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Manipulação de Textos do Espírito de Profecia Favorece a Idéia da Trindade

Paz!

Estou acompanhando e lendo o que tem sido publicado em seu site. Contudo, uma assunto chamou a minha atenção nesses últimos dias: "In Christ is life, original, unborrowed, underived. Christ didn't ultimately derive His divine life from the Father." A parte que foi destacada em negrito, assim foi traduzida para a Língua Portuguesa: “... Em Cristo há vida original, não emprestada, não derivada”. “O Desejado de Todas as Nações”. 20ª ed. Tatuí – SP, CPB, 1997, p. 530, quarto parágrafo e segunda linha.). A outra parte, sublinhada, não consta nessa tradução para a Língua Portuguesa.

Qual terá sido o motivo? Será que tem alguma explicação para o tradutor ter omitido um período como este: “Christ didn't ultimately derive His divine life from the Father”. Ou será que o livro do qual ele traduziu não constava tal período? Atualmente, os tradutores estão perdendo cada vez mais a credibilidade em um trabalho tão importante.

Neste momento em que estamos vivendo, dá até para desconfiar em infiltração da “máfia dos jesuítas” manipulando, também, as nossas literaturas. Como exemplo do descrédito que estou tendo para com os modernos tradutores das Casas Publicadoras da Igreja Adventista, vou citar o que ocorreu quando estava realizando uma pesquisa no livro Patriarcas e Profetas.

Eu tenho um CD-ROM com 51 livros (obras) de Ellen G. White. Mas já não confiava plenamente no CD-ROM. Sempre que o consultava, fazia uma comparação com o meu livro (Patriarcas e Profetas. 6ª ed. Santo André – SP, CPB, 1984, p. 381 [366-367].).

Abaixo eu vou transcrever os respectivos textos referentes ao livro Patriarcas e Profetas, página impressa e depois do livro Patriarcas e Profetas do CD-ROM.

Página Impressa: “Cristo não somente foi o guia dos hebreus no deserto - o Anjo em quem estava o nome de Jeová, e que, velado na coluna de nuvem, ia diante das hostes - mas foi também Ele que deu a Israel a lei. (Ver Apêndice, nota 10). Por entre a tremenda glória do Sinai, Cristo declarou aos ouvidos de todo o povo os dez preceitos da lei de Seu Pai. Foi Ele que deu a Moisés a lei gravada em tábuas de pedra. Foi Cristo que falou a Seu povo por intermédio dos profetas. Escrevendo à igreja cristã, diz o apóstolo Pedro que os profetas ‘profetizaram da graça que vos foi dada, indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir, e a glória que se lhes havia de seguir’. I S. Pedro 1:10 e 11. É a voz de Cristo que nos fala através do Velho Testamento. ‘O testemunho de Jesus é o Espírito de Profecia’. Apocalipse. 19:10”.

Primeira observação: o texto que está destacado entre parêntese, apontando para “o apêndice – nota 10” não faz parte do livro. É uma nota dos editores.

CD-ROM: Cristo não somente foi o guia dos hebreus no deserto - o Anjo em quem estava o nome de Jeová, e que, velado na coluna de nuvem, ia diante das hostes - mas foi também Ele que deu a Israel a lei. Por entre a tremenda glória do Sinai, Cristo declarou aos ouvidos de todo o povo os dez preceitos da lei de Seu Pai. Foi Ele que deu a Moisés a lei gravada em tábuas de pedra. Ainda mais: Cristo é chamado o Verbo de Deus. João 1:1-3. É assim chamado porque Deus deu Suas revelações ao homem em todos os tempos por meio de Cristo. Foi o Seu Espírito que inspirou os profetas. I Ped. 1:10 e 11. Ele lhes foi revelado como o Anjo de Jeová, o Capitão do exército do Senhor, o Arcanjo Miguel. Foi Cristo que falou a Seu povo por intermédio dos profetas. Escrevendo à igreja cristã, diz o apóstolo Pedro que os profetas ‘profetizaram da graça que vos foi dada, indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir, e a glória que se lhes havia de seguir’. I Ped. 1:10 e 11. É a voz de Cristo que nos fala através do Antigo Testamento. ‘O testemunho de Jesus é o Espírito de Profecia’. Apoc. 19:10”.

Segunda observação: toda esta parte que está em itálico, foi acrescentada. O acréscimo é justamente “o apêndice – nota 10”.

Terceira observação: o objetivo principal desse acréscimo era inserir o seguinte período: “Foi o Seu Espírito que inspirou os profetas”. Porque se forem bem estudadas as afirmações acima, referentes a Cristo, vamos entender claramente que era Ele quem estava dando inspiração aos profetas. Primeira: “Cristo não somente foi o guia dos hebreus no deserto ...”. Segunda: “... mas foi também Ele que deu a Israel a lei”. Terceira: “Cristo declarou aos ouvidos de todo o povo os dez preceitos da lei de Seu Pai”. Quarta: “Foi Ele que deu a Moisés a lei gravada em tábuas de pedra”. Quinta: “Foi Cristo que falou a Seu povo por intermédio dos profetas”. Sexta: “É a voz de Cristo que nos fala através do Velho Testamento”. Sétima: “...o Espírito de Cristo, ...”. O Espírito de Cristo aqui é o mesmo personagem angélico que esteve com o profeta Daniel em Babilônia, e com o profeta João na Ilha de Patmos.

“Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e, enviando-as pelo seu anjo, as notificou a seu servo João”. “Eu, Jesus, enviei o meu anjo para vos testificar estas coisas a favor das igrejas”. (Apoc. 1:1 e 22:16). Este anjo nas sete cartas do Apocalipse é chamado de Espírito: “... Ouça o que o Espírito diz às igrejas”. (Apoc. 2:7; 2:11; 2:17; 2:29; 3:6; 3:13 e 3:22). Concluindo, o próprio anjo Gabriel declara-se “... sou conservo teu e de teus irmãos, que têm o testemunho de Jesus; ...”. (Apoc. 19:10). Depois ele completa: “porque eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro”. (Apoc. 22:9).

Ellen White escreveu o seguinte: “... As humildes tarefas que estão diante de nós, devem ser executadas por alguém; os que as fazem devem sentir estarem realizando uma obra necessária e honrosa, e que em sua missão, por humilde que seja, estão fazendo a obra de Deus, tão certo como o estava Gabriel quando enviado aos profetas. ...”. (WHITE, Ellen G. Meditações Matinais – Exaltai-O! 1ª ed. Tatuí – SP, CPB, 1992, p. 269.)

Vida original

Ainda sobre João 5:26 e a expressão que está no Espírito de Profecia "Em Cristo há vida original, não emprestada" (DTN. p. 530), gostaria de acrescentar que todos os seres criados para terem vida precisam continuar se alimentando da arvora da vida, mas “o Pai e o Filho” não precisam, pois como foi declarado em João 5:26, “Eles possuem vida em Si mesmo”.

A Escritura Sagrada declara: “Então disse o Senhor Deus: Eis que o homem se tem tornado como um de nós, conhecendo o bem e o mal. Ora, não suceda que estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva eternamente. O Senhor Deus, pois, o lançou fora do jardim do Éden para lavrar a terra, de que fora tomado. E havendo lançado fora o homem, pôs ao oriente do jardim do Éden os querubins, e uma espada flamejante que se volvia por todos os lados, para guardar o caminho da árvore da vida”.(Gên. 3:22-24).

O fruto da árvore da vida no jardim do Éden possuía virtude sobrenatural. Comer dele era viver para sempre. Seu fruto era o antídoto da morte. Suas folhas eram para o sustento da vida e da imortalidade. Mas em virtude da desobediência do homem a morte entrou no mundo. Adão comeu da árvore do conhecimento do bem e do mal, comeu do fruto que lhe tinha sido proibido tocar. Esta era a sua prova. Ele falhou, e sua transgressão abriu as comportas dos ais sobre o mundo.

A árvore da vida era um tipo da grande Fonte de imortalidade. De Cristo está escrito: ‘NEle, estava a vida e a vida era a luz dos homens’. João 1:4. Ele é a Fonte de vida. Obediência a Ele é o poder vitalizante, vivificante, que alegra a alma. Pelo pecado o homem fechou para si mesmo o acesso à árvore da vida. Agora, vida e imortalidade são trazidas à luz mediante Jesus Cristo... (Medicina e Salvação. 3ª ed.1995. pp. 233-234).

De acordo com o que está escrito, os únicos seres que possuem vida em Si mesmo, ou melhor, são a Vida, e não precisam da árvore da vida para viver são o Pai e o Filho. Os outros seres precisam se alimentar da árvore da vida. Portanto, dependem do Pai e do Filho para ter vida eterna.

Essa é uma das condições pela qual o Filho do Eterno tem "vida original" e "não derivada", a outra, em função desta, é que Ele, por ser Filho, "GERADO", possui a mesma vida que o Pai.

Afirmo "GERADO", mas não criado. O exemplo mais claro que possuímos é o de Adão e Eva. Eva já existia em Adão e ao mesmo não não existia com uma vida independente.

"Cristo veio ao mundo para revelar o caráter do Pai, e para redimir a raça caída. O Redentor do mundo era igual a Deus. Sua autoridade ERA COMO A AUTORIDADE de Deus. ELE DECLAROU QUE NÂO TINHA EXISTÊNCIA SEPARADA DO PAI. A autoridade pela qual Ele falava, e operava milagres, era expressamene Sua própria, todavia Ele nos afirma que Ele e o Pai são um. ...". (Meditações Matinais. "Para Conhecê-Lo". 1ª ed. 1965. p. 38.).

A citação é clara, o Filho "NÃO TINHA EXISTÊNCIA SEPARADA DO PAI". Assim como Eva não tinha existência fora de Adão. No entanto, Eva foi CRIADA a partir de Adão, enquanto o Filho foi GERADO pelo Pai a partir dEle mesmo. (Heb. 1:5, 8 e 5:5).

Pois está escrito: "Sendo ele o resplendor da sua glória e A EXPRESSA IMAGEM do seu Ser...". (Heb. 1:3 - Almeida Versão Revisada - AVR). Em outro lugar diz: "O qual é IMAGEM DO DEUS INVÍSIVEL, o primogênito de toda a criação". (Col. 1:15 -AVR).

Embora outros possam assemelhar-se, mas somente o Filho, só Ele pode ser reconhecido como A EXPRESSA IMAGEM DO PAI. Porque é o Único que foi GERADO pelo Pai. E, por isso, Ele tem, e é "vida original".

Quanto à expressão "Não derivada", refere-se ao aspecto que Ele possuia uma natureza Divina-Humana. Essa natureza Divina era a "vida original", que deu origem a Sua natureza humana. "O Verbo Se fez Carne". (João 1:14). Portanto, a vida do Homem de Nazaré não era como a nossa. O Homem de Nazaré, YESHUA (ou YEHOSHUA), Ele tinha a Vida, ou seja uma natureza Divina, juntamente com a Sua natureza humana.

Portanto, quanto ao Filho, assim está escrito: "Eu Sou o Caminho, e a Verdade, e a Vida". (João 14:6). Em outro lugar diz: "Eu Sou a Ressureição e a Vida" (João 11:25). Josiel, para o www.adventistas.net

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Trabalho de "Escritores Fantasmas" Pode Explicar Contradições de Ellen G. White

O livro Mensagens Escolhidas, Vol. 3, traz em sua Seção III, denominada "A Preparação dos Livros de Ellen G. White", informações pouco conhecidas entre os membros da IASD acerca do trabalho dos "Auxiliares Literários" da Sra. White. A atividade desses profissionais (hoje conhecidos como ghost writers, "escritores fantasmas"), pode alterar o conceito que temos acerca da inspiração de EGW, uma vez que o texto final de algumas de suas principais obras resultou de trabalho em equipe, nem sempre supervisionado por ela, como atesta uma declaração de um de seus filhos, Guilherme C. White.

Exemplos de declarações da Sra. White sobre seus "auxiliares literários":

"Meu marido corrigia os erros gramaticais e eliminava as repetições desnecessárias. ...Depois da morte de meu marido, juntaram-se a mim fiéis auxiliares, que trabalharam infatigavelmente em copiar os testemunhos e preparar os artigos para serem publicados."

