MENSAGENS FINAIS

QUEM SOMOS NISTO CREMOS ESTUDOS JUDICIAIS CARTAS

A Profecia dos Sete Reis       Uma interpretação contemporânea!

PARTE IV

CAPÍTULO - 9

O Sexto Rei “Existe”:

 

9.1. Hipótese Dentro da Hipótese

 

Até este momento fizemos o que cremos ser a apresentação da “hipótese contemporânea da escatologia de Apocalipse 17”. Ou seja, nossa teoria vem até aqui! O que faremos a partir de agora é entrar numa “hipótese dentro da hipótese”, ou ainda, formular uma “teoria em cima da teoria”.

Portanto, pedimos ao irmão, que não considere o que mostramos neste capítulo com a mesma possibilidade de exatidão que os demais. Este capítulo é secundário, TOTALMENTE INDEPENDENTE do que já apresentamos até aqui, não devendo portanto ser encarado como o centro dessa pesquisa. Isso significa, que se a interpretação que apre-sentaremos de aqui em diante não se cumprir, mesmo assim o que já foi explicado neste livro pode estar correto, pois, repetimos, este capítulo é TOTALMENTE INDEPENDENTE.

É claro, o que passaremos a analisar também parece ter uma base bíblica lógica, tanto, que a tendência de entusiasmo, que até aqui nos acompanhou, poderá também ser vista na redação que se segue.

Porém, repetimos: é uma “hipótese dentro da hipótese”. Mais uma vez só o futuro dará a resposta!

 

9.2. Breve Análise das Interpretações da Expressão “Existe”

 

A profecia usa para os cinco antecessores de João Paulo II a expressão “caíram” e para o sexto rei, que seria ele, usa a enigmática expressão “existe”. “O sexto rei existe”.

 

A expressão “caíram”, como já vimos, refere-se aos cin-co primeiros reis (papas). Agora, por que a profecia faz questão de dizer que o sexto rei existe? Relembremos primeiro que, em se tratando de profecia, nenhuma palavra é dita aleatoriamente, como numa prosa ou diálogo, pelo contrário, cada palavra é extremamente importante. Se o sexto rei se relaciona com a palavra “existe” devemos procurar interpretar essa relação, que ao nosso ver, pode ser feita de maneira extre-mamente clara e natural, além de surpreendente.

Antes, porém, de colocarmos nossa posição (hipótese con-temporânea), fazemos questão de trazer outras duas posições que, a priori, discordamos.

 

1º) Num primeiro momento, tem-se o impulso de dizer, como fazem alguns estudiosos da teoria historicista (metálica), que a palavra “existe” serve para mostrar que o sexto rei está vivendo na época em que o apóstolo João escreveu o Apocalipse, no império romano (lembre-se que para a teoria metálica, os reis são reinos).

Independente de todos os demais argumentos que já citamos e que ao nosso ver, de certa forma fragilizam a teoria metálica, afirmar, que João usou a palavra “existe” para se referir aos seus dias, nos parece deveras incoerente. Por quê? Para dar a resposta, nos permitimos usar as palavras de um teólogo, amigo nosso, quando lhe mostrávamos este estudo. Disse ele, de maneira muito sábia: - ”Se interpretarmos a palavra “existe” de Apocalipse 17 como referente ao período histórico do apóstolo João, então, teríamos que admitir o absurdo de que todo o tempo verbal presente, usado no livro do Apocalipse, teria de dizer respeito ao momento em que vivia o referido apóstolo.”

Corretíssimo raciocínio, e nos permitirmos ir mais longe! Se seguirmos a idéia metálica, de que quando João usa no Apocalipse a expressão “existe”, esteja ele se referindo ao seus dias, então, na sua época, nos dias em que escreveu estas profecias, não existia o mar.

Como?!? Sim, isso mesmo, pois o mesmo João no versículo 1 do capítulo 21 do Apocalipse diz: “...o mar já não existe”. Podería-se argumentar: “mas isto refere-se a uma visão!” Perguntamos: “E o que é Apocalipse 17, senão também uma visão?”

 

2º) A outra hipótese, com relação ao sexto rei “existir” , até encaixa-se na visão contemporânea que defendemos nesta obra, mas discordamos também dela. E qual seria esta hipótese? A explicação seria simples, Deus colocou a idéia que o sexto rei “existe” porque, na Sua onisciência, sabia que esta profecia seria interpretada quando o sexto rei (João Paulo II) estivesse vivo, por isso então dizer que o “sexto rei existe”, pois estaríamos justamente interpretando a profecia des-ta maneira enquanto este rei (João Paulo II) ainda estaria vivo. Como já dissemos, discordamos desta colocação. Por quê?

A) - Apocalipse 17 poderia ser interpretado (se é que não foi), basicamente da mesma forma que estamos vendo aqui, bem antes do governo do atual papa. Desde que Benito Mussolini e Pio XI assinaram para entender-se a profecia do apocalipse 17. É óbvio, não teríamos os nomes dos papas para o seu cumprimento total, mas já poder-se- ia dizer que os sete reis são os sete papas a partir de 1929. Assim a expressão “o sexto rei existe” estaria totalmente fora de momento pois poderia ser outro rei que estaria vivendo e apocalipse 17 já poderia ter sido interpretado.

