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Teve Jesus 33 Anos de "Carne Santa" Menos 1 Dia?
Recordemos um pouco da história do Movimento da Carne Santa e seus resultados: Esse movimento nasceu nas igrejas da Associação de Indiana, entre 1898 e 1899. Instituída pelo pastor-evangelista S. S. Davis, essa doutrina logo empolgou o presidente da Associação, R. S. Donnell, e muitos outros pastores. No fim das contas, toda a comissão diretiva da Associação de Indiana tornou-se favorável à "doutrina da carne santa". Defrontados com o desenvolvimento dessa crença, os líderes da Conferência Geral enviaram os irmãos S. N. Haskell e A. J. Breed como delegados ao encontro campal marcado para Muncie, Indiana, de 13 a 23 de setembro de 1900. Ao retornar a Battle Creek, Haskell viu-se compelido a informar não apenas seus colegas da Conferência Geral, como também a Ellen White. Ele lhe enviou uma carta, datada de 25 de setembro de 1900, para colocá-la ao par da situação. Eis como Haskell apresentou o problema a Ellen White: “Quando nós declaramos que acreditávamos que Cristo nasceu da decaída humanidade, eles nos representavam como crendo que Cristo pecou, apesar do fato de havermos colocado nossa posição com tal clareza, que não víamos como alguém haveria de entendê-la mal." Stephen-Nelson Haskell, a Ellen G. White, 25 de setembro de 1900. Quando Ellen White recebeu a carta de Haskell, havia pouco que se instalara em Elmshaven, na Califórnia, após retornar da Austrália. Tão grave considerou ela a situação, que lhe respondeu imediatamente. Sua carta datada de 10 de outubro de 1900, estabelece uma firme e clara postura contra o ensino do movimento da carne santa, que ela define como “estranha doutrina”, “teorias e métodos errôneos”, e “uma deplorável invenção do pensamento humano, preparada pelo pai da mentira.” Algum tempo depois, em 17 de abril de 1901, foi a vez de Ellen White condenar publicamente o movimento da carne santa. De fato, ela não repetiu os argumentos teológicos já apresentados por Waggoner. Seu objetivo consistia antes em expor as falsas conclusões derivadas do conceito da carne santa de Cristo. Eis aqui alguns excertos da mensagem que ela preparou para esse propósito, sob o título “O Recente Movimento em Indiana”.
Apesar da reprovação da Sra. White, os pastores R. S. Donnell e S. S. Davis continuaram a crer e ensinar que Cristo Se revestiu na natureza de Adão antes da queda. Em resultado, eles foram definitivamente afastados do ministério em 1901. Como vimos: o movimento da carne santa, ou seja o ensinamento de que a carne de Jesus era igual à de Adão antes da queda, foi condenado pela liderança da IASD em 1901, excluindo esses dois pastores até então considerados como ícones desse movimento. Essa é um prova irrefutável do posicionamento de EGW e dos pioneiros desta amada Igreja quanto à natureza de Cristo. Em 1957, a liderança da Conferência Geral, estabelece um novo marco histórico na IASD. Isso ficou evidente no relato das circunstâncias registrado por LeRoy Edwin Froom em seu livro Movement of Destiny; e numa exposição que poderia ser considerada como um manifesto dessa nova interpretação, publicado na revista Ministry (O Ministério), sob o título “O Novo Marco: Histórico Adventista”. Roy Allan Anderson, no O Ministério, abril de 1957. 33 Anos Menos 1 Dia Ao introduzir-se o novo marco histórico de que Jesus veio com a natureza do Adão antes da queda, começa um processo de doutrinamento dos altos escalões da hierarquia Adventista, até chegar na membresia, nos chamados "leigos". Os pastores, com medo de serem prejudicados na "carreira da Obra", simplesmente venderam sua consciência e assimilaram o novo marco. Como poderíamos chamar este novo movimento a partir de 1957? O de 1898-1901 foi chamado de: "Movimento da Carne Santa". Eles não desejam que chamemos eles assim agora, mesmo partindo da mesma premissa de que Cristo teve a natureza de Adão antes da queda. Por isso, peço a gentileza ao novo Movimento, que foi formado por Leroy E. Froom e Roy Alan Anderson, em 1957, para chamá-lo de: "Movimento dos 33 Anos de Carne Santa Menos Um Dia". Alguém poderia questionar: Por que este nome? É que os adeptos deste novo movimento. Advogam que, quando Jesus encarnou, tomou a natureza do Adão antes da queda. Permaneceu com esta natureza durante 33 anos de sua vida. Então, no último dia de sua vida, cumpriu II Coríntios 5:21, que diz: "Ele se fez pecado por nós." Mas a carne que Ele tomou no último dia de sua vida, não foi a carne caída de Adão, foi uma carne caída vicariamente pecaminosa. Portanto, fica assim: 33 anos de Movimento da Carne Santa e 01 dia de Movimento da Carne Vicariamente Pecaminosa. Os defensores deste novo movimento que surgiu em 1957, discutem a diferença deste um dia com unhas e dentes com relação ao mesmo movimento de 1901. Este um dia de "carne vicariamente pecaminosa" é o "grande diferencial" de todo o novo movimento. "Olhem, pelo menos foi um dia de carne vicariamente pecaminosa, diferente de vocês, que não tiveram um Cristo que não suportou apenas um dia de carne vicariamente pecaminosa," dizem eles. Okay... Este novo movimento deve ser respeitado, por todos que também partilham da mesma fé na Imaculada Conceição. Eles ensinam que Jesus nunca foi tentado por dentro, somente por fora, uma vez que herdou carne santa de Maria, também imaculada. Caso contrário, esta não poderia gerá-Lo totalmente santo. Quem acreditar diferente, deve ser afastado do "Movimento dos 33 Anos de Carne Santa Menos Um Dia"! Citações de EGW Confira abaixo, alguns textos contrários à este tenebroso Movimento:
Finalmente, Ellen White deixa pouca dúvida acerca de sua posição referente à natureza pós-queda de Cristo, em sua declaração de 1874: “A grande obra da redenção podia ser efetuada apenas pelo Redentor tomando o lugar do decaído Adão.” Essa comparação já havia sido feita em Review and Herald, 28 de julho de 1874. Outra afirmação feita em 1901 tocou no mesmo ponto: “A natureza de Deus, cuja lei havia sido transgredida, e a natureza de Adão, o transgressor, uniram-se em Jesus, o Filho de Deus e o Filho do homem.. Ver Mensagens Escolhidas, vol. 1, págs. 267, 268 em Review and Herald, 24 de fevereiro de 1874. A participação de Cristo na plena natureza humana em seu estado decaído, é colocada por Ellen White como condição sine qua non para a salvação do homem. “Estava nos planos de Deus que Cristo tomasse sobre Si mesmo a forma e a natureza do homem caído, para que Ele pudesse ser aperfeiçoado através do sofrimento, e suportar em Si mesmo a força das tentações de Satanás, a fim de que conhecesse melhor como socorrer aqueles que são tentados.Por esse ato de condescendência, Ele seria capaz de derramar Suas bênçãos em favor da raça decaída. Assim Cristo nos tornou possível sermos participantes de Sua natureza.” em Review and Herald, 17 de julho de 1900 Em sua batalha no deserto, “a humanidade de Cristo foi posta à prova como nenhum de nós jamais poderá saber... Essas foram tentações reais e não simulacros.” E. G. White, Selected Messages, vol. 1, págs. 94 e 95. O apóstolo o confirma quando fala das provações que Jesus teve de suportar: “Ainda não resististes até o sangue, combatendo contra o pecado.” (Heb. 12:4) A. T. Jones afirmou: “Essas vestes foram tecidas em um corpo humano. O corpo humano – a carne de Cristo – era o tear, não era? Essa roupa foi tecida em Jesus; na mesma carne que você e eu temos, pois Ele tomou parte na mesma carne e sangue que temos. Essa carne, que é sua e minha, foi a que Cristo portou neste mundo, a qual foi o tear no qual Deus teceu os trajes para você e eu vestirmos na carne, e Ele quer que os usemos agora.” Boletim da Conferência Geral, 1893, pág. 207. Para demonstrar esse ponto, ele citava Hebreus 2:11: “Pois tanto o que santifica, como os que são santificados, vêm todos de um só...” Com base nesse verso, Jones concluiu que “em Sua natureza humana, Cristo proveio do homem de quem todos nós viemos... Um homem é a fonte e cabeça de toda a natureza humana. E a genealogia de Cristo, como um de nós, origina-se em Adão... Todos vêm de um homem segundo a carne; são todos de um. Assim, do lado humano, a natureza de Cristo é precisamente a nossa natureza.” Boletim da Conferência Geral, 1895, pág. 231. “Que carne é essa, de fato?”, interrogava Jones. “Que espécie de carne somente este mundo conhece? Tão-somente a carne que você e eu temos. O mundo não conhece qualquer outro tipo de carne humana, e não tem sabido de outra pela qual a necessidade da vinda de Cristo foi criada. Por esse motivo, como o mundo conhece apenas tal espécie de carne como a que temos, como é agora, é certamente verdade que quando ‘o Verbo Se fez carne’, foi a mesma carne que a nossa. Isso não pode ser de outro modo.” De acordo com essa doutrina espúria, “Maria, portanto, deve ter nascido imaculada, perfeita, impecável, e mais elevada que o querubim e o serafim; então Cristo deve ter nascido assim, para tomar dela Sua natureza humana em absoluta impecabilidade. Mas isso O coloca muito mais distante de nós do que um querubim e um serafim estão, e em natureza pecaminosa... Quero que alguém me ajude, alguém que conheça alguma coisa sobre natureza pecaminosa, pois essa é a natureza que eu tenho e é a tal que o Senhor assumiu. Ele Se tornou um de nós.” Nesse argumento, Jones fazia eco das palavras de Edward Irving, que havia declarado: ‘Que Cristo tomou nossa natureza decaída é mais evidente porque não havia nenhuma outra em existência para tomar’ (Obras 5:15).” (Grotheer, pág. 30) “Se o grão de trigo [Jesus], caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, produz muito fruto [cristãos]” [João 12.24]. Se o ‘fruto’ [cada um de nós] é composto da natureza humana pecaminosa + a natureza divina, então, identicamente, ocorreu com o Grão original. O fruto tem as mesmas características da semente e, portanto, Jesus "tornou-Se carne, exatamente como nós somos". Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, pág 472. -- Ex-Pastor Osvair Munhoz, afastado do Ministério Adventista por discordar da corrupção administrativa e doutrinária. Contatos: osvairmunhoz@hotmail.com
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