"Que tal ler o meu manuscrito para os Pastores [J. H.] Waggoner e [J. N.] Loughborough? Se a enunciação de algum ponto doutrinário não estiver tão clara como devia estar, ele poderá discerni-lo (refiro-me a W.)..."

"Digam a Maria que ela procure para mim algumas histórias da Bíblia que me dêem a ordem dos acontecimentos. Não tenho nada, e não consigo encontrar alguma coisa aqui na Biblioteca [de Basiléia, Suíça]..."

"Mariana pega avidamente toda carta que escrevo a outras pessoas, a fim de encontrar frases que ela possa usar na vida de Cristo [O Desejado de Todas as Nações]. Ela tem coligido tudo que se relaciona com as lições de Cristo a Seus discípulos, de todas as fontes possíveis..."

"Trabalhamos juntas, sim trabalhamos juntas em perfeita harmonia durante todo esse tempo. ...nós duas assumimos o encargo de fazer com que cada parágrafo estivesse em seu devido lugar e cumprisse a parte que lhe corresponde..."

"O manuscrito sobre a 'Vida de Cristo' [O Desejado de Todas as Nações] está prestes a ser enviado para a América do Norte. Este será editado pela Pacific Press. Empreguei obreiros para preparar este livro, especialmente a irmã Davis, e isto me custou três mil dólares..."

O livro Mensagens Escolhidas, Vol. 3, traz em sua Seção III, denominada "A Preparação dos Livros de Ellen G. White", informações pouco conhecidas entre os membros da IASD acerca do trabalho dos "Auxiliares Literários" da Sra. White.

A atividade desses profissionais (hoje conhecidos como ghost writers, "escritores fantasmas"), descrita em uma breve introdução aos capítulos dessa seção, pode alterar o conceito que temos acerca da inspiração de EGW, uma vez que o texto final de algumas de suas principais obras resultou de trabalho em equipe, nem sempre supervisionado por ela, como atesta, ao final, uma declaração de seu próprio filho Willie (Guilherme C. White).

 

Introdução da seção:

Grande parte da vida de Ellen White foi passada preparando livros que continham as mensagens que Deus lhe dera para Seu povo e, nalguns casos, para o público em geral. Os arquivos do Patrimônio Literário de Ellen G. White contêm relativamente poucas de suas declarações a respeito dos pormenores desse trabalho. No entanto, outros que trabalharam com ela escreveram sobre isso de modo mais amplo. Suas relativamente poucas declarações nos conduzem, porém, ao próprio âmago de seu trabalho.

Apresentamos aqui algumas dessas declarações referentes à preparação e publicação de Testimonies for the Church ("Testemunhos Para a Igreja") e alguns de seus livros que apresentam a história do conflito dos séculos, especialmente O Grande Conflito e O Desejado de Todas as Nações.

Visto que os escritos iniciais sobre várias partes componentes da história do conflito dos séculos foram ampliados duas ou três vezes, não é possível apresentar uma exata seqüência cronológica da obra de Ellen White para descrever os acontecimentos dessa controvérsia milenar. Cumpre notar também que Ellen White considerava todas as partes dessa narrativa como parte da história do grande conflito, quer pertencessem ao Antigo Testamento, ao Novo Testamento ou à história pós-bíblica.

São incluídas declarações que explicam o trabalho de seus auxiliares literários, e constituem o capítulo inicial desta seção. Outro capítulo traça sua obra ao escrever sobre a vida de Cristo, sendo ajudada por sua sobrinha, em 1876, e por Mariana Davis, na década de 1890.

O filho de Ellen White, William (Guilherme), esteve intimamente ligado a ela na produção de seus livros depois de 1881, o ano em que faleceu Tiago White. Em diversas ocasiões ele escreveu algo de seu profundo conhecimento da obra de sua mãe na produção de livros. Várias declarações elucidativas de sua pena, bem como da pena de Mariana Davis, aparecem como itens do Apêndice. (Depositários do Patrimônio Literário White.) Pág. 88.

 

Citações Escolhidas de EGW em Ordem Cronológica

Enquanto meu marido viveu, desempenhou o papel de ajudador e conselheiro no envio das mensagens que me eram dadas. Viajávamos longamente. Por vezes eram-me concedidos esclarecimentos durante a noite, outras, de dia, perante grandes congregações. As instruções recebidas em visão eram fielmente escritas por mim, segundo eu tinha tempo e forças para a obra. Posteriormente examinávamos juntos o assunto, meu marido corrigia os erros gramaticais e eliminava as repetições desnecessárias. Então elas eram cuidadosamente copiadas para a pessoa a quem se dirigiam ou para o prelo.

À medida que a obra aumentou, outros me auxiliaram no preparo da matéria para publicação. Depois da morte de meu marido, juntaram-se a mim fiéis auxiliares, que trabalharam infatigavelmente em copiar os testemunhos e preparar os artigos para serem publicados. Pág. 89.

Esta manhã tomo os meus escritos em franca consideração. Meu marido está muito fraco para ajudar-me a prepará-los para o prelo, portanto não lidarei mais com eles no presente. Não sou um erudito. Não posso preparar meus próprios escritos para o prelo. Não escreverei mais até que possa fazer isso. Não é meu dever sobrecarregar a outros com os meus manuscritos. Manuscrito 3, 1873. (Diário, 10 de janeiro de 1873.) Pág. 90.

Meu espírito está chegando a conclusões estranhas. Estou pensando que preciso deixar de lado os meus escritos em que tenho tido tanto prazer, e ver se posso tornar-me uma pessoa erudita. Não sou especialista em gramática. Procurarei, se o Senhor me ajudar, aos quarenta e cinco anos de idade, tornar-me versada nessa ciência. Deus me auxiliará. Creio que Ele o fará. Manuscrito 3, 1873. (Diário, 11 de janeiro de 1873.) Pág. 90.

Tenho facilidade para escrever e suplico diariamente a direção de Deus e que eu seja imbuída de Seu Espírito. Creio então que terei auxílio e força e graça para fazer a vontade de Deus. ... Nunca em minha vida, tive tal oportunidade para escrever, e pretendo aproveitá-la ao máximo. ... Que tal ler o meu manuscrito para os Pastores [J. H.] Waggoner e [J. N.] Loughborough? Se a enunciação de algum ponto doutrinário não estiver tão clara como devia estar, ele poderá discerni-lo (refiro-me a W.). Carta 4a, 1876. [O Pastor J. H. Waggoner, quando se tornou adventista do sétimo dia era editor de um jornal.] Pág. 104.

Trecho de carta ao pastor e redator Urias Smith:

Desejo declarar algumas coisas, com as quais poderá fazer o que lhe aprouver. Já me ouviu fazer estas declarações antes - que me foi mostrado anos atrás que não devíamos adiar a publicação da importante luz que me foi dada porque não pude preparar o assunto com perfeição. Meu marido às vezes estava muito doente, incapaz de prestar-me a ajuda que eu deveria ter e que ele me poderia haver concedido caso estivesse com saúde. Por este motivo demorei a pôr diante do povo aquilo que me fora dado em visão.

Mostrou-se-me, porém, que devia apresentar ao povo, da melhor maneira possível, a luz recebida; então, à medida que recebesse maior luz e usasse o talento que Deus me deu, teria crescente habilidade para usar em escrever e falar. Eu devia melhorar tudo, conduzindo-o tão perto da perfeição quanto fosse possível, para que pudesse ser aceito por mentes inteligentes.

Tanto quanto possível, todo defeito devia ser removido de todas as nossas publicações. À medida que se desdobrasse a verdade e se tornasse mais difundida, devia ser exercido todo cuidado para aperfeiçoar as obras publicadas. Págs. 96-97.

 

Decisão tomada na Assembléia da Associação Geral de 16 de novembro de 1883:

"32. Considerando que alguns dos volumes encadernados dos Testemunhos Para a Igreja se acham esgotados, de maneira que não se podem obter coleções completas no escritório; e,

"Considerando que há constantes e urgentes pedidos quanto à reedição desses volumes; portanto,

"Fica resolvido: Que recomendamos sua publicação em quatro volumes de 700 ou 800 páginas cada um.

"33. Considerando que muitos desses testemunhos foram escritos sob as mais desfavoráveis circunstâncias, achando-se a autora demasiado premida de ansiedade e labor para dar atenção à perfeição gramatical dos escritos, e os mesmos foram impressos tão apressadamente que passaram tais imperfeições sem serem corrigidas; e,

"Considerando que: Cremos que Deus dá a Seus servos a luz mediante a iluminação da mente, comunicando assim os pensamentos e não (a não ser em raros casos) as próprias palavras em que as idéias devem ser expressas; portanto,

"Fica resolvido que se façam na reedição desses volumes as modificações verbais necessárias à remoção das mencionadas imperfeições, o quanto possível, sem qualquer alteração do pensamento, e ainda,

"34. Fica resolvido que esta corporação indique uma comissão de cinco para encarregar-se da reedição desses volumes em harmonia com os preâmbulos e as resoluções acima." Review and Herald, 27 de novembro de 1883.

"A comissão de cinco para encarregar-se da reedição dos testemunhos estipulada na resolução trinta e quatro foi anunciada da maneira que segue: o Presidente está autorizado a escolher quatro pessoas além dele mesmo para essa finalidade: G. C. White, Urias Smith, J. H. Waggoner, S. N. Haskell, Jorge I. Butler." Review and Herald, 27 de novembro de 1883.

O trabalho foi submetido a Ellen White e aprovado por ela. A carta ao Pastor Smith insinua que ela estava mais disposta a aceitar os melhoramentos de que alguns em Battle Creek. O resultado foram os nossos atuais Testimonies, vol. 1-4, publicados em 1885. (Referência explicativa da pág. 96.)

 

Referências de EGW ao Trabalho de Mariana Davis e Outras Auxiliares

 

 

Diga-lhe [a Mariana Davis] que há poucos minutos acabei de ler, as cartas em que ela especificou os melhoramentos a serem feitos nos artigos para o volume 1 [Patriarcas e Profetas]. Sou-lhe grata por isso. Diga-lhe que ela tem razão quanto ao vazamento dos olhos de Zedequias. Isto precisa ser expresso de maneira mais cuidadosa - e também a rocha, quando a água jorrou - algo com referência a isso. Creio que posso tornar mais completos os artigos especificados. Carta 38, 1885. Págs. 121-122.

 

Bom, meus queridos Willie, e Edson e Ema, cheguemos bem perto de Deus. Vivamos diariamente como desejaremos ter vivido quando se assentar o tribunal, e se abrirem os livros, e quando for retribuído a cada um segundo as suas obras. ... Digam a Maria que ela procure para mim algumas histórias da Bíblia que me dêem a ordem dos acontecimentos. Não tenho nada, e não consigo encontrar alguma coisa aqui na Biblioteca [de Basiléia, Suíça]. Carta 38, 1885, pág. 8. Pág. 122.

 

Willie [Guilherme C. White, filho de Ellen White, que nesse tempo desempenhava a função de presidente interino da Associação Geral] está em reunião de manhã cedo até tarde da noite, ideando e planejando para a realização de melhor e mais eficiente obra na Causa de Deus. Nós só o vemos à mesa.

Mariana recorre a ele em pequenas questões que, segundo parece, ela poderia resolver por si mesma. Ela é nervosa e apressada, e ele está tão extenuado que tem de cerrar os dentes e controlar os nervos da melhor maneira que pode. Conversei com ela e lhe disse que precisava resolver por si mesma muitas coisas que estava levando a Willie.

A mente dela está em cada ponto e suas conexões, e a mente dele tem avançado a custo através de uma variedade de assuntos difíceis até ficar com o cérebro num turbilhão, e então seu espírito de modo algum se acha preparado para tratar dessas pequenas minúcias. Ela mesma tem de arcar com algumas dessas coisas referentes a sua parte na obra, e não apresentá-las a ele, nem afligir-lhe o espírito com elas.

Às vezes penso que ela acabará matando a nós dois, desnecessariamente, com suas coisinhas que pode resolver tão bem por si mesma como se as apresentasse a nós. Quer que vejamos toda pequena modificação de uma palavra. Carta 64a, 1889. Págs. 92-93.