B) - Esta profecia não traz referência alguma (como outras fazem) de que fôra selada, guardada para ser aberta num tempo futuro determinado. Assim, como já dissemos, poderia ser interpretada antes de João Paulo II ter subido ao trono. Então, dizer que a expressão “o sexto rei existe”, está no apocalipse porque seria a época que se encontraria a interpretação correta, também não satisfaz.

 

9.3. “Existência” no Contexto da Profecia

 

Afinal, por que então é usada a expressão “existe” quando se refere ao sexto rei?

A idéia básica nos parece simples e lógica: essa expressão (“existe”) está relacionada com o exato tempo que se desenrola a profecia. Portanto, para entender essa expressão, é necessário observar que há um tempo histórico exato, dentro do período “não é” (1798 em diante), em que a profecia se desenrola. Quando entendermos qual é este momento, aí será simples relacionar o sexto rei com a expressão existe, pois tal expressão serviria para mostrar que o sexto rei, no caso João Paulo II, existe exatamente no momento em que está em andamento apocalipse 17. Portanto, nosso trabalho, a partir de agora, será determinar qual este tempo.

A chave que abre o tempo do apocalipse 17 não poderia  estar noutro lugar senão no seu início. Relembremos os versículos 1 e 2:

1 -  E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças e falou comigo, dizendo-me: Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas,

2 - Com a qual se prostituíram os reis da terra; e os que habitam na terra se embebedaram com o vinho da sua prostituição.

 

Talvez o irmão esteja pensando: “Onde está a tal chave de tempo nestes versículos?”

Inicialmente, percebamos um detalhe interessante:

 

Se olharmos “por alto” , o versículo 2 parece desnecessário pois pode-se ler o versículo 1 e pular para o versículo 3 sem, aparentemente, mudar o conteúdo da profecia.

 

1 - E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças e falou comigo, dizendo-me: Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas...

3 - E levou-me em espírito a um deserto, e vi uma mulher assentada sobre uma besta de cor escarlate, que estava cheia de nomes de blasfêmia e tinha sete cabeças e dez chifres.

 

Mas, como já vimos, se Deus colocou algo na Bíblia, principalmente no Apocalipse, tem Seu motivo. Se o versículo 2 está entre o 1 e o 3, com certeza tem sua importância, e ao nosso ver, que importância! Pois, é justamente ele a CHAVE que nos dá o tempo exato em que se desenrola a profecia de apocalipse 17.

Façamos então o que nos recomenda a Bíblia, vejamos “um pouco aqui, e um pouco ali” (Isaías 28:10), montemos o “quebra-cabeça” divino.

É maravilhoso perceber que apoc 17:2 nada mais é do que a repetição de outro versículo. Mas qual? ...

 

APOC 17:2 É A REPETIÇÃO DA SEGUNDA MENSAGEM ANGÉLICA.

 

Talvez o irmão se pergunte: “Qual mesmo é a segunda mensagem angélica?” Na verdade, a Segunda Mensagem Angélica encontra-se registrada três vezes no Apocalipse. Além de Apocalipse 17:2, também a encontramos em Apoc. 14:8 e Apoc. 18:3-5. Coloquemos Apocalipse 17:2 ao lado das outras duas passagens. Repare, irmão, que o âmago, o centro da mensagem é idêntico entre elas, mostrando ser a mesma idéia: a Segunda Mensagem Angélica .

 

Vejamos...

 

E outro anjo seguiu, dizendo: Caiu! Caiu Babilônia, aquela grande cidade que a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua prostituição! (Apocalipse 14:8)

 

...com a qual se prostituíram os reis da terra; e os que habitam na terra se embebedaram com o vinho da sua prostituição. (Apocalipse 17:2)

 

Porque todas as nações beberam do vinho da ira da sua prostituição. Os reis da terra se prostituíram com ela. E os mercadores da terra se enriqueceram com a abundância de suas delícias. (Apocalipse 18:3 )

 

Perceba, irmão, que o anjo vai mostrar a profecia a João num momento em que os reis da Terra “já se prostituíram” (verbo no passado) e “já se embebedaram” (verbo no passado). Ou seja, o anjo leva João a um tempo no futuro quando a Segunda mensagem angélica já teve seu cumprimento e é justamente após este evento que está se desenrolando a profecia.

E qual é a relação disso com a expressão “o sexto rei existe”? Perceba que o sexto rei “existe” no momento em que o anjo está mostrando a profecia para João, só que, neste tempo, a Segunda mensagem angélica já se cumpriu. Seria mais ou menos como se o anjo tivesse dito a João: “João, venha comigo, que eu vou te mostrar uma profecia, vou te levar a um certo tempo, no futuro, onde a Segunda mensagem angélica já se cumpriu”. E continuaria o anjo: “Neste momento (em que a mensagem angélica já se cumpriu), cinco papas terão passado e um existe”.

