MENSAGENS FINAIS |
O Dízimo e o Seu Uso na Corporação Adventista
Apêndices |
Mountain View, Califórnia, 22 de Janeiro de 1905. Meu irmão, desejo dizer a você: Seja cuidadoso com o modo como age. Você não está agindo sabiamente. Quanto menos você falar sobre o dízimo que é destinado para o mais necessitado e aos Campos mais carentes no mundo, mais sensível você será. Durante anos tem sido mostrado a mim que meu dízimo deveria ser remetido para ajudar os ministros brancos e negros que eram negligenciados e não recebiam o suficiente, necessário para sustentar a família. Quando minha atenção se voltava para os ministros idosos, brancos ou negros, era minha especial tarefa investigar suas carências e suprir suas necessidades. Esta deveria ser minha obra especial, e tenho feito isto em inúmeros casos. Nenhum homem deveria dar notoriedade ao fato de que em ocasiões especiais o dízimo é usado desta maneira. Com respeito à obra com os negros no Sul, aqueles à obra com os negros no Sul, aquele Campo foi e ainda está sendo roubado dos meios que deveriam chegar até seus obreiros. Se têm existido casos nos quais nossas irmãs têm destinado seus dízimos para o sustento de ministros que trabalham por pessoas negras no Sul, conserve-se cada homem, se for sábio, calado. Tenho destinado meu dízimo para os casos mais necessitados que são trazidos ao meu conhecimento. Fui instruída a fazer assim; e como o dinheiro não é retirado da tesouraria do Senhor, não é um assunto que deveria ser acompanhado por comentários, pois tornaria necessário meu envolvimento com essas coisas, o que não desejo fazê-lo, porque não é o melhor. Alguns casos têm sido mantidos diante de mim durante anos, e tenho suprido suas necessidades do dízimo, conforme Deus me instruiu a fazer. E se qualquer pessoa me disser: Irmã White, você poderá destinar o meu dízimo para onde você sabe que ele será mais necessário, eu direi: Sim, farei; e tenho agido assim. Elogio essas irmãs que têm aplicado seu dízimo onde é mais necessário para ajudar a realizar uma obra que está sendo negligenciada, e se a esse assunto for dado publicidade, fortalecerá um ponto de vista que seria melhor se fosse deixado como está. Não tenho interesse em dar publicidade a essa obra que o Senhor me indicou realizar, e a outros também. Envio-lhe essa explicação para que você não cometa um erro. As circunstâncias alteram os casos. Não aconselharia ninguém a realizar uma prática de arrecadação do dinheiro do dízimo. Mas durante anos e ainda hoje, há pessoas que perderam a confiança no método da aplicação do dízimo e têm colocado seu dízimo em minhas mãos, e dito que se não o pegasse, eles mesmos o encaminhariam para as famílias de ministros mais carentes que encontrassem. Tenho recebido o dinheiro, dado um recibo por ele, e dito a eles como foi aplicado. Escrevo-lhe considerando que isso o ajudará a se manter quieto em vez de provocar estardalhaço e dar publicidade ao assunto, para que muitos outros não sigam seu exemplo. |
O conteúdo deste apêndice demonstra que os conflitos dentro da igreja não são fenômenos novos. Desde a época de Cristo têm ocorrido episódios semelhantes aos que presenciamos hoje. Por esta razão decidi incluir neste apêndice um estudo bíblico para preparar os irmãos para a perseguição que será iniciada dentro da igreja quando as verdades contidas neste material ecoarem em sua igreja. As referências usadas neste estudo foram retiradas da “Bíblia Viva” e do livro O Desejado de Todas as Nações - DTN, de Ellen G. White. A igreja de Deus, ao longo dos séculos, tem testemunhado vários tipos de conflitos internos. Muitas vezes surge um problema na igreja que acaba dividindo o povo de Deus. Embora muitas pessoas possam ficar chocadas e abaladas, devem saber que este tipo de problema não é novidade. No passado houve problemas semelhantes, mas os que são fiéis estudiosos da Palavra de Deus saberão como agir em cada problema sem serem