 

Estou ansiosa para publicar a vida de Cristo [O Desejado de Todas as Nações]. Mariana [Davis] especifica capítulos e assuntos para serem escritos por mim que não considero realmente necessários serem escritos. Talvez eu veja mais luz neles. Não os abordarei sem que o Espírito do Senhor pareça dirigir-me. A construção de uma torre, a guerra de reis, essas coisas não me absorvem a mente, mas hei de alongar-me sobre os assuntos da vida de Cristo, Seu caráter representando o Pai, as parábolas essenciais para todos nós compreendermos e praticarmos as lições nelas contidas. Carta 131, 1893. Pág. 116.

Foi decidido no concílio que devo escrever sobre a vida de Cristo; mas, como fazê-lo melhor do que no passado? Questões, e a verdadeira condição das coisas aqui e ali, me são expostas com insistência. ...

 

Não tenho feito muita coisa sobre a vida de Cristo [O Desejado de Todas as Nações], e muitas vezes sou obrigada a solicitar a ajuda de Mariana, sem levar em conta o trabalho sobre a vida de Cristo que ela tem de realizar sob grandes dificuldades, coligindo um pouco aqui e um pouco ali, de todos os meus escritos, a fim de arrumá-lo da melhor maneira possível. Ela está, porém, com boa disposição para o trabalho; se tão-somente eu pudesse sentir-me livre para dedicar toda a minha atenção a essa obra! Ela educou e preparou a mente para o trabalho; e agora eu penso, como tenho pensado centenas de vezes, que conseguirei, depois que esta mala postal [americana] se fechar, tomar a vida de Cristo e levá-la avante, se o Senhor quiser. Carta 55, 1894. Págs. 116-117.

Agora preciso deixar este assunto tão imperfeitamente apresentado que receio interpreteis mal aquilo que me sinto tão ansiosa de tornar claro. Oxalá Deus avive o entendimento, pois sou apenas uma pobre escritora, e não posso com a pena ou a voz expressar os grandes e profundos mistérios de Deus. Oh, orai por vós mesmos, orai por mim! Carta 67, 1894. Pág. 90.

 

Mariana está trabalhando em circunstâncias muito desfavoráveis. Encontro apenas pouco tempo para escrever sobre a vida de Cristo [O Desejado de Todas as Nações]. Estou continuamente recebendo cartas que requerem uma resposta, e não ouso negligenciar importantes questões que são trazidas ao meu conhecimento. Então há igrejas para visitar, testemunhos particulares para serem escritos, e muitas outras coisas para serem atendidas, que me sobrecarregam e consomem meu tempo. Mariana pega avidamente toda carta que escrevo a outras pessoas, a fim de encontrar frases que ela possa usar na vida de Cristo. Ela tem coligido tudo que se relaciona com as lições de Cristo a Seus discípulos, de todas as fontes possíveis. Depois que terminar a reunião campal, a qual é muito importante, hei de instalar-me nalgum lugar em que possa dedicar-me à obra de escrever sobre a vida de Cristo. ...

Há muita coisa para ser feita nas igrejas, e não posso desempenhar minha parte em manter o interesse e realizar o outro trabalho que me é necessário fazer, sem ficar tão cansada que não tenha forças para escrever sobre a vida de Cristo. Estou muito perplexa quanto ao que é meu dever. ...

Estou quase decidida a... dedicar todo o meu tempo a escrever os livros que devem ser preparados sem mais demora. Gostaria de escrever sobre a vida de Cristo, sobre a temperança cristã [A Ciência do Bom Viver] e preparar o Testemunho nº 34 [vol. 6], pois é muito necessário. Terei de parar de escrever tanta coisa para as revistas, e deixar que a Review and Herald, Signs of the Times e todos os outros periódicos passem este ano sem artigos de minha pena.

 

Todos os artigos que levam o meu nome são escritos recentes e novos de minha pena. Lamento não ter maior ajuda literária. Necessito muitíssimo dessa espécie de ajuda. Fanny [Bolton] poderia ajudar-me bastante na elaboração dos livros se ela não tivesse de preparar tantos artigos para as revistas e de revisar tantas cartas e testemunhos para atender as exigências de minha correspondência e as necessidades das pessoas.

É inútil esperar alguma coisa de Mariana [Davis] até que seja completada a Vida de Cristo. Quisera conseguir outra obreira inteligente que pudesse ser incumbida de preparar a matéria para o prelo. Tal obreira seria de grande utilidade para mim. Mas a pergunta é: Onde encontrarei tal pessoa? Estou com o cérebro cansado a maior parte do tempo. Escrevo muitas páginas antes do desjejum. Levanto-me às duas, três ou quatro horas da madrugada. ... Carta 41, 1895. Págs. 117-118.

 

O manuscrito sobre a "Vida de Cristo" está prestes a ser enviado para a América do Norte. Este será editado pela Pacific Press. Empreguei obreiros para preparar este livro, especialmente a irmã Davis, e isto me custou três mil dólares. Outros três mil serão necessários para prepará-lo para ser difundido pelo mundo, em dois volumes. Esperamos que eles tenham grande saída. Tenho dedicado pouco tempo a esses livros, pois falar em público, escrever artigos para as revistas e escrever testemunhos particulares para enfrentar e reprimir os males que estão aparecendo, me mantém ocupada. Carta 114, 1896. Pág. 119.

 

O trabalho de Mariana é de uma índole completamente diferente. Ela é minha compiladora de livros. Fanny [Bolton] nunca foi minha compiladora de livros. Como são feitos os meus livros? Mariana não apresenta nenhuma reivindicação por reconhecimento.

Ela realiza seu trabalho desta maneira: Toma meus artigos que são publicados nas revistas e cola-os em livros em branco. Também possui uma cópia de todas as cartas que escrevo. Ao preparar um capítulo para um livro, Mariana se lembra de que eu escrevi alguma coisa sobre esse ponto especial, que talvez torne o assunto mais convincente. Ela começa a procurá-lo, e se, ao encontrá-lo, percebe que isso tornará o capítulo mais claro, acrescenta-o a ele.

Os livros não são produções de Mariana, porém minhas, tirados de todos os meus escritos. Mariana tem vasto campo de que colher, e sua habilidade em arranjar a matéria é de grande valor para mim. Ela me poupa o ficar atenta a uma massa de escritos, o que não tenho tempo de fazer.

Podeis compreender, portanto, que Mariana constitui valiosíssimo auxílio para mim na publicação de meus livros.

 

Fanny nada tinha que ver com esse trabalho. Mariana leu capítulos para ela, e Fanny às vezes fez sugestões quanto ao arranjo do assunto.

Esta é a diferença entre as obreiras. Como já declarei, Fanny foi rigorosamente proibida de trocar minhas palavras por suas palavras. Da maneira que são proferidas pelos instrumentos celestiais, as palavras são severas em sua simplicidade; e eu procuro expor os pensamentos numa linguagem tão simples que uma criança possa compreender toda palavra proferida. As palavras de alguma outra pessoa não me representariam corretamente.

Escrevi tão detalhadamente para que possais compreender o assunto. Fanny pode alegar que ela fez os meus livros, mas não é assim. Este tem sido o setor de Mariana, e seu trabalho está muito à frente de qualquer trabalho que Fanny tenha realizado para mim. Carta 61a, 1900. Págs. 91-92.

 

Sinto-me muito grata pela ajuda da irmã Mariana Davis na produção de meus livros. Ela colhe materiais de meus diários, de minhas cartas e dos artigos publicados nas revistas. Aprecio grandemente seu fiel serviço. Ela está comigo há vinte e cinco anos, e constantemente tem adquirido maior habilidade para o trabalho de classificar e agrupar meus escritos. Carta 9, 1903. Pág. 93.

Mariana, minha auxiliar, fiel e leal em seu trabalho como a bússola ao pólo, está morrendo. ...

 

Partirei amanhã para Battle Creek. Minha alma é, porém, atraída para a moça moribunda que labutou para mim durante os últimos vinte e cinco anos. Estivemos lado a lado na obra, e em perfeita harmonia nessa obra. E quando juntava os preciosos fragmentos que tinham aparecido em revistas e livros e os apresentava a mim, ela dizia: "Agora está faltando alguma coisa. Eu não posso supri-la." Eu examinava o que era, e num momento conseguia achar o fio da meada.

Trabalhamos juntas, sim trabalhamos juntas em perfeita harmonia durante todo esse tempo. Ela está morrendo. E é por dedicação ao trabalho. Ela sente a intensidade dele como sendo uma realidade, e nós duas assumimos o encargo de fazer com que cada parágrafo estivesse em seu devido lugar e cumprisse a parte que lhe corresponde. Manuscrito 95, 1904. Pág. 93.

Mariana esteve comigo por uns vinte e cinco anos. Ela foi minha principal obreira na organização do assunto para meus livros. Sempre prezou os escritos como algo sagrado colocado em suas mãos, e muitas vezes me relatava que conforto e bênção recebia na realização desse trabalho, e que efetuá-lo era sua saúde e sua vida. Ela sempre tratou os assuntos colocados em suas mãos como sagrados. Sentirei muita falta dela. Quem ocupará o seu lugar? Manuscrito 146, 1904. Pág. 91.

 

Comprovada Nova Manipulação de Testemunho Atribuído à Sra White

Desta vez, o testemunho de Ellen G. White foi adulterado para você pensar que a Chuva Serôdia cairia dentro das Igrejas Adventistas do Sétimo Dia!

“Sela com um selo aqueles que lamentam e choram pelos pecados cometidos na casa de Israel.” Esta é a mensagem de Deus para todos os verdadeiros adventistas. A cada dia que se passa, percebemos que Deus estava correto ao dizer que os verdadeiros adventistas dos últimos dias serão “reparadores de brechas”. Hoje nos sentimos mais uma vez cumpridores desta profecia (seremos reparadores de brechas). Ao ler o livro “Eventos Finais”, nos deparamos com o seguinte texto:

Muitos Adventistas Tomam Posição Contra a Luz

Nas igrejas [adventistas do sétimo dia] deverá haver admirável manifestação do poder de Deus, mas ela não influirá sobre os que não se têm humilhado diante do Senhor, abrindo a porta do coração pela confissão e arrependimento. Na manifestação desse poder que ilumina a Terra com a glória de Deus, eles só verão alguma coisa que, em sua cegueira, consideram perigosa, alguma coisa que despertará os seus receios, e se disporão a resistir-lhe. Visto que o Senhor não age de acordo com suas idéias e expectativas, eles combaterão a obra. "Por que - dizem eles - não reconheceríamos o Espírito de Deus, se temos estado na obra por tantos anos?" Review and Herald Extra, 27 de maio de 1890.” Eventos Finais, pág. 180

Ao lermos o texto, qual é a conclusão a qual o leitor sincero chega? Que a Chuva Serôdia, o poder que ilumina a Terra com a glória de Deus, cairá dentro das Igrejas Adventistas do Sétimo Dia; portanto, não importa o quanto esta se afaste da clara verdade revelada pela Palavra de Deus, Ele porá tudo em ordem e esta igreja receberá a benção. Ao ler este texto, fui movido a conferir se o original em inglês apresentava-se exatamente da forma como está escrito no livro em português “Eventos Finais, pág. 180”.

Entre as páginas iniciais do livro, na página onde se encontram os dados de edição (antes da página intitulada “Chave de Abreviaturas”), encontramos a seguinte informação:

“Título do original em inglês: LAST DAY EVENTS”

Percebemos que este livro, “Eventos Finais” é a tradução do livro editado no idioma inglês, intitulado: “Last Day Events”.

Ainda nas páginas iniciais deste livro, na página intitulada “Ao Leitor”, que se encontra logo no início deste livro (antes do índice), lemos:

Maranata, um livro compilado de seus escritos e publicado em português em 1977, também trata do cumprimento das profecias bíblicas referentes aos últimos dias.

Como esforço adicional “para manter este assunto perante o povo”, preparamos este volume: Eventos Finais. Muitas das citações deste livro foram extraídas de fontes de Ellen White publicadas anteriormente, mas uma boa porcentagem dos materiais nunca foi publicada antes. ...

No fim de cada trecho indicamos a fonte, bem como a data em que a passagem foi escrita, ou uma data em que foi publicada durante a vida de Ellen White.” Os Depositários do PATRIMÔNIO LITERÁRIO DE ELLEN G. WHITE (grifos acrescentados)

O livro “Eventos Finais” não foi um livro escrito por “Ellen G. White”, e sim um compilado de textos preparado pelos Depositários do PATRIMÔNIO LITERÁRIO DE ELLEN G. WHITE. Estes depositários mesmos afirmam isto, como podemos ler na introdução “Ao Leitor”, que se encontra logo no início deste livro (antes do índice), apresentada acima. Você mesmo pode conferi-la caso possua este livro.