Resumindo: o sexto rei existe e a Segunda mensagem angélica já se cumpriu. Ainda mais claro: João Paulo II existe e a Segunda mensagem angélica já se cumpriu.

Então, precisamos entender o real momento em que se cumpre a segunda mensagem angélica.

De um modo geral, a primeira idéia é a de que seu cumprimento ocorreu em 1844. Se este é o seu raciocínio, irmão, coincide com o que tínhamos. Mas, ao nos aprofundarmos um pouco mais na pesquisa, acabamos percebendo algo, o que aliás muito nos maravilhou: a segunda mensagem angélica ainda não atingiu seu final cumprimento.

 

(Não é fantástico perceber que a Palavra de Deus é um tesouro infindável, riquíssima em detalhes e luz?!?)

 

Logicamente que para tal afirmação temos base. Nos permitimos usar, mais uma vez, o Espírito de Profecia que, como já vimos, é inspirado pelo mesmo Autor da Bíblia, o Espírito Santo de Deus.

 

O primeiro texto que trazemos à análise não diz exatamente qual seria a segunda mensagem angélica, mas deixa claro que em 1844 os reis da terra ainda não tinham se embebedado com o vinho da prostituição, a segunda mensagem angélica ainda não havia se cumprido.

 

A Segunda mensagem angélica de Apocalipse 14 foi primeiramente pregada no verão de 1844... Mas a mensagem do segundo anjo não atingiu seu completo cumprimento em 1844... Não ainda, entretanto pode-se dizer que “Caiu, Babilônia (parte I), ... porque ela fez todas as nações beberem do vinho da ira de sua fornicação (parte II). Ela ainda não fez todas as nações fazerem isto.”

(Ellen G. White, GC, 389.2)

 

O perfeito cumprimento de Apocalipse 14:8 ainda está no futuro.”

(Ellen G. White, GC, 390.0)

 

Então vem o grande achado! Deus, através de Sua serva, nos clareia de modo preciso, como realmente se dá a queda de Babilônia, o cumprimento da segunda mensagem angélica. Note com atenção:

 

“ ‘Caiu, caiu Babilônia, aquela grande cidade, porque ela fez todas as nações beberem do vinho de sua fornicação.’ (Apoc. 14:8). Como isto é feito? Forçando homens a aceitar um Sábado espúrio”.

(Ellen G. White, Test. Vol. 8, pg. 94.2)

 

Veja, a profecia não diz que o cumprimento da 2ª mensagem angélica se dará quando se estiver “estimulando”, “incentivando”, mas sim, quando estiverem “FORÇANDO” a aceitar um Sábado espúrio (o Domingo). É obvio que está se falando da Lei Dominical, que, segundo o Espírito de Profecia, será feita, inicialmente, pelos gobernantes dos Estados Unidos da América do Norte (detalhes ver apêndice número 4). Noutras palavras: A SEGUNDA MENSAGEM ANGÉLICA SE CUMPRIRÁ QUANDO O DECRETO DOMINICAL FOR ASSINADO!

 

Vamos a mais um texto do Espírito de Profecia que confirma esta idéia. Nele, a “serva do Senhor” usa um dos dois outros textos do Apocalipse (apoc.18:5), que, no seu contexto, repete claramente a segunda mensagem angélica, e que, coincidentemente, termina dizendo o mesmo que o texto passado. Perceba...

 

Quando seus pecados atingem o céu ? (Apoc. 18:5). Quando a lei de Deus for finalmente anulada pela legislação“.

(Ellen G. White, ST 12/06/1893.)

 

É maravilhosa a objetividade do Espírito de Profecia nesses dois textos acima citados. Perceba que os próprios textos fazem basicamente a mesma pergunta: “Quando se cumprirá a segunda mensagem angélica?“. E os mesmos textos dão idênticas respostas: “com a lei dominical”.

 

A esta altura, imaginamos que o irmão já tenha entendido onde queremos chegar, mas, de qualquer forma, façamos o encaixe das idéias para que percebamos o quadro por completo:

 

1º) Entendemos que os sete reis são os sete últimos papas, contados a partir de 1929;

2º) Que o sexto seria João Paulo II;

3º) Que João Paulo II sairá do papado;

4º) Que o oitavo rei seria João Paulo II, retornando ao poder;

5º) Que o sexto rei ainda existe quando a segunda mensagem angélica já se cumpriu;

6º) Que o sétimo rei ainda não teria chegado, e a segunda mensagem angélica já se cumpriu;

7º) Que o cumprimento da segunda mensagem angélica é a lei dominical;

 

LOGO...

 

Seria no atual Papado, de João Paulo II (Sexto Rei), que os EUA assinariam a lei dominical!.

 

9.4. Lei Dominical Viria Antes do Sétimo Rei

 

Antes de finalizarmos este capítulo, cabe a seguinte questão:

 

- “A lei dominical não poderia ser assinada quando João Paulo II voltar como o oitavo rei? Pois, quando a profecia diz que o sexto rei ‘existe’ não estaria dando a