confundidos e tomarão a decisão certa na hora certa. Exemplos na Palavra de DeusA Palavra de Deus relata vários casos de conflitos entre o povo de Deus, mas sem dúvida, o exemplo mais significativo e importante está mencionado no Evangelho de S. João. Embora João seja conhecido como o apóstolo do amor, dotado de grande sensibilidade ele relatou com clareza o conflito interno causado na igreja pelo ministério de Cristo. Cada cristão deve estudar com afinco estas experiências na Palavra de Deus e no Espírito de Profecia para não cair em cilada e não ser confundido. Principalmente os assuntos relacionados com Cristo devem ser cuidadosamente estudados. QUEM ESTUDA A PALAVRA DE DEUS NÃO É CONFUNDIDO POR HOMENS. Por isso decidimos apresentar aqui um ESTUDO BÍBLICO sobre conflitos dentro da igreja de ISRAEL. Estudando o passado, vamos tirar lições para a nossa igreja hoje. Origem do Conflito(1) Qual foi a origem do conflito na época de Cristo? S. João 2:13-17. Resposta: "Foi quando chegou a época da comemoração anual da Páscoa dos judeus; então Jesus foi para Jerusalém. Na área do templo, Ele achou os comerciantes vendendo gado, ovelhas e pombos para sacrifícios; e os homens de negócios por trás das suas mesas, Jesus fez um chicote com umas cordas e expulsou todos, pondo para fora as ovelhas e os bois, espalhando no chão as moedas dos negociantes e virando as mesas deles! Depois Ele chegou aos homens que vendiam pombos, e disse: "Tirem essas coisas daqui! Não transformem a Casa do meu Pai em um mercado!" Então os seus seguidores se lembraram desta profecia das Escrituras: "A preocupação pela Casa de Deus será o motivo da minha morte" Comentários: Cristo apoiava os serviços do templo pois haviam sido estabelecidos por Deus. Mas logo no início de Seu ministério reprovou veementemente a forma como os líderes espirituais transformaram uma atividade sagrada numa forma de obter lucro fácil explorando os adoradores sinceros. Ao repreender de forma pública o erro dos sacerdotes e fariseus, Cristo estava assinando o seu atestado de óbito. (2) Qual foi o resultado desta e de outras reprovações de Cristo? S. João 7:7. Resposta: "Porque o mundo não pode odiar a vocês; mas a Mim, sim, porque Eu o acuso de pecado e maldade" Comentários: Esta e outras reprovações ao espírito de ambição atraíram o ódio dos sacerdotes sobre Cristo. (3) Qual era a opinião que os líderes da religião judaica tinham sobre Jesus? S. João 9:24. Resposta: "Chamaram o homem que tinha sido cego e disseram: Dê glória a Deus, e não a Jesus, porque nós sabemos que Jesus é um indivíduo perigoso". A Atitude do Povo(4) Qual era o grande dilema do povo ao observar as obras de Jesus em contraste com a dos sacerdotes? DTN, 585 Resposta: "O interesse do povo em Cristo e Sua obra crescera constantemente. Estavam encantados com Seus ensinos, mas, por outro lado, grandemente perplexos. Haviam respeitado os sacerdotes e rabis por sua inteligência e aparente piedade. Em todos os assuntos religiosos, sempre tinham rendido implícita obediência à autoridade deles. Todavia, agora viam esses homens procurando desacreditar Jesus." Comentários: O povo estava realmente confuso. De um lado estava Cristo, sempre fazendo o bem e ensinando a verdade. Do outro lado estavam os líderes espirituais devidamente regulamentados pela igreja oficial da época, igreja que havia sido estabelecida pelo próprio Deus como promessa a Abraão. Se estes líderes diziam que Jesus era perigoso, então deveriam ter razão, afinal de contas os líderes espirituais eram mestres inteligentes, ungidos do Senhor, e haviam estudado muito as Escrituras para chegarem a este cargo de liderança. (5) Em que estado se encontrava o povo com relação aos sacerdotes? Que obra Cristo deveria realizar pelo povo? DTN, 586. Resposta: "O povo achava-se escravizado devido a sua reverência pela tradição e sua fé cega num sacerdócio corrompido. Essas cadeias devia Cristo quebrar. Era