1. Checando no livro original em inglês

Como o livro “Eventos Finais” é uma tradução do original inglês, “Last Day Events”, o primeiro que fizemos foi comparar a citação do livro em português com o texto original em inglês. Apresentamos os dois textos, em português e inglês, abaixo:

Muitos Adventistas Tomam Posição Contra a Luz

Nas igrejas [adventistas do sétimo dia] deverá haver admirável manifestação do poder de Deus, mas ela não influirá sobre os que não se têm humilhado diante do Senhor, abrindo a porta do coração pela confissão e arrependimento. Na manifestação desse poder que ilumina a Terra com a glória de Deus, eles só verão alguma coisa que, em sua cegueira, consideram perigosa, alguma coisa que despertará os seus receios, e se disporão a resistir-lhe. Visto que o Senhor não age de acordo com suas idéias e expectativas, eles combaterão a obra. "Por que - dizem eles - não reconheceríamos o Espírito de Deus, se temos estado na obra por tantos anos?" Review and Herald Extra, 27 de maio de 1890.” Eventos Finais, pág. 180 (ênfase suprida)

Texto em inglês, extraído do site oficial do White Estate - www.egwestate.andrews.edu:

Last Day Events, page 209, paragraph 3

Chapter Title: The Loud Cry

Many Adventists Brace

Themselves Against the Light

“There is to be in the [Seventh-day Adventist] churches a wonderful manifestation of the power of God, but it will not move upon those who have not humbled themselves before the Lord, and opened the door of the heart by confession and repentance. In the

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manifestation of that power which lightens the earth with the glory of God, they will see only something which in their blindness they think dangerous, something which will arouse their fears, and they will brace themselves to resist it. Because the Lord does not work according to their ideas and expectations they will oppose the work. "Why," they say, "should we not know the Spirit of God, when we have been in the work so many years?"--RH Extra, Dec. 23, 1890.” Last Day Events, pages 209, 210

Verificamos que o texto em português confere com o original em inglês, não havendo diferenças na tradução que comprometam o sentido do texto. Entretanto, a referência ao texto original não confere. Enquanto o livro em português cita:

“Review and Herald Extra, 27 de maio de 1890.”

o original em inglês cita:

“RH Extra, Dec. 23, 1890” (tradução: Review and Herald Extra, 23 de dezembro de 1890)

Como os próprios editores do livro “Eventos Finais” afirmam que este é apenas uma tradução do original “Last Day Events”, consideramos a referência dada pelo livro original inglês, que indica “RH Extra, Dec. 23, 1890” (Review and Herald Extra, 23 de dezembro de 1890).

2. Comparando o texto citado no livro “Eventos Finais” com o texto original indicado

Como os próprios compiladores afirmam no começo do livro que eles prepararam este livro e citaram a referência original, buscamos o texto original indicado para verificar se ele conferia com o texto apresentado no livro compilado “Last Day Events”. Apresentamos abaixo o texto original da “Adventist Review and Sabbath Herald, de 23 de dezembro de 1890”, indicado no compilado “Last Day Events” (Eventos Finais), extraído do site oficial do White Estate – www.egwestate.andrews.edu:

Advent Review and Sabbath Herald, December 23, 1890, paragraph 18

Article Title: Be Zealous and Repent

There is to be in the churches a wonderful manifestation of the power of God, but it will not move upon those who have not humbled themselves before the Lord, and opened the door of the heart by confession and repentance. In the manifestation of that power which lightens the earth with the glory of God, they will see only something which in their blindness they think dangerous, something which will arouse their fears, and they will brace themselves to resist it. Because the Lord does not work according to their ideas and expectations, they will oppose the work. "Why," they say, "should not we know the Spirit of God, when we have been in the work so many years?"

Tradução:

“Nas igrejas deverá haver admirável manifestação do poder de Deus, mas ela não influirá sobre os que não se têm humilhado diante do Senhor, abrindo a porta do coração pela confissão e arrependimento. Na manifestação desse poder que ilumina a Terra com a glória de Deus, eles só verão alguma coisa que, em sua cegueira, consideram perigosa, alguma coisa que despertará os seus receios, e se disporão a resistir-lhe. Visto que o Senhor não age de acordo com suas idéias e expectativas, eles combaterão a obra. "Por que - dizem eles - não reconheceríamos o Espírito de Deus, se temos estado na obra por tantos anos?" Review and Herald Extra, 27 de maio de 1890.”

Agora, compare o texto acima com o texto que aparece nos livros “Last Day Events” (original inglês) e “Eventos Finais” (tradução para o português):

Muitos Adventistas Tomam Posição Contra a Luz

Nas igrejas [adventistas do sétimo dia] deverá haver admirável manifestação do poder de Deus, mas ela não influirá sobre os que não se têm humilhado diante do Senhor, abrindo a porta do coração pela confissão e arrependimento. Na manifestação desse poder que ilumina a Terra com a glória de Deus, eles só verão alguma coisa que, em sua cegueira, consideram perigosa, alguma coisa que despertará os seus receios, e se disporão a resistir-lhe. Visto que o Senhor não age de acordo com suas idéias e expectativas, eles combaterão a obra. "Por que - dizem eles - não reconheceríamos o Espírito de Deus, se temos estado na obra por tantos anos?" Review and Herald Extra, 27 de maio de 1890.” Eventos Finais, pág. 180 (ênfase suprida, grifos acrescentados)

Perceba que há uma diferença. No texto citado no livro “Last Day Events”, traduzido para o português como “Eventos Finais”, lemos:

Nas igrejas [adventistas do sétimo dia] deverá haver admirável manifestação do poder de Deus

Enquanto no texto original lemos:

Nas igrejas deverá haver admirável manifestação do poder de Deus...

O termo “adventistas do sétimo dia” não está no texto original, mas foi acrescentado no texto apresentado no livro “Last Day Events” (Eventos Finais). Citar um texto e apresentá-lo como sendo a fiel reprodução do texto original, acresentando a ele palavras e não mencionando que acrescentou, é crime legal, caracterizado no Brasil como falsidade ideológica.

A pergunta é: porque foi acrescentado o termo “adventistas do sétimo dia”? A resposta é relativamente simples. Quando se acrescenta o termo “adventistas do sétimo dia”, o texto dá a entender que a chuva serôdia, a manifestação admirável do poder de Deus, deverá acontecer dentro das igrejas adventistas; assim, muitos adventistas sinceros, mesmo vendo a igreja como organização e na pessoa de muitos líderes afastando-se da verdade clara apresentada pela Palavra de Deus, são convencidos a permanecer dentro das igrejas adventistas, e até mesmo a não pregar a verdade que conhecem e que a igreja não vive, pensando que cedo ou tarde Deus porá tudo em ordem para que a igreja receba a chuva serôdia.

Tudo muda de figura quando lemos o texto conforme encontra-se no original. Este não diz que a chuva serôdia cairá dentro das igrejas adventistas. Apenas diz que o poder divino (chuva serôdia) será manifestado nas igrejas:

Nas igrejas deverá haver admirável manifestação do poder de Deus, mas ela não influirá sobre os que não se têm humilhado diante do Senhor, abrindo a porta do coração pela confissão e arrependimento. Na manifestação desse poder que ilumina a Terra com a glória de Deus, eles só verão alguma coisa que, em sua cegueira, consideram perigosa, alguma coisa que despertará os seus receios, e se disporão a resistir-lhe. Visto que o Senhor não age de acordo com suas idéias e expectativas, eles combaterão a obra. "Por que - dizem eles - não reconheceríamos o Espírito de Deus, se temos estado na obra por tantos anos?" Review and Herald Extra, 27 de maio de 1890.” (ênfase suprida)

Muitos adventistas sinceros, podem ainda desculpar a atitude dos compiladores de acrescentar o termo “adventistas do sétimo dia”, com base na seguinte alegação: “como os testemunhos são para a igreja adventista, subentende-se que este também esteja falando desta igreja, e não de outras”. Todavia, ao invés de simplesmente utilizar este raciocínio que parece lógico, devemos deixar que Jesus, através do próprio testemunho dado a Sua serva Ellen G. White, nos diga quais são as igrejas às quais Ele está se referindo no testemunho acima. Jesus nos responde, através do testemunho abaixo:

Deus possui uma Igreja. Não é uma grande catedral, nem uma igreja oficialmente estabelecida, nem as diversas denominações, mas, sim, o povo que ama a Deus e guarda seus mandamentos. Porque onde estão dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles. (Mat. 18:20). Ainda que Cristo esteja entre poucos humildes, esta é sua igreja, pois somente a presença do Alto e Sublime que habita a eternidade pode constituir uma Igreja.” - E.G.White. Manuscript Releases, nº 17, p. 81-82.) (ênfase suprida, grifos acrescentados)

Como Jesus mesmo afirma pelo Seu testemunho, Sua Igreja não é uma igreja oficialmente estabelecida – e a IASD é uma igreja oficialmente estabelecida. Jesus não virá buscar uma organização, e sim pessoas que realmente o amam e guardam os Seus mandamentos. Assim, percebemos que quando Jesus, através do testemunho dado à Sua serva, que foi publicado na “Review and Herald de 23 de dezembro de 1890”, disse que haverá admirável manifestação do poder divino nas igrejas, Ele estava se referindo ao “povo que ama a Deus e guarda os seus mandamentos”. Um povo que diz que ama a Deus, mas adora um deus que não é Deus (o Espírito Santo), é transgressor do primeiro mandamento, e não fará parte da verdadeira igreja de Deus, a menos que abandone este pecado de idolatria.

A verdade e a glória de Deus são inseparáveis; é-nos impossível, com a Bíblia ao nosso alcance, honrar a Deus com opiniões errôneas. Muitos alegam que não importa o que alguém creia, se tão-somente sua vida for correta. Mas a vida é moldada pela fé. Se a luz e a verdade estão ao nosso alcance, e negligenciamos aproveitar o privilégio de ouvir e vê-las, virtualmente as rejeitamos; estamos a escolher as trevas em vez da luz.

"Há caminho, que parece direito ao homem, mas o seu fim são os caminhos da morte." Prov. 16:25. A ignorância não é desculpa para o erro ou pecado, quando há toda a oportunidade de conhecer a vontade de Deus. Um homem está a viajar, e chega a um lugar em que há várias estradas, e uma tabuleta indicando aonde cada uma delas leva. Se desatende à indicação da tabuleta, tomando qualquer caminho que lhe pareça direito, poderá ser muito sincero, mas encontrar-se-á com toda a probabilidade no caminho errado.” O Grande Conflito, págs. 597, 598

Assim, se você está hoje a ver as abominações sendo cometidas dentro do arraial do Senhor, das igrejas adventistas, não fique calado esperando que Deus um dia vá por tudo em ordem. Tal fato nunca ocorrerá, pois Deus não força homens que estão no caminho da apostasia e da idolatria, sejam eles líderes ou membros de igrejas, a mudarem de caminho. O pensamento de que Deus levará os membros da igreja ao triunfo final, mesmo quando estes não estão dispostos abandonar a idolatria, as apostasias e os caminhos do mundo, é um engano satânico, que levará a todos os que o aceitarem à morte, tal como levou aos revoltosos Coré Datã e Abirão no passado. Pessoas que pensam assim estão hoje a dizer, como disseram estes revoltosos do passado: “basta, toda a congregação é santa”. Esquecem-se que Deus deixou a todos uma clara definição de quem são os santos do últimos dias: “aqui está a perseverança dos santos, o s que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus” Apocalipse 14:12.

O que Deus pode fazer por estes pobres homens enlameados pelo erro é apresentar um convite ao arrependimento e a conversão através de agentes humanos como você.

