões de eternidade demandam de nossa parte algo mais que uma religião de pensamento, uma religião de palavras e formas, onde a verdade é mantida no recinto exterior. Deus pede um reavivamento e uma reforma.
Extraído de Profetas e Reis, 271.

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