preciso expor mais plenamente o caráter dos sacerdotes, principais e fariseus." Comentários: Cristo não tinha como objetivo reformar o sacerdócio corrompido, tornando-o puro como no princípio. Se este fosse o objetivo de Cristo, poderíamos dizer que ele foi mal sucedido, pois mesmo após a Sua morte os sacerdotes continuaram cometendo os mesmos erros. O objetivo de Cristo, segundo Ellen White, era libertar o povo da escravidão e fé cega nos líderes espirituais. Seu objetivo era conscientizar as pessoas para que estas não fossem influenciadas negativamente por um sistema religioso que estava sofrendo modificação pelo homem. Como disse Ellen White, o objetivo de Cristo era mostrar ao povo de forma mais clara, qual era o verdadeiro caráter dos sacerdotes. Aparentavam ser boas pessoas, mas na prática demonstravam o contrário. (6) Diante destas freqüentes repreensões de Cristo, que decisão os líderes espirituais tomaram? S. João 9:22-23 Resposta: "Os pais do cego disseram isto com medo dos líderes judaicos, que já tinham avisado que qualquer um que dissesse que Jesus era o Messias, seria expulso da religião dos judeus." Comentários: A religião tinha uma importância fantástica para os judeus. Eles preferiam perder membros da família, perder posses, perder a saúde, mas não desejavam de forma alguma perder seu vínculo com a sinagoga. Note que o sentimento predominante do povo para com os fariseus era o medo. (7) Como resultado, qual foi a reação do povo? S. João 7:11-13 Resposta: "Os líderes judaicos procuravam achar Jesus na festa e andavam perguntando por Ele. Havia uma grande discussão a seu respeito entre o povo. Alguns diziam: Ele é um homem admirável, enquanto outros diziam: Não! Ele está enganando o público. Mas ninguém tinha coragem de falar a favor dEle em público, com medo dos líderes judaicos" Comentários: A mensagem de Cristo dividiu o povo. A posição oficial da igreja era contra Jesus e por isso as pessoas não se aventuravam a apoiá-lo publicamente, principalmente as que possuíam posição de destaque dentro da sinagoga e no sinédrio. Quem Estava ao Lado de Cristo?(8) Será que Jesus tinha a maioria do povo ao seu lado? S. João 12:37, 39 e 40. Resposta: "Mas apesar de todos os milagres que Ele havia feito, a maioria do povo não queria crer que Ele era o Messias... Eles não podiam crer, pois acontecia como também Isaías tinha dito: Deus cegou os olhos e endureceu o coração deles para que não possam ver, nem entender, ou voltar-se para Mim, para que eu cure todos." Comentários: Quando lemos que Deus endureceu o coração do povo, somos tentados a crer que a rejeição foi uma obra determinada por Deus. Lembramos também de Faraó, cujo coração fora endurecido por Deus. Como explicar isto? A atuação de Deus sobre as pessoas é comparada ao calor do sol. O mesmo sol que endurece o barro, amolece a manteiga. Deus é o mesmo para todos, nosso coração que é diferente. Alguns tem o coração de barro, quanto mais Deus atua sobre estes, mais duros eles ficam. Outros tem o coração de manteiga que amolecem quando Deus atua. Infelizmente o coração da maioria do povo estava endurecido pelos seus pecados e pela influência negativa dos líderes espirituais. (9) Será que todos os líderes espirituais eram contra Jesus? S. João 10:19-21 Resposta: "Quando Ele [Jesus] disse estas coisas, os líderes judaicos se dividiram novamente em suas opiniões a respeito dEle. Alguns diziam: "Ele tem demônio, ou então está louco. Para que ouvir um homem desse?" Outros diziam: "Isto não nos parece o jeito de um homem tomado pelo demônio! Um demônio pode abrir os olhos dos cegos?" Comentários: Perceba que o verso diz que os líderes judaicos se dividiram novamente. Isto significa que eles já haviam se dividido antes e que talvez já tivessem se dividido várias vezes com respeito ao assunto. Alguns achavam que Cristo era inspirado por Deus pois fazia o bem e dizia a verdade. Outros achavam que Ele era