A falta de coragem moral para sair da trilha batida do mundo, leva muitos a seguirem as pegadas de homens ilustrados; e, pela relutância em examinarem por si mesmos, estão-se tornando desesperançadamente presos nas cadeias do erro. Vêem que a verdade para este tempo é claramente apresentada na Bíblia, e sentem o poder do Espírito Santo acompanhando sua proclamação; permitem, todavia, que a oposição do clero os desvie da luz. Embora a razão e a consciência estejam convencidas, estas almas iludidas não ousam pensar diferentemente do ministro; e seu discernimento individual, os interesses eternos, são sacrificados à incredulidade, ao orgulho e preconceito de outrem.” O Grande Conflito, pág. 597

A chuva serôdia cairá sim sobre as igrejas, conforme diz o testemunho que lemos na Review and Herald. Todavia, ela cairá sobre as verdadeiras igrejas, os ajuntamentos de dois ou mais santos, que verdadeiramente guardem os mandamentos de Deus e tenham o testemunho de Jesus; porque onde houverem dois ou mais santos assim reunidos, o Senhor Jesus estará entre eles, e virá até eles “como chuva serôdia que rega a terra” Oséias 6:3, conforme está escrito. Que todos nós nos esforcemos para participar desta verdadeira igreja, humilhando-nos diariamente diante do Senhor, confessando nossos pecados, deles nos arrependendo e andando nos caminhos da obediência pelo poder que o Senhor nos dá através da fé.

Que Deus o abençoe. -- Jairo Carvalho, do Ministério dos 4 Anjos

Leia também:

   Pastores da IASD Cumprem Profecia de EGW no Livro Eventos Finais

DEBATE - Chuva Serôdia e Dia da Expiação

 

 

Filho de EGW Descreve Trabalho dos Redatores Auxiliares

(Extraído da Seção "Apêndices" do livro Mensagens Escolhidas, Vol. 3.)

 

Carta de G. C. White a L. E. Froom
8 de Janeiro de 1928

Prezado Irmão Froom: [Pág. 453]

...Tenho a convicção de que a irmã Ellen G. White teve orientação celestial ao escolher as pessoas que deviam servir de copistas e as que deviam ajudar a preparar artigos para nossos periódicos e capítulos para nossos livros.

Estou bem familiarizado com as circunstâncias que a levaram a escolher alguns desses obreiros e dos encorajamentos diretos que lhe foram dados no tocante a suas qualificações e fidedignidade para o trabalho. Também sei de ocasiões em que lhe foi ordenado instruir, advertir e às vezes demitir de seu emprego aqueles cuja falta de espiritualidade os desqualificava para serviço satisfatório.

Quanto a isso, o Pastor Starr poderia dar-lhe um interessante capítulo a respeito da experiência da irmã White com a Srta. Fannie Bolton, e eu poderia falar-lhe de uma circunstância na qual ela se separou de sua própria sobrinha, Mary Clough, a quem muito amava.

No começo da década de 1860, a irmã White estava sem ajuda, exceto de seu marido, o qual prestava atenção enquanto ela lia capítulos do manuscrito e sugeria as correções gramaticais que lhe vinham à mente. Como menino, recordo haver presenciado circunstâncias como esta - O Pastor White, em seu cansaço, estava deitado no sofá, e a irmã White trazia um capítulo escrito para Spiritual Gifts e lia para ele, e ele sugeria, segundo foi declarado acima, correções gramaticais. Artigos para os Testemunhos eram tratados de maneira semelhante.

Além dos poucos testemunhos que eram impressos, muitos testemunhos pessoais eram enviados a indivíduos, e muitas vezes a irmã White escrevia, dizendo: "Não tenho ninguém para copiar este testemunho. Por favor, faça uma cópia por si mesmo e envie o original de volta para mim." Como resultado desse método de trabalho, temos em nossa caixa forte de manuscritos muitos dos antigos testemunhos na caligrafia da irmã White.

No começo da década de 1860, a irmã Lucinda M. Hall desempenhou as funções de governanta, secretária e por vezes companheira de viagem da irmã White. Ela era ao mesmo tempo tímida e conscienciosa, e só corrigia os erros gramaticais mais evidentes. Por volta de 1862, a irmã Adélia Patten juntou-se à família White e fez algumas cópias para a irmã White. Mais tarde ela se juntou à Review and Herald.

No outono de 1872 a irmã White visitou o Colorado e ficou conhecendo sua sobrinha Mary C. Clough, e em 74, 75 e 76 a Srta. Clough ajudou a preparar cópias para Spirit of Prophecy, vol. 2 e 3. Ela também acompanhou o Pastor e a Sra. White em seus trabalhos nas reuniões campais, e serviu de repórter para a imprensa pública, sendo assim o primeiro agente publicitário empregado regularmente pela denominação, e pode ser considerada como a avó de nosso departamento de publicidade.

Sua experiência como repórter de jornais, a confiança que ela obteve assim, e o louvor acumulado sobre o seu trabalho, incapacitaram-na para a delicada e sagrada obra de ser revisora de artigos para a Review e de capítulos para O Grande Conflito. Numa visão foi apresentado à irmã White que ela e Mary estavam olhando para alguns notáveis acontecimentos no céu. Eles significavam muita coisa para a irmã White, mas para Mary pareciam não significar coisa alguma; e o anjo disse: "As coisas espirituais se discernem espiritualmente", e então ele recomendou que a irmã White não empregasse mais a sobrinha como sua revisora de livros.

Durante 1868, 69 e 70 várias pessoas foram empregadas pela irmã White para copiar seus testemunhos. Entre elas estavam a Srta. Emma Sturgess, mais tarde esposa de Amós Prescott; a Srta. Anna Hale, mais tarde esposa de Irwin Royce; e outras, cujos nomes não recordo agora.

Após a morte do Pastor [Tiago] White, em 1881, a irmã White empregou a irmã Mariana Davis. Ela fora durante alguns anos revisora na Review and Herald, e a irmã White recebeu a garantia, pela revelação, de que a irmã Davis seria uma auxiliar conscienciosa e fiel. Posteriormente, a irmã Elisa Burnham foi empregada pela irmã White, e em certa época a Sra. B. L. Whitney e Fannie Bolton foram empregadas em Battle Creek como auxiliares quando havia muito trabalho para fazer. A irmã Davis esteve com a irmã White na Europa em 1886 e 1887. Ela foi também a principal auxiliar da irmã White na Austrália.

Quando o trabalho na Austrália cresceu, a irmã Burnham foi chamada para ajudar na preparação de livros, e Maggie Hare e Minnie Hawkins foram empregadas como copistas.

Esqueci de mencionar que durante os anos em que a irmã White esteve em Healdsburgo, a irmã J. I. Ings realizou muitas cópias de testemunhos e de manuscritos.

Em certa época, enquanto estávamos na Austrália, foi proposto que Special Testimonies to Ministers (isto é, Special Testimonies, Series A), publicados e expedidos pelo Pastor [O. A.] Olson (Presidente da Associação Geral) no começo da década de 1890, fossem reimpressos sendo a matéria agrupada de acordo com os assuntos. Enquanto isso estava em consideração, sucedeu que o Pastor W. A. Colcord, que uma vez fora secretário da Associação Geral e por muitos anos um dos principais escritores sobre assuntos de liberdade religiosa, se achava desempregado, e a meu pedido a irmã White o empregou para pegar os testemunhos especiais e agrupar a matéria de acordo com os assuntos, para reedição. Ele passou várias semanas nesse trabalho, sendo pago pela irmã White; mas a obra nunca foi usada. Se eu estou bem lembrado, esse constituiu o limite de sua ligação com a obra literária dela.

O último trabalho realizado pela irmã Davis foi a seleção e a organização do material usado em A Ciência do Bom Viver.

O Pastor C. C. Crisler ajudou a irmã White a escolher e organizar o material publicado em Atos dos Apóstolos e Profetas e Reis.

Este esboço do trabalho e dos obreiros não pretende ser completo. Nunca foi considerado por mim ou por qualquer dos auxiliares da irmã White que o pessoal de sua força de trabalho era de primordial interesse para os leitores de seus livros. Págs 455-458.

...Tenho a convicção, irmão Froom, de que não posso reafirmar com demasiada freqüência o fato de que a mente da irmã White era intensamente ágil no tocante ao conteúdo dos artigos publicados em nossos periódicos e dos capítulos que compõem os seus livros, e de que ela contava com o auxílio do Céu e era notavelmente perspicaz em descobrir qualquer erro feito pelas copistas ou pelos revisores. Esta condição predominou durante todos os seus atarefados anos antes da morte de seu marido e depois da morte dele, durante o seu ministério na Europa e na Austrália, e na maior parte dos anos passados na América do Norte, após o seu regresso da Austrália.

Em seus últimos anos, sua supervisão não era tão abrangente; ela foi, porém, maravilhosamente abençoada em sua inteligência ao dar instruções sobre o material escrito anteriormente, que estava sendo usado em seus últimos anos, e ao indicar os assuntos que precisavam ser salientados e os que podiam ser poupados ao continuarmos o trabalho de condensação dos livros maiores no preparo dos exemplares para tradução em línguas estrangeiras.

Sinceramente,

G. C. White
Carta de G. C. White a L. E. Froom (Pág. 461)

Leia também:

 

 

Espírito de Profecia: A Verdade Sobre a Sra. White

Prescott trabalhou também muito proximamente com Marion Davis na preparação dos manuscritos de O Desejado de Todas as Nações para publicação. Sugeriu temas e idéias e atuou como autoridade final na análise para a publicação de certos trechos, sem qualquer supervisão da Sra. White. ...Não foram apenas pequenos e insignificantes acréscimos, Prescott mesmo alertou para a introdução de capítulos inteiros, escritos por assistentes literários sem a aprovação final de Ellen G. White, os quais posteriormente foram totalmente atribuídos a ela.

Conheça William W. Prescott, o Homem que Introduziu Conceitos Trinitarianos nos Escritos da Sra. White

Embora discordemos totalmente das posições teológicas do artigo reproduzido abaixo, nós o estamos publicando por entender que se trata de um importante documento acerca de como a apostasia doutrinária penetrou sorrateiramente entre os adventistas após a morte de Tiago White, que, como marido e, portanto, cabeça de Ellen G. White, servira-lhe como uma espécie de protetor contra a assimilação de heresias disfarçadas como doutrinas bíblicas.

Depois da morte de Tiago, Ellen G. White viu-se tão desamparada e abalada psicologicamente que chegou a dizer que fizera um pacto com o falecido marido, durante uma suposta aparição de Tiago White em sonho (depois de morto!), para que trabalhassem juntos outra vez.

Infelizmente, como já demonstraremos aqui, ela atribuiu esse sonho diabólico a Deus e, em minha opinião, a partir daí, ocorrem alguns problemas em seu ministério, os quais incluem algumas afirmações contraditórias quanto à constituição da Divindade, uma vez que contrariam textos anteriores de sua própria pena, do tempo em que a colaboração e argumentação bíblica de Tiago White impedia-lhe de se deixar enganar por doutrinas não-bíblicas como a da Trindade.

Sei que isto causará polêmica e uma certa aversão às leitoras deste texto, mas convém dizer que a concessão do dom profético a Ellen G. White não anula instrução bíblica anterior, dada através do mesmo Espírito de Profecia ao apóstolo Paulo, no sentido de que a Igreja deva avaliar as mensagens proféticas à luz da Bíblia e que a mulher deve estar também doutrinariamente submissa ao marido:

Tratando-se de profetas, falem apenas dois ou três, e os outros julguem. Se, porém, vier revelação a outrem que esteja assentado, cale-se o primeiro. Porque todos podereis profetizar, um após outro, para todos aprenderem e serem consolados. Os espíritos dos profetas estão sujeitos aos próprios profetas; porque Deus não é de confusão, e sim de paz.

Como em todas as igrejas dos santos, conservem-se as mulheres caladas nas igrejas, porque não lhes é permitido falar; mas estejam submissas como também a lei o determina. Se, porém, querem aprender alguma coisa, interroguem, em casa, a seu próprio marido; porque para a mulher é vergonhoso falar na igreja. Porventura, a palavra de Deus se originou no meio de vós ou veio ela exclusivamente para vós outros? Se alguém se considera profeta ou espiritual, reconheça ser mandamento do Senhor o que vos escrevo. -- 1 Coríntios 14:19-35.

Leia também I Timóteo 2:11-15 e Efésios 5:22-24. Observe ainda que a mulher não estava impedida de profetizar, segundo a orientação divina, através de Paulo, em I Coríntios 11:3-12, mas devia submeter-se em tudo ao marido, como o próprio Filho de Deus subordina-Se a Seu Pai.

