O
Que Diz Ellen G. White.
O Senhor Jesus
Cristo, o divino Filho de Deus, existiu desde a
eternidade, como pessoa distinta, mas um com o Pai. Era Ele a excelente
glória do Céu. Era o Comandante dos seres celestes, e a homenagem e
adoração dos anjos era por Ele recebida como de direito. Isto não era
usurpação em relação a Deus. "O Senhor Me possuiu no princípio de Seus
caminhos", declara Ele, "e antes de Suas obras
mais antigas. Desde a eternidade, fui ungida; desde o princípio, antes
do começo da Terra. Antes de haver abismos, fui gerada;
e antes ainda de haver fontes carregadas de águas. Antes que os montes
fossem firmados, antes dos outeiros, eu fui gerada.
Ainda Ele não tinha feito a Terra, nem os campos, nem sequer o princípio
do pó do mundo. Quando Ele preparava os céus, aí estava Eu; quando
compassava ao redor a face do abismo." Prov.
8:22-27. Exaltai-O, MM 1992, pág. 16.
Cristo
declarou por intermédio
de Salomão: "O Senhor Me possuiu no princípio de Seus caminhos e antes
de Suas obras mais antigas. Quando punha ao mar o Seu termo, para que as
águas não trespassassem o Seu mando; quando compunha os fundamentos da
Terra, então, Eu estava com Ele e era Seu aluno;
e era cada dia as Suas delícias, folgando perante Ele
em todo o tempo." Prov. 8:22, 29 e 30." Exaltai-O, MM 1992,
pág. 17.
O Soberano do
Universo não estava só em Sua obra de beneficência. Tinha um
companheiro - um cooperador que
poderia apreciar Seus propósitos, e participar de Sua alegria ao dar
felicidade aos seres criados. "No princípio era o Verbo, e o Verbo
estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus."
João 1:1 e 2. Cristo, o Verbo, o Unigênito de Deus,
era um com o eterno Pai - um em natureza, caráter, propósito -
o único ser que poderia penetrar em todos os conselhos e
propósitos de Deus. "O Seu nome será: Maravilhoso
Conselheiro, Deus forte, Pai da eternidade, Príncipe da paz." Isa. 9:6.
Suas "saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade".
Miq. 5:2. E o Filho de Deus declara a respeito de Si mesmo:
"O Senhor Me possuiu no princípio de Seus caminhos, e antes de Suas
obras mais antigas. ... Quando compunha os fundamentos da Terra, então
Eu estava com Ele e era Seu aluno; e era cada
dia as Suas delícias, folgando perante Ele em todo o tempo". Prov.
8:22-30. -- Patriarcas e Profetas, pág. 34.
|
O
Que Diz Pr. Alberto Timm.
Diferentes teorias foram propostas ao longo da história do cristianismo
para identificar a “sabedoria” mencionada em Provérbios 8:22-31. Alguns
teólogos do 2º século d.C. a viam como sendo o Espírito Santo. Já no 3º
século, essa interpretação deu lugar a uma generalizada identificação
dela com Cristo, a segunda pessoa da divindade. Comentaristas mais
recentes continuam discutindo se ela foi realmente uma companheira (ser
distinto) do Senhor em Sua obra criadora ou meramente uma característica
(atributo) dEle.
Para compreendermos a sabedoria de Provérbios 8:21-31, devemos ter em
mente: (1) que ela não é apresentada como um ser divino em nenhuma das
demais passagens de Jó, Provérbios e Eclesiastes onde aparece
personificada; (2) que ela assume neste texto as prerrogativas divinas
de haver existido com Deus antes da obra da criação e de haver sido o
“arquiteto” dessa obra; e (3) que ela é descrita como havendo nascido
antes da obra da criação (versos 24 e 25).
Reconhecendo a Cristo como a “sabedoria de Deus” (I Coríntios 1:24 e 30)
e Aquele “em quem todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão
ocultos” (Colossenses 2:3), o Novo Testamento também O identifica como
igual a Deus o Pai, e por conseguinte, coeterno com Ele (Filipenses
2:6-7; Colossenses 2:8-9; Hebreus 1:2-3). Assim, se a sabedoria
mencionada em Provérbios 8:22-31 teve realmente um início (como sugere a
expressão “eu nasci” nos versos 24 e 26), então ela não pode ser a
pessoa eterna de Cristo ou um dos atributos eternos do Pai, mas apenas
uma manifestação específica da eterna sabedoria de Deus em Cristo na
obra da criação, descrita pelo próprio texto em consideração (ver João
1:1-5 e 10; Colossenses 1:15-17; Hebreus 1:1-14; Apocalipse 3:14).
Fonte:
Sinais dos Tempos, julho de 1997. pág. |