inspirado pelo demônio pois repreendia de forma firme e pública os líderes espirituais da época. Afinal de contas, como uma pessoa que critica a liderança da igreja pode ser de Deus? Assim argumentavam os inimigos de Cristo. (10) O que acontecia com os líderes judaicos que criam em Jesus? S. João 12:42-43. Resposta: "Contudo, mesmo entre os líderes judaicos, muitos criam que Ele era o Messias, mas não declaravam isso a ninguém por causa do medo que tinham de serem expulsos da sinagoga pelos fariseus; pois eles gostavam mais do louvor dos homens do que do louvor de Deus." Comentários: Este verso não diz que poucos líderes judaicos criam em Jesus, pelo contrário, diz que MUITOS criam nEle, mas não tinham coragem de confessar publicamente o nome de Jesus. Tinham medo de sofrer vergonha, tinham medo de perder suas posições, tinham medo de perder seus privilégios. (11) Houve algum líder dos judeus que tomou coragem e confessou a Cristo? S. João 19:38. Resposta: "Depois disso [depois da morte de Cristo] José de Arimatéia, que tinha sido um seguidor secreto de Jesus porque tinha medo dos líderes judaicos, corajosamente pediu a Pilatos autorização para retirar o corpo de Jesus; e Pilatos deixou" Comentários: Que pena que José de Arimatéia só tomou coragem depois da morte de Cristo. Se confessasse a Cristo antes de Sua morte, certamente seria uma forte influência em favor da verdade. Inspiraria outras pessoas a também confessar publicamente suas convicções. A Atitude dos Altos Líderes Judeus(12) Qual foi a saída encontrada pelos altos líderes judaicos para pôr um fim ao ministério de Jesus? S. João 11: 47-50 e 53. Resposta: "Então os sacerdotes principais e os fariseus convocaram uma reunião do Conselho para discutir a situação. "Que vamos fazer?" perguntavam uns aos outros, "pois este homem evidentemente faz milagres. Se nós O deixarmos em paz, a nação inteira irá atrás dEle e então o exército romano virá para nos matar e tomar conta do governo judaico. Então um deles, Caifás, que era o supremo sacerdote naquele ano, disse: "Vocês não sabem coisa alguma! - Que morra só Esse homem pelo povo - por que morreria a nação inteira?... Por isso, daquela hora em diante, os líderes judaicos começaram a planejar a morte de Jesus." Comentários: Os sacerdotes estavam preocupados em manter o poder e o governo do povo judaico. Tinham medo de perder os privilégios e de ter que se submeter mais ainda aos romanos. A idéia do sumo-sacerdote foi aceita por todos. Não houve no Conselho quem se levantou para defender a causa de Cristo. (13) Que estratégia os sacerdotes usaram para condenar a Cristo? DTN, 576. Resposta: "Os sacerdotes e príncipes ouviram em silêncio as incisivas repreensões de Cristo. Não Lhe podiam refutar as acusações. Mas só ficaram ainda mais decididos a armar-Lhe ciladas; e com esse desígnio, enviaram-Lhe espias, "que se fingissem justos, para O apanharem nalguma palavra, e O entregarem à jurisdição e poder do presidente". Não mandaram os velhos fariseus a quem Jesus encontrara muitas vezes, mas jovens, que eram ardentes e zelosos, e os quais, pensavam, Cristo não conhecia." Comentários: A estratégia armada para condenar a Jesus era examinar de perto tudo o que Ele dizia em público e tentar apanhá-lo em alguma palavra. Mesmo que tivessem que distorcer um pouco a verdade. Para tanto os fariseus usavam jovens que deveriam acompanhar Jesus como se fossem seus seguidores e anotariam tudo o que Jesus dizia para depois contar aos velhos fariseus. (14) No seu julgamento, o que Jesus sofreu por falar a verdade? S. João 18:19-23. Resposta: "O supremo sacerdote começou a fazer perguntas a Jesus a respeito dos seus seguidores e o que Ele tinha ensinado a todos. Jesus respondeu: "O que eu ensino é muito conhecido, porque eu tenho pregado abertamente na sinagoga e no templo; eu tenho sido ouvido por todos os líderes judaicos e não ensino em particular nada do que não tenha dito