 

Parceria ministerial

A própria Sra. White entendia que o trabalho como mensageira do Senhor havia sido confiado tanto a ela quanto a seu marido:

Na obra a que meu marido e eu fomos chamados pela providência de Deus para desempenhar uma parte, já desde seus princípios em 1843 e 1844, temos tido o Senhor a delinear e planejar para nós, e Ele tem executado Seus planos mediante Seus agentes vivos. Falsos caminhos têm-nos sido tantas vezes indicados, e as sendas verdadeiras e seguras tão claramente definidas em todos os empreendimentos relacionados com a obra de que fomos incumbidos, que posso dizer com verdade, não sou ignorante dos ardis de Satanás, nem dos caminhos e da operação de Deus. Temos tido de exercitar intensamente toda faculdade mental, confiando na sabedoria de Deus para guiar-nos em nossas pesquisas, ao termos de examinar as diferentes teorias trazidas a nossa atenção, pesando-lhes os merecimentos e os defeitos à luz que resplandece da Palavra de Deus e das coisas que Ele me tem revelado mediante Sua Palavra e os testemunhos, a fim de não sermos enganados nem enganarmos outros. -- O Cuidado de Deus, pág. 358. MM 1995, 10 de dezembro.

Enquanto meu marido viveu, desempenhou o papel de ajudador e conselheiro no envio das mensagens que me eram dadas. Viajávamos longamente. Por vezes eram-me concedidos esclarecimentos durante a noite, outras, de dia, perante grandes congregações. As instruções recebidas em visão eram fielmente escritas por mim, segundo eu tinha tempo e forças para a obra. Posteriormente examinávamos juntos o assunto, meu marido corrigia os erros gramaticais e eliminava as repetições desnecessárias. Então elas eram cuidadosamente copiadas para a pessoa a quem se dirigiam, ou para o prelo. -- Mensagens Escolhidas, pág. 50.

Posteriormente, depois da morte de Tiago White, o único auxiliar indicado diretamente por Deus para ela foi seu próprio filho, G. C. White:

Enquanto nos achávamos na Austrália, o Senhor instruiu-me quanto a dever G. C. White ser aliviado dos muitos encargos que seus irmãos punham sobre ele, a fim de estar mais livre para assistir-me na obra que o Senhor pôs sobre mim. Foi feita a promessa: "Porei sobre ele o Meu Espírito, e lhe darei sabedoria."

Desde minha volta à América do Norte tenho recebido várias vezes instruções de que o Senhor me deu G. C. White para ajudador, e que nesta obra o Senhor lhe dará de Seu Espírito. -- Mensagens Escolhidas, Vol. 1, pág. 50.

Foi-me mostrado também que meu filho, G. C. White, seria meu ajudante e conselheiro, e que o Senhor poria sobre ele o espírito de sabedoria e são discernimento. Foi-me mostrado que o guiaria, e que ele não seria desviado, porque reconheceria as direções e orientação do Espírito Santo. -- Idem, pág. 54.

"O Senhor será teu Instrutor. Encontrarás influências enganadoras; virão sob muitas formas, em panteísmo e outras formas de infidelidade; segue, porém, por onde Eu te conduzir, e estarás a salvo. Porei Meu Espírito sobre teu filho, e fortalecê-lo-ei para fazer sua obra. Ele possui a graça da humildade. O Senhor o escolheu para desempenhar parte importante em Sua obra. Para isso nasceu ele."

Esta comunicação foi-me feita em 1882, e desde então tem-me sido assegurado que lhe era dada a graça da sabedoria. Mais recentemente, em uma ocasião de perplexidade, o Senhor disse: "Dei-te Meu servo, G. C. White, e dar-lhe-ei discernimento para ser teu auxiliar. Dar-lhe-ei habilidade e entendimento para dirigir sabiamente." -- Idem, pág. 55.

Diante destas incontestáveis declarações da própria Sra. White a respeito do que Deus lhe disse sobre seu filho, Guilherme C. White, convido o leitor a, antes de avançar para a leitura do texto abaixo, clicar neste link para comprovar, mediante documentação do White Estate, traduzida para o português, que esse Filho da Sra. White Não Acreditava na Trindade!

Não deixe de ler também, logo após o artigo abaixo, um resumo final da influência de W. W. Prescott sobre escritos da Sra. White e a teologia adventista. -- Robson Ramos.

 

A MODELAGEM DO ADVENTISMO:
O CASO DE W. W. PRESCOTT

Este artigo passa em revista o livro The Shaping of Adventism: The Case of W. W. Prescott, [A Modelagem do Adventismo: O Caso de W. W. Prescott], de Gilbert M. Valentine, publicado pela Andrews University Press (editora da Universidade Andrews, da Igreja Adventista do Sétimo Dia) em 1992, com 307 páginas. Este livro mostra como mesmo grandes líderes ao longo da história do adventismo tiveram que lutar com ensinos tradicionais e de quão devagar mudam as estruturas religiosas corporativas. Segundo Desmod Ford, autor desta crítica literária, “este livro é um sinal alvissareiro de que crenças não-bíblicas podem ser postas no olvido”.

 

Um Erudito Influente

The Shaping of Adventism percorre a vida e ministério daquele que foi talvez o erudito mais influente no adventismo até meados do século vinte—William Warren Prescott (1855-1944).

Segundo seu colega e amigo, o presidente da Associação Geral Arthur G. Daniells, o Prof. Prescott destacava-se acima de quaisquer outros líderes na Igreja porque era abençoado com uma profusão dos ‘mais raros dons’ de que qualquer líder adventista fosse possuidor. (Prefácio, p. x.).

Redator e Escritor

Como redator do órgão oficial da Igreja Adventista do Sétimo Dia, a Review and Herald, Prescott tentou dirigir a denominação a um crescente entendimento de muitos tópicos vitais. Alguns desses tópicos foram justificação pela fé, a natureza de Cristo, a natureza da inspiração, o sentido de Daniel 8:13 e 14, e a confiabilidade de modernas traduções bíblicas.

Uma contribuição pela qual a posteridade sempre se lembrará dele é sua parte na redação das primeiras páginas do livro O Desejado de Todas as Nações. Ellen White, a autora, ficara grandemente impressionada quando ouviu Prescott pregar sobre o assunto da deidade de Cristo e a Trindade. Após isso, ela buscou o auxílio de Prescott na preparação de sua apresentação da condição original de Cristo [antes da encarnação] em O Desejado de Todas as Nações.

Prescott ajudou a corrigir muitas idéias errôneas, mas tradições populares, entre os adventistas do sétimo dia. Uma delas era a equivocada atribuição do número 666 (Apocalipse 13:18) ao Papa. A comissão da Associação Geral aceitou a evidência de Prescott sobre esse tema décadas atrás.

 

O Costumado Sacrifício

Juntamente com outros, Prescott exerceu pressão quanto a que Urias Smith estava errado em sua apresentação do “costumado sacrifício” em Daniel 8:13. (Os ‘outros’ incluíam L. R. Conradi [1856-1939] na Alemanha, o filho de Ellen White, William [1854-1937], e A. G. Daniells [1858-1935]).

Prescott e os outros entendiam que “a remoção do costumado sacrifício” era a remoção do evangelho da Igreja pelo evangelho falsificado que prevalecia durante a Idade Média. O verdadeiro evangelho do sacrifício de Cristo havia sido prefigurado e simbolizado pelo sacrifício diário no antigo serviço do tabernáculo israelita.

 

O Insustentável Juízo Investigativo

O que não é sabido por muitos adventistas é que W. W. Prescott finalmente repudiou a doutrina do juízo investigativo. Por tal razão ele não teve permissão de continuar como professor no Emmanuel Missionary College (atual Universidade Andrews).

Por décadas, Prescott havia tentado responder aos ensinos de Albion Ballenger (1861-1921), W. W. Fletcher (1879-1947), e outros, que protestavam por voz e pena que a doutrina do juízo investigativo não era escriturística (págs. 259-278). Contudo, Prescott viu-se incapaz de encontrar respostas satisfatórias à refutação deles da doutrina do juízo investigativo.

O autor Valentine não dá enfoque somente ao juízo investigativo nessa seção. Mas a conclusão que Prescott não pôde encontrar apoio bíblico para a doutrina do juízo investigativo é clara.

Numa campal no Michigan, Prescott fizera notar a W. H. Branson, dirigente da Associação Geral, seu associado, que esperara por anos “alguém apresentar uma resposta adequada a Ballenger, Fletcher, e outros”. As questões relativas à doutrina denominacional do santuário que aqueles homens haviam suscitado eram sérias, disse ele, mas não havia ainda “visto” ou “ouvido” uma resposta... Nos ouvidos de Branson, a observação do professor simplesmente soou como uma admissão de que Ballenger e Fletcher estavam corretos (pág. 259). Branson estava certo no seu pressuposto.

 

Algo de História

Prescott estivera presente nos julgamentos de Ballenger e Conradi. Ele também havia servido como secretário de campo da Associação Geral, e por sete anos fora redator da Review, tendo escrito o livro The Spade and the Bible [A pá e a Bíblia], publicada pela editora Revell. Centenas de pregadores e oficiais da denominação receberam sua instrução de Prescott. The Doctrine of Christ [A doutrina de Cristo], escrita por ele nos anos vinte, sumaria suas apresentações doutrinais na sala de aula.

Nas Atas Oficiais de 2 de março de 1934 encontramos uma alusão à necessidade de salvar a denominação de “desviar-se em teorias como as de Ballenger”. Na Review de 28 de outubro de 1909 e edições subseqüentes Prescott havia dado resposta às heresias de Ballenger.

Nas Atas de 22 de janeiro de 1934, está registrado:

W. W. Prescott, que ensina Bíblia no Emmanuel Missionary College, tinha certos questionamentos quanto a nossa teologia. Quando essas coisas foram consideradas por um pequeno grupo, concordou-se que W. W. Prescott continuasse no EMC até o restante deste ano letivo, e que não mais lecionasse em sala de aula quaisquer destas questões sobre que diferia da denominação. Também se havia concordado que ao final do ano letivo ele não prosseguiria no EMC. Uma carta havia sido recebida por W. H. Branson, da parte de K. H. Holden, pedindo que a Associação Geral chamasse W. W. Prescott de volta a Washington para poupá-lo de pedir-lhe que interrompesse o seu trabalho. Tempo considerável foi gasto discutindo exatamente qual seria o melhor procedimento a seguir no tratamento com o Pastor Prescott.

Foi finalmente votado que I. H. Evans e W. H. Branson redigissem uma declaração para W. W. Prescott, explicando-lhe que, com base em conversações que haviam sido mantidas com ele por membros do staff oficial, entendemos que ele não está em plena harmonia com as crenças denominacionais, e que cremos não poder ele continuar ensinando num Departamento de Bíblia enquanto seus pontos de vista não estiverem em harmonia com a denominação, e sugerimos-lhe que coopere com os Oficiais e com a mesa administrativa do Emmanuel Missionary College retirando-se ao final do ano letivo; que adicionalmente lhe sugerimos ter uma audiência sobre seus pontos de vista religiosos com os Oficiais da Associação Geral.

Em 2 de fevereiro de 1934 W. W. Prescott escreveu aos Pastores Branson e Evans. Citamos os dois primeiros parágrafos.

Caros Irmãos:

Em vossa carta de 29 de janeiro, recebida ontem, aconselhais-me a retirar-me voluntariamente de meu lugar como obreiro neste movimento, com base em que eu estou “em certa medida fora de harmonia com a fé estabelecida da denominação em certos pontos vitais, especialmente a doutrina do santuário”. Fazeis isto sem terdes tido qualquer entrevista comigo a respeito da séria questão envolvida, e sem expressardes qualquer pesar de que eu tenha tomado esse rumo ao ponto de perderdes a confiança em mim como um representante apropriado dessa obra, após ter dedicado por volta de cinqüenta anos de minha vida a seu progresso. Não somente isso, mas deixais claramente implícito que se eu não retirar-me desse modo, a questão será levada à Mesa Administrativa deste colégio com o propósito, logicamente, de impedir-me de ser convidado por seus administradores a prosseguir o meu trabalho aqui.

Agora, é um axioma em qualquer corte de justiça que uma pessoa acusada deva ter oportunidade de defrontar os seus acusadores em tribunal e ter uma oportunidade justa de contradizer as acusações que lhe pesam, mas parece como se já tivestes decidido o caso contra mim, e agora me aconselhais a evitar uma condenação pública por aceitar quietamente vossa decisão. É verdade que me ofereceis a oportunidade de ir a Washington para ter uma entrevista convosco, mas constituiriam os acusadores o júri apropriado para considerar o caso? Não seria um procedimento justo que a acusação que levantais contra mim devesse ser considerada por aqueles que não levantaram a acusação? Para mim parece o procedimento certo.

Nos arquivos há uma interessante nota à mão, com caligrafia de A. W. Spicer. Observe que a primeira sentença traz as palavras de Prescott, mas as palavras restantes são de Spicer:

1. “Tenho esperado por anos por alguém que apresente uma resposta adequada a Ballenger, Fletcher, e outros a respeito de suas posições referentes ao santuário, mas não vi nem ouvi nada ainda”.

2. Após uma longa discussão do santuário, a Trindade e outras questões perguntas se devias renunciar, sendo que estás em desarmonia com a Igreja. Respondi que eu não era competente para dar conselho, mas estava certo de que se ensinastes as coisas sobre que me falaste em tuas aulas, os irmãos pediriam que renunciasses. Asseguraste-me que não as estavas ensinando, mas falado a respeito confidencialmente só com homens da direção.

Do Heritage Room [sala de documentação histórica] da Universidade Andrews (Arquivo VFM 998) vem a seguinte carta:

Outro item interessante veio-me de três fontes diferentes, ou seja: que o Prof. W. W. Prescott tem tornado conhecido que ele não mais crê no juízo investigativo. Escrevi-lhe indagando que evento marcara o cumprimento dos 2300 dias, se o juízo investigativo não começou naquele tempo. Tem sido algo como dois meses desde que lhe escrevi. Ainda não recebi qualquer resposta e estou con[indecifrável] que não responderá. Na medida em que ele está determinado a manter-se na denominação, seu único curso de ação seguro é ignorar minha pergunta.

W. W. Prescott mudou-se para Washington e serviu à Igreja ali. Por ocasião de sua morte dez anos depois, ele foi grandemente honrado tanto pela Igreja quanto por muitos além de suas fronteiras. Após servir a Igreja por 52 anos, W. W. Prescott dormiu em Cristo com a idade de 89 anos em 1944.

 

Livros Encorajadores

As mudanças nas estruturas corporativas são geralmente vagarosas. Mas aqueles que estão ansiando por encontrar reconhecimento denominacional ao que os seus eruditos têm sabido por mais de meio século [Lembre-se que este texto é da autoria de Desmod Ford!] pode ser animador o surgimento de algumas obras recentes.

Sentimo-nos encorajados pelo aparecimento no meio adventista de livros tais como Pilgrimage: Memoirs of an Adventist Administrator [Peregrinação: Memórias de Um Administrador Adventista], pelo Dr. Roy Adams [Review & Herald Publishing Association, 1993]. Este livro adverte os adventistas contra ensinar que Cristo estivera somente no primeiro compartimento do santuário até 1844. Adams declara que tal posição não é bíblica.
Parece bem certo o dito de que  “os moinhos de Deus moem vagarosamente, mas moem bem fininho”. -- (Adaptado da seção “Book Review”, da revista Good News Unlimited, março de 1996, págs. 10 e 11.)

 

Adendo

Mais alguns dados e fatos sobre W. W. Prescott viriam a calhar neste contexto. Sua participação na elaboração de O Desejado de Todas as Nações é exposta acima, mas há também documentos que tratam de sua participação na elaboração de O Conflito dos Séculos que merecem ser conhecidos, como exposto abaixo em material extraído do site www.ellenwhite.org, sob a responsabilidade do pesquisador Dirk Anderson. Mais adiante transcrevemos o trecho do Concílio de Professores de Bíblia e História de 1919 onde W. W. Prescott comenta sua participação na elaboração dessa obra. [Ver também artigos no. 22a e 22b de nosso “Catálogo”, além do de no. 50a, “A Desconhecida História de Quatro Importantes Livros Adventistas”].

Antes de preparar a nova edição de O Conflito dos Séculos, Prescott escreveu uma longa lista de erros que julgava necessitarem de ser corrigidos. Entre esses estavam as posições históricas assumidas para a Revolução Francesa e a sexta trombeta. Prescott assinalou que não havia evidência de que a Bíblia tivesse sido banida da França por três anos e meio e que a predição de Litch concernente a 11 de agosto não só havia sido feita APÓS o fato (contrariamente à declaração de O Conflito, que declarava que havia sido feita ANTES), como era destituída de qualquer valor.

Quando [o livro de Urias Smith] Daniel and Revelation (fonte em que se baseou a Sra. White) foi revisado nos anos da década de 1940, as críticas de Prescott foram revividas e confirmadas. Empreendeu-se mais uma vez um infrutífero giro pelas bibliotecas da Europa e América, como tinha ocorrido antes da edição de 1911 de O Grande Conflito.

Citamos a declaração oficial da Comissão de Revisão sobre a questão das trombetas:

É interessante notar que quando Tiago White e, mais tarde, Urias Smith, chegaram às sete trombetas, eles não aceitaram uma interpretação original mas francamente se apropriaram de uma interpretação de Josias Litch—a que o própio Litch havia repudiado. À semelhança deles, vossa comissão não encontrou nada melhor para recomendar. Nós, portanto—
Recomendamos, que a interpretação das Sete Trombetas permaneça como está.

Durante o trabalho da comissão encontramos comentários como este que se acha num intercâmbio de cartas:

Estou ainda lutando com o problema do ateísmo e a Revolução Francesa, e não sei ainda como nos sairemos nisso.

Eu observei especialmente o item no 7 para encontrar alguma citação que tomasse o lugar das antigas, mas não pude achar nenhum material proveitoso.

A data 26 de agosto de 1792 não deveria ser empregada. Nada posso encontrar em qualquer história da Revolução Francesa que comprove ser este um dia relevante no ataque ao cristianismo.

Tais comentários apenas evocam outros feitos anos antes por Prescott e Spicer.

Oferecemos alguns exemplos típicos:

Notei que na questão do sinal para 21 de novembro, dá grande margem aos turcos e coisas relativas. Tenho sabido por algum tempo que a data de 11 de agosto de 1840 não suportaria um exame detido. Dois anos atrás apresentamos informação completa sobre isso no Concílio Outonal, mas nada foi feito e nesse entretempo nossos livros e publicações estão repetindo as velhas declarações não comprovadas. . . Se o Imperador João, que morreu em 1448, “nunca se esqueceu de que era um vassalo do Império Otomano”, como podemos assegurar que o Império Bizantino não se sujeitou à Turquia até 1449? Cordialmente, W. W. Prescott

E agora, eis as palavras de W. A. Spicer (30 de novembro de 1914):

Também incluirei algum material sobre as datas dos períodos proféticos de Apoc. 9. Um tempo atrás o Prof. Prescott e eu fomos à Biblioteca do Congresso. Pesquisamos a história de Paquimeris, traduzida do latim por Possínio. É desse livro que Gibbon obteve a data 27 de julho de 1299. Eu pesquisei em Von Hammer, que é o maior autor germânico sobre história otomana, e fica claro que Gibbon cometeu um erro que Von Hammer e outros corrigiram. A forma como Gibbon chegou a esse erro pode ser facilmente vista examinando a tradução de Paquimeris por Possínio. Gibbon descobriu a data 27 de julho no princípio do capítulo 25, e daí foi às tabelas cronológicas dadas por Possínio e encontrou o ano 1299. Ele fez a combinação de 27 de julho com 1299, porém, deixou de perceber que o capítulo começa com 27 de julho, mas então recua e trata de eventos anteriores. Esses eventos anteriores foram os de 1299. [Daí , a data 1299 na tabela de Possínio]. Não foi senão em 1301 que a batalha de 27 de julho teve lugar.

Por essa ocasião o Prof. Benson recebeu documentos demonstrando conclusivamente que o ultimato das Potências não foi entregue ao Paxá do Egito em 11 de agosto de 1840. Então começamos a pesquisar mais a fundo e apresentamos essas questões ao recente concílio. Poderá entender bem que os irmãos teriam que sentar-se e atentar a isso. É digno de nota como as pessoas se indispõem a examinar os fatos, ou corrigir qualquer coisa.

A predição de 11 de agosto supostamente cumprida “no dia exato”, não tem qualquer validade. Litch começou com uma data errada de Gibbon; ao contar o número de dias ele se esqueceu da omissão de dez dias na substituição do calendário juliano pelo gregoriano; ele seriamente distorceu os eventos relativos aos anos da década de 1840; e revelou ignorância quanto ao real sentido de Apocalipse 9:15 segundo o original grego. [Obs.: Comparar com o que consta da edição clássica de O Conflito dos Séculos, segunda metade do capítulo 18, “Um Reformador Americano” (pág. 334 do original em inglês)].

Na Conferência de Professores de Bíblia e História de 1919, segundo suas anotações taquigráficas descobertas após mais de 50 anos de “sumiço” do material nos porões da sede denominacional em Washington D.C. [para o texto completo do debate referido ver artigo 22 (A e B) de nosso “Catálogo”], líderes denominacionais discutiram o livro O Grande Conflito nos seguintes termos:

B. L. House: Pelo que entendo, o Pr. J. N. Andrews preparou essas citações históricas para a velha edição [de O Grande Conflito, de 1888], e os Irmãos Robins e Crislet, Professor Prescott e outros forneceram as citações para a nova edição. Ela introduziu as citações históricas?

A. G. Daniells: Não. . . .

W. W. Prescott: O irmão está tocando exatamente na experiência pela qual passei, pessoalmente, porque todos os senhores sabem que eu dei minha contribuição para a revisão de O Conflito dos Séculos. Forneci considerável material tratando dessa questão...  Quando falei com W. C. White sobre isso (e não sei se ele é uma autoridade infalível), ele me disse francamente que quando prepararam O Conflito dos Séculos, se não encontrassem em seus escritos qualquer coisa em certos capítulos para realizar as ligações históricas, tomavam outros livros, como o Daniel e Apocalipse [de Urias Smith], e utilizavam porções deles. . . .

Fonte: http://minist03.bizland.com/33CASODEW.html (Em 21/03/2004)

 

Saiba Mais Sobre W. W. Prescott

William Warren Prescott foi um dos que primeiro denunciaram a manipulação dos escritos da Sra. White, uma vez que ela nem sempre supervisionava todo o trabalho de "preparação dos manuscritos para a publicação" nem checava sua versão final.

O próprio W. W. Prescott preparou dois livros dela sobre educação para a publicação, a partir de manuscritos que tinha recebido. E a Sra. White não viu sequer uma página datilografada desee material, antes que fosse para o prelo. Ela estava na Austrália nesse tempo. Sem qualquer supervisão, ele editou e praparou sozinho os textos para publicação.

Prescott trabalhou também muito proximamente com Marion Davis na preparação dos manuscritos de O Desejado de Todas as Nações para publicação. Sugeriu temas e idéias e atuou como autoridade final na análise para a publicação de certos trechos, sem qualquer supervisão da Sra. White.

A apresentação de Cristo como o grande "EU SOU"; a ênfase na eternidade de Sua existência, usando freqüentemente a expressão "o Eterno Filho"; e a conexão do nome "EU SOU" de Êxodo 3:14 com João 8:58, aceita por muitos cristãos, mas acrescida de todos os outros "eu sou" do Evangelho ("Eu sou o Pão da Vida", "Eu sou a Luz do Mundo", "Eu sou a porta das ovelhas", etc), ricos de lições espirituais, mas usados apenas como introdução a uma metáfora; todos incluídos no livro O Desejado, são também obra sua.

Não foram apenas pequenos e insignificantes acréscimos, Prescott mesmo alertou para a introdução de capítulos inteiros, escritos por assistentes literários sem a aprovação final de Ellen G. White, os quais posteriormente foram totalmente atribuídos a ela.

Após a morte de Ellen G. White, W. W. Prescott foi um dos que conduziram a Igreja Adventista a rapidamente adotar a doutrina da Trindade. Na Conferência Bíblica de 1919, ele conduziu uma série de estudos bíblicos, intitulada “The Person of Christ”. Esses estudos promoviam o Trinitarianismo e não foram aceitos pela totalidade dos delegados. Contudo, as discussões chegaram a um ponto tão acirrado que o então presidente da Associação Geral, A. G. Daniells, procurou acalmar os ânimos com a frase: Não estamos aqui para tomar um voto sobre trinitarianismo ou arianismo, mas podemos pensar no assunto.”

No início dos anos 40, alguns de nossos ministros ainda resistiam à "nova teologia" proposta por W. W. Prescott e outros. Um deles foi o pastor J. S. Washburn, que escreveu um contundente ataque contra W. W. Prescott devido a um sermão trinitariano que ele pregara na igreja de Takoma Park (Md.), em 14 de outubro de 1939.

Por volta de 1944, a maioria dos obstáculos já havia sido removida e a nova teologia, representada pelos ensinos de W. W. Prescott estava livre para dominar o movimento adventista. O único espinho na carne eram os livros de Urias Smith, sobre Daniel e Apocalipse, publicados com o endosso da inspiração de Ellen G. White. Foi então que a liderança adventista optou pel a revisão dos dois volumes que compunham a obra, com omissão dos trechos anti-trinitarianos. Assim, acatava-se mais uma idéia de W. W. Prescott, proferida na Conferência Bíblica de 1919.

Tudo isso é contado em detalhes especialmente no capítulo "The Spirit of Prophecy and Editorial Work" ["O Espírito de Profecia e o Trabalho Editorial"], do livro The Foundation of Our Faith, de Allen Stump

Leia também:

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A História Secreta do Livro Caminho a Cristo

Como Calar ou Anular um Profeta Sem Precisar Matá-lo

Opinião do Editor: A Sra. White Foi uma Farsante, ou Não?

Escritos de Ellen G. White Não São um Acréscimo ao Cânon Sagrado

     Alberto Timm Esclarece Dúvidas Sobre Ellen White

 

O Sonho "Diabólico" de Ellen G. White

Ela "conversou" com "Tiago White" depois de morto e repetiu o erro do rei Saul, ouvindo conselhos do inimigo de Deus como se fossem uma mensagem inspirada, vinda através de um defunto. Como não há registro de que tenha se arrependido por isso, não é de se estranhar que para a reunião de 1888 da Conferência Geral, Deus já houvesse escolhido novos mensageiros.

Numa carta enviada a seu filho W. C. White em 12 de setembro de 1881 e arquivada pelo White Estate, Ellen G. White afirma que estivera clamando ao Senhor por alguns dias em busca de luz com respeito a seu dever, logo após a morte de seu marido. Certa noite, teve um sonho espiritualista, cuja origem ela atribuiu a Deus e acreditou que houvesse ocorrido em resposta às suas orações!

Sonhou que estava dirigindo uma carruagem, quando o seu marido, Tiago White, que falecera em 6 de agosto, apareceu-lhe e assentou-se a seu lado. Em lugar de repreender e expulsar de sua mente em nome de Jesus aquele mensageiro do Mal, a irmã White tragicamente saudou-o com alegria, dizendo que estava feliz por tê-lo de seu lado mais uma vez, embora soubesse que não poderia tratar-se de seu marido.

Que coisa terrível, irmão! Na carta ao filho, ela confessa que teria dito: "Papai" – era assim que tratava seu esposo – "teria o Senhor me ouvido e deixado que voltasse para junto de mim para que continuemos nosso trabalho juntos?"  Então, aquela assombração diabólica teria olhado muito triste para ela e dito que "Deus sabia o quer era melhor para os dois"! Em seguida, pôs-se a aconselhá-la, como fez com o rei Saul, quando este consultou a médium de En-Dor.

O Diabo disfarçado de Tiago White disse a nossa pobre irmã que ela e o marido não deveriam ter se doado tanto à causa de Deus, que eles haviam se desgastado fisicamente a troco de nada, que os esforços deles não eram reconhecidos, que suas motivações eram sempre mal interpretadas, que ambos deveriam ter deixado outros fazerem o trabalho...

E então, sugere que ela a partir dali não deveria mais se envolver com tantas reuniões importantes, como fizera no passado, que recusasse os convites para pregações e que descansasse, livre de cuidados e preocupações. Que quando tivesse vontade e forças, escrevesse, porque poderia fazer muito mais pela pena do que pela voz.

Em seguida, conforme o relato da própria irmã White, olhou para ela de um jeito especial, carinhoso, como Tiago White fazia enquanto vivia, e perguntou: "Você vai fazer o que estou lhe pedindo, Ellen? Não irá negligenciar todos esses cuidados? Deus sabe de tudo, mas esse pessoal da igreja nunca irá reconhecer nossos sacrifícios. Lamento ter-me envolvido tanto, com prejuízo para a nossa saúde... Deus não queria que fizéssemos tudo que fizemos sozinhos. Devíamos ter ido para a Costa do Pacífico e ter ficado apenas escrevendo. Temos tanta coisa importante para dizer... Você vai fazer o que estou lhe dizendo, Ellen?" 

A Sra. White caiu em si e percebeu que era Satanás quem falava com ela? Não. Pelo contrário, a mensageira do Senhor deixou-se enganar por seus sentimentos de desamparo e saudade por causa da viuvez (provavelmente) e acabou por fazer um pacto com aquele que a enganava, apresentando-se como seu marido morto! "Bem, Tiago, agora você vai estar sempre comigo e trabalharemos juntos de novo..."

Era o que o diabo queria ouvir! "Sabe, Ellen, eu permaneci muito tempo aqui em Battle Creek. Deveria ter ido lá para a Califórnia, mas eu quis ajudar no trabalho e nas instituições aqui de Battle Creek. Cometi um erro... E você, Ellen, você tem o coração macio e será inclinada a repetir os mesmos erros que eu fiz. Não faça isso! Sua vida deve ser usada na causa de Deus..."

A irmã White acordou, disse que o sonho lhe parecera muito real e que, por causa dele, não sentia obrigação alguma de ir até Battle Creek. Acreditou que esse sonho, nitidamente diabólico, fosse uma mensagem divina em resposta às suas orações e entendeu-o como uma proibição de participar da reunião da Conferência Geral. 

Ouviu a voz de Satanás e pensou que fosse a de Deus, embora as Escrituras afirmem:

"O homem ou mulher que sejam necromantes ou sejam feiticeiros serão mortos; serão apedrejados; o seu sangue cairá sobre eles." Levítico 20:27.

"Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e por estas abominações o SENHOR, teu Deus, os lança de diante de ti. Perfeito serás para com o SENHOR, teu Deus." Deuteronômio 18:10-13.

"Para aquele que está entre os vivos há esperança; porque mais vale um cão vivo do que um leão morto. Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento. Amor, ódio e inveja para eles já pereceram; para sempre não têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol." Eclesiastes 9:4-6.

"Quando vos disserem: Consultai os necromantes e os adivinhos, que chilreiam e murmuram, acaso, não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos? À lei e ao testemunho! Se eles não falarem desta maneira, jamais verão a alva." -- Isaías 8:1920.

Se aquela a quem chamamos "Mensageira do Senhor" foi incapaz de resistir nessa ocasião a uma aparição satânica, o que dizer de nós, que negligenciamos o estudo da Bíblia e não buscamos contínua comunhão com o Céu, através da oração?! Quem acompanha criticamente a programação da tevê, percebe que, especialmente através das novelas da Rede Globo, nós e nossosa filhos estamos sendo predispostos mentalmente a conviver com aparições de mortos-vivos num futuro muito próximo.

Essa grave falha da Sra. White, ao atribuir a Deus, mesmo depois de acordada, um sonho de evidente natureza satânica, em lugar de desacreditá-la como porta-voz de mensagens celestiais para o povo de Deus em diferentes ocasiões, pode ajudar-nos também a compreender um pouco melhor a natureza da inspiração divina dos profetas:

  1. O profeta não é uma espécie de fax, com conexão exclusiva e contínua a Deus, para receber unicamente Suas mensagens, o tempo todo. O profeta também emite mensagens contendo suas próprias opiniões e que, como nesse caso, podem até incluir heresias. Por isso, toda mensagem supostamente de origem divina deve ser provada pela Bíblia.

  2. O profeta não é infalível. Está sujeito às tentações de Satanás e pode eventualmente cometer erros, mas isso não invalida seu ministério. O apóstolo Pedro chegou a ser chamado de Satanás por Nosso Senhor Jesus Cristo, mas nem por isso deixamos de ler os conselhos inspirados de suas epístolas. 

  3. Não existem profetas 24 horas! A inspiração profética é momentânea, ocorrendo durante períodos escolhidos soberanamente por Deus, quando este necessita repassar uma mensagem específica ao povo. Nas horas restantes do dia, o profeta permanece apenas como um ser humano normal, sujeito a seus próprios pensamentos.

  4. O Diabo tenta interferir na transmissão de mensagens divinas para o profeta. Quando não consegue bloquear o contato, afastando profeta de Deus, pode tentar confundir o mensageiro com sonhos e visões mentirosas. 

Retornando ao caso específico do sonho diabólico de Ellen G. White, o episódio serve como reforço às mensagens inspiradas que ela própria transmitira, quanto às futuras simulações demoníacas de nossos entes queridos:

"Os santos precisam alcançar completa compreensão da verdade presente, a qual serão obrigados a sustentar pelas Escrituras. Precisam compreender o estado dos mortos; pois os espíritos de demônios lhes aparecerão, pretendendo ser amigos e parentes amados, os quais lhes declararão que o sábado foi mudado, bem como outras doutrinas não escriturísticas." Primeiros Escritos, pág. 87.

"Os apóstolos, conforme personificam esses espíritos de mentira, são apresentados contradizendo o que escreveram, sob a inspiração do Espírito Santo, quando estavam na Terra. Negam a origem divina da Escritura Sagrada." O Grande Conflito, pág. 557.

"Mediante os dois grandes erros - a imortalidade da alma e a santidade do domingo - Satanás há de enredar o povo em suas malhas. Enquanto o primeiro lança o fundamento do espiritismo, o último cria um laço de simpatia com Roma. O Grande Conflito, pág. 588."

"Não é difícil para os anjos maus representar tanto os santos como os pecadores que morreram, e tornar essas representações visíveis aos olhos humanos. Essas manifestações serão mais freqüentes e aparecerão desenvolvimentos de caráter mais sensacional à medida que nos aproximarmos do fim do tempo." Evangelismo, pág. 604.

"É o mais fascinante e bem-sucedido engano de Satanás - com a intenção de atrair as simpatias daqueles que depositaram seus entes queridos na sepultura. Anjos maus vêm na forma desses entes queridos, relatam incidentes relacionados com sua vida e efetuam atos que eles realizaram enquanto viviam. Desse modo, levam as pessoas a crer que seus amigos falecidos são anjos que pairam sobre essas pessoas e se comunicam com elas. Esses anjos maus, que aparentam ser os amigos falecidos, são encarados com certa idolatria e, para muitos, suas palavras têm mais valor do que a Palavra de Deus. The Signs of the Times, 26 de agosto de 1889.

Ele [Satanás] tem poder para fazer surgir perante os homens a aparência de seus amigos falecidos. A contrafação é perfeita; a expressão familiar, as palavras, o tom da voz, são reproduzidos com maravilhosa exatidão. ... Muitos serão defrontados por espíritos de demônios personificando parentes ou amigos queridos, e declarando as mais perigosas heresias. Estes visitantes apelarão para os nossos mais ternos sentimentos de simpatia, efetuando prodígios para apoiarem suas pretensões. O Grande Conflito, págs. 552 e 560.

Satanás Personifica a Cristo

"O inimigo está-se preparando para enganar o mundo inteiro por seu poder operador de milagres. Ele pretenderá personificar os anjos de luz, personificar a Jesus Cristo." Mensagens Escolhidas, vol. 2, pág. 96.

"Se os homens são tão facilmente transviados agora, como subsistirão eles quando Satanás personificar a Cristo, e operar milagres? Quem ficará inabalado então por suas deturpações - professar ser Cristo quando é apenas Satanás assumindo a pessoa de Cristo, e operando aparentemente as obras do próprio Cristo?" Mensagens Escolhidas, vol. 2, pág. 394. -- Eventos Finais, págs. 156-157, 161-162 (versão digital).

Robson Ramos

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      Fonte do texto original: Manuscript Releases, Volume Ten, Chapter Title: Ellen G. White and Family Life, pages 38-40.

     Início: Manuscript Releases, Volume Ten, page 38, paragraph 2

    
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Fim: Manuscript Releases, Volume Ten, page 40, paragraph 1.

 

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