em público. Por que o senhor está Me fazendo estas perguntas? Pergunte àqueles que me ouviram. O senhor tem alguns deles aqui. Eles sabem o que eu disse." Um dos soldados que estavam ali deu um soco em Jesus. "Isso é maneira de responder ao supremo sacerdote?", perguntou ele. "Se eu menti, prove", respondeu Jesus. "Você bateria num homem por ele dizer a verdade?" (15) Como os líderes da religião judaica se consideravam? E o que eles exigiam do povo? DTN, 586. Resposta: "Os escribas e fariseus pretendiam achar-se investidos de divina autoridade idêntica à de Moisés. Como tais, exigiam do povo a mais completa deferência (respeito) e submissão." Comentários: Os sacerdotes não admitiam qualquer questionamento por parte do povo e se irritavam muito quando suas atitudes eram questionadas. Pelo fato de questionar a atitude dos sacerdotes, Jesus foi considerado um inimigo da Igreja oficialmente estabelecida. Mas Cristo não se importava em apanhar, ser humilhado ou ser caluniado. A missão de Cristo era pregar a Verdade e isso Ele fez até o final. Ele sabia que não era a força que resolveria os problemas, mas apenas a Verdade libertaria o povo. (16) O que aconteceria com os que foram influenciados pelos fariseus e rejeitaram a Cristo? DTN, 594. Resposta: "De geração para geração se estivera acumulando uma terrível punição contra os rejeitadores da luz e da verdade. Essa (punição) os inimigos de Cristo estavam então atraindo sobre as próprias cabeças. O pecado dos sacerdotes e principais era maior que o de qualquer geração anterior. Por sua rejeição do Salvador, estavam-se tornando responsáveis pelo sangue de todos os justos mortos desde Abel até Cristo. Estavam prestes a fazer transbordar sua taça de iniquidade. E dentro em pouco lhes seria ela derramada sobre a cabeça em juízo de retribuição." Comentários: O infinito amor e grande misericórdia de Deus podem ser testemunhados até mesmo nos Seus juízos. Deus teve enorme paciência com Israel antes de derramar sobre eles a taça dos juízos. Mas finalmente os que rejeitaram a verdade e perseguiram os mensageiros de Deus sofreram a justa retribuição. O juízo caiu principalmente sobre seus filhos e suas famílias. Um juízo terrível como nunca antes. Quão diferente poderia ter sido a história das famílias de Israel se houvessem aceito a verdade pura de Cristo em vez de aceitar os enganos dos sacerdotes? Promessas para o Futuro(17) O que Cristo prometeu aos seus seguidores? S. João 15: 20 e 25; S. João 16:1-2. Respostas: 15:20 - "Um escravo não é maior do que o seu senhor! Portanto já que eles me perseguiram, naturalmente perseguirão vocês." 15:25 - "Isto cumpriu o que os profetas disseram a respeito do Messias: Eles me odiaram sem causa" 16:1 e 2 - "Eu lhes disse estas coisas para que vocês não sejam abalados por tudo o que virá depois. Porque vocês serão expulsos das sinagogas, e na verdade está chegando o tempo em que aqueles que matarem vocês pensarão que estão prestando um serviço a Deus" Comentários: Quem é mais bem tratado: um senhor ou seu servo (escravo)? É lógico que o senhor é mais bem tratado. Se Jesus, sendo o Senhor, sofreu estas perseguições, certamente nós sofreremos também. Jesus alertou os discípulos ao dizer que esta situação iria se repetir ao longo dos séculos. (18) Será que isto tem acontecido hoje? DTN, 593-594 Resposta: "Isso nos deve servir de lição. Deve-nos abrir os olhos ao poder de Satanás para enganar a mente que se desvia da luz da verdade. Muitos seguem nas pegadas dos fariseus. Reverenciam os que morreram por sua fé. Admiram-se da cegueira dos judeus em rejeitar a Cristo. Houvéssemos vivido em Seu tempo, declaram, e com prazer Lhe receberíamos os ensinos; nunca teríamos tomado parte no crime dos que rejeitaram o Salvador. Mas quando a obediência a Deus requer abnegação e humilhação, essas mesmas pessoas abafam suas convicções e recusam obediência. Assim manifestam o mesmo espírito que os fariseus a quem Cristo condenou." Comentários: Se você vivesse na época de Cristo, o que faria você? Seguiria a Cristo ou tomaria parte nos crimes contra Ele? Confessaria publicamente a verdade ou abafaria suas convicções movido pelo medo? (19) Isto já acontecia antes de Cristo? O Grande Conflito, págs. 458 e 459. Resposta: "Hoje, como nos séculos anteriores, a apresentação de qualquer verdade que reprove os pecados e erros dos tempos, suscitará oposição... É o mesmo expediente que tem sido adotado em todos os tempos. Elias foi acusado de ser o perturbador de Israel, Jeremias de traidor, Paulo de profanador do templo. Desde aquele tempo até hoje, os que desejam ser fiéis à verdade têm sido denunciados como sediciosos (revoltados), hereges ou facciosos (separatistas)." - O Grande Conflito, págs. 458 e 459. Comentários: Se estudarmos a história, vamos perceber que as mesmas situações se repetiram ao longo dos séculos. Lutero enfrentou a mesma luta de Cristo. Pregou contra os abusos dos sacerdotes que viviam no luxo graças à venda de certificados de perdão (indulgências). A Igreja Católica não mudou por causa de Lutero, continuou trocando a salvação por dinheiro, mas as pessoas sinceras foram esclarecidas a respeito da verdade que somos salvos pela fé. O engano e o erro sempre existirão, mas aquele que busca refúgio na PALAVRA DE DEUS, jamais será enganado pelos homens. |
“Se uma ou outra pessoa que dirige a igreja e que mexe com as finanças, usar mal ou indevidamente o dinheiro, não é meu problema. É um problema dela com Deus. Um dia, quando Jesus voltar, ela vai ter que prestar contas a Deus do que fez. Eu cumpri a minha parte ao devolver a Deus, através da Sua igreja, aquilo que é dEle, porque o dízimo não é meu...” - Pr. Alejandro Bullon - Extraído da Palestra “DÍZIMOS E OFERTAS, POR QUÊ?” do Está Escrito. http://www.sisac.org.br/ee/palestra/textos/dizimoseofertasporque.htm O conceito expresso pelo Pr. Bullon no parágrafo acima está fortemente arraigado à cultura e à tradição adventista. Diante de inúmeras evidências da má utilização dos dízimos pela Corporação, a insatisfação e os questionamentos por parte dos leigos crescem a cada dia. Foi necessário elaborar argumentos fortes para manter o povo dizimando fielmente para a Associação/Missão. Dizem aos membros: “Sua parte é devolver a Deus, se o dízimo é mal empregado o problema não é seu, é de quem o empregou de forma incorreta.” Mas será que esta argumentação tem base bíblica? Vamos fazer uma análise da declaração do pastor Bullon tentando responder a três perguntas: 1) Se os administradores usam o dinheiro de forma incorreta isto é um problema só deles ou é um problema para a Igreja também? 2) Os administradores deverão prestar contas com Deus, segundo o pastor Bullon, só “quando Jesus voltar” ou devem prestar contas para os membros da igreja ainda aqui na terra? 3) Quem é o legítimo representante para receber e decidir o destino do dízimo? Quem tem o direito sobre o dízimo? “Não é meu problema”“Se uma ou outra pessoa que dirige a igreja e que mexe com as finanças, usar mal ou indevidamente o dinheiro, não é meu problema. É um problema dela com Deus.” - Pr. Bullon Sem dúvida nenhuma um administrador que desvia recursos sagrados para outros fins estará criando um problema para si perante Deus. Administradores que, reunidos em assembléias, votam regulamentos (praxes) que permitem o desvio para fins diferentes dos especificados pelo Espírito de Profecia também estão criando um problema para si perante Deus. Neste ponto somos obrigados a concordar com o Pr. Bullon. De fato, estas pessoas estão criando um grande problema para elas diante de Deus. Mas a questão agora é outra: Será que o único problema que estes líderes criam são problemas para si mesmos ao empregar de forma incorreta o dízimo? Responder sim a esta pergunta é admitir que um motorista embriagado, ao dirigir seu automóvel de forma imprudente, pode causar problemas apenas para si mesmo. Não! Isto não é verdade! Hoje a Igreja sofre quando o dinheiro é retirado das igrejas e consumido em despesas administrativas de Associações, Uniões e Divisões. A Igreja sofre quando tem que dividir um pastor com outras igrejas enquanto novas associações e missões estão sendo criadas e mais cargos administrativos sendo ocupados por parentes e amigos de pastores influentes. Conseqüências: Falta de assistência pastoral, evangelismo deficiente, alto índice de apostasias, anciãos e líderes leigos sobrecarregados, pregação do evangelho retardada e atraso na volta de Cristo. Como você pôde perceber, quando a administração utiliza os dízimos de forma diferente da especificada pela Bíblia e pelo Espírito de Profecia acabam gerando um grande problema para a igreja. Ao contrário do que tentou sugerir o Pr. Bullon, a má utilização dos dízimos por parte dos administradores não é um problema apenas da administração da corporação, mas é também um problema da Igreja, pois a má administração gera um problema para a Igreja. Prestação de contas. Para quem e quando?O Pr. Bullon continua argumentando: “Um dia, quando Jesus voltar, ela [a pessoa usou mal ou indevidamente o dinheiro] vai ter que prestar contas a Deus do que fez.” - Pr. Bullon Um membro da igreja que não envia o dízimo para a Associação/Missão tem sua elegibilidade para cargos impugnada pela comissão de nomeações. Os não dizimistas mais cedo ou mais tarde são abordados e questionados pelo tesoureiro ou pelo pastor. Por que o manual da igreja não permite que o não dizimista assuma cargos e preste contas do dízimo apenas com Deus? Embora os membros leigos que não dizimam para a Associação/Missão acabam prestando contas aqui na terra, o Pr. Bullon sugere que os administradores prestarão contas apenas com Deus e isto só quando Jesus voltar. Certamente irão prestar contas com Deus. Mas fica subentendido que a administração não tem a obrigação de prestar contas com os membros, mas apenas com Deus. Ai está o perigo! Em agosto de 1999, encaminhei uma solicitação de prestação de contas detalhadas à Associação Paulistana. Esta solicitação foi assinada por todos os anciãos do distrito do Ipiranga (SP) e por outros líderes de departamentos do distrito. Foi entregue nas mãos do presidente da Associação. Infelizmente nossa solicitação foi negada. Até hoje, nenhum dos líderes que assinou a solicitação de transparência teve acesso a qualquer relatório detalhado. O motivo alegado para negar a transparência foi “confidencialidade das informações”. Sempre há argumentos para fazer o povo pensar que não tem direito de receber uma prestação de contas detalhada. Em geral, os argumentos que usam o nome de Deus são os mais convincentes. Neste caso, um dos argumentos é o seguinte: “Devemos prestar contas apenas ao dono. Deus é o dono do dízimo, portanto a administração da IASD deverá prestar contas apenas com Deus, não com os membros, pois os membros não são os donos do dízimo. Ou você se julga dono do dízimo? O seu dever como membro é devolver e não fiscalizar. Deus pede que você devolva, não que fiscalize.” Eu já ouvi esta frase várias vezes. Mas será que este argumento pode ser sustentado biblicamente? Quem é o legítimo proprietário do dízimo?O Pr. Bullon conclui o parágrafo da seguinte forma: “Eu cumpri a minha parte ao devolver a Deus, através da Sua igreja, aquilo que é dEle, porque o dízimo não é meu...” - Pr. Bullon. De quem é o dízimo? “Também todos os dízimos da terra, quer dos cereais, quer do fruto das árvores, pertencem ao Senhor; santos são ao Senhor.” - Levítico 27:30 Não há dúvidas de que o legítimo proprietário do dízimo é o Senhor. Mas como Deus não recebe diretamente os dízimos, Ele nomeou sacerdotes para que fossem os legítimos receptores do dinheiro sagrado. O dízimo está vinculado ao sacerdócio e não ao templo como alguns imaginam. Antes mesmo de existir um templo, Abraão pagou o dízimo ao sacerdote Melquisedeque, que era também rei de Salém. Após a libertação do povo de Israel do domínio egípcio Deus instituiu a ordem sacerdotal “araônica”. Os descendentes de Arão pertencentes à tribo de Levi passaram a receber os dízimos do povo de Israel. Cristo, através de sua morte, pôs fim ao sistema sacerdotal levítico ou araônico. Uma nova ordem foi estabelecida: O sacerdócio segundo a ordem de Melquisedeque. Cristo é o sumo sacerdote desta ordem, mas quem são os sacerdotes? Seriam os pastores-administradores? Seriam os pastores distritais os verdadeiros sacerdotes? Seriam os pastores administradores mais os distritais mais os anciãos? O apóstolo Pedro responde: “Vós também, quais pedras vivas, sois edificados como casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, aceitáveis a Deus por Jesus Cristo… Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as grandezas daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” - I Pedro 2:5 e 9. Hoje todos nós somos sacerdotes, somos representantes de Cristo num mundo escuro. A lei do dízimo mudou, pois o sacerdócio mudou, mas o princípio continua o mesmo daquele da época de Abraão e Melquisedeque. Hoje o dízimo não pertence mais a um grupo restrito de pastores administradores. Hoje o dízimo pertence ao corpo de Cristo, pertence à sua Igreja. Hoje todos nós somos MORDOMOS, ou seja, ADMINISTRADORES dos talentos que o Senhor nos confiou. Em breve o Senhor chamará a cada mordomo. Chamará a você e a mim para que prestemos contas de tudo que ele nos emprestou: o corpo, o tempo, os talentos e os bens materiais. Quando algum pastor disser que você deve entregar o dízimo para a Associação/Missão mesmo sabendo que o destino não é o especificado pela Bíblia e Espírito de Profecia, na realidade este pastor está tentando descaracterizar sua função de mordomo e de sacerdote real. O mordomo (administrador) é você, não a Associação/Missão. O sacerdote é você e todos os crentes. Como sacerdote e mordomo, você tem o livre arbítrio para transferir o dinheiro para a Associação/Missão, mas não pode transferir para eles a responsabilidade de mordomo. A responsabilidade de mordomo é intransferível. A responsabilidade continua sendo sua. Se você sabe que eles usam mal e mesmo assim confia o sagrado depósito do Senhor para eles, quem prestará contas com Deus é o mordomo, ou seja, é você. Deus não leva em conta os tempos de ignorância. Durante muito tempo, enquanto estava na ignorância, devolvi fielmente os dízimos para a Associação e sempre fui agraciado com as bênçãos de Deus. Após chegar ao conhecimento de tudo que foi relatado neste material não pude continuar enviando o dinheiro para lá e ao mesmo tempo manter minha consciência em paz. Hoje gozo as bênçãos dos céus de forma mais abundante e plena do que antes, mas creio que isto não é devido ao dízimo, mas sim à grande misericórdia que Deus tem para comigo. Faça como Ellen White. Como bom mordomo empregue o sagrado tesouro que o Senhor lhe confiou para a salvação de almas. “O tempo presente é um período de solene privilégio e sagrada confiança. Se os servos de Deus guardarem fielmente o depósito que lhes é confiado, grande será sua recompensa, quando o Mestre disser: ”Presta contas da tua mordomia." Luc. 16:2.” - Obreiros Evangélicos, 267 "Havia um certo homem rico", disse, "o qual tinha um mordomo; e este foi acusado perante ele de dissipar os seus bens." Luc. 16:1. O rico depositara todas as suas posses nas mãos deste servo, porém o servo era infiel, e o patrão foi convencido de que era defraudado sistematicamente. Determinou não mais tê-lo a seu serviço, e procedeu a uma análise de suas contas. "Que é isso que ouço de ti?" disse, "presta contas da tua mordomia, porque já não poderás ser mais meu mordomo." Luc. 16:2. - Parábolas de Jesus, 366. Quem não presta contas, não pode ser mordomo... Que isto não ocorra conosco. Que o nosso lugar não seja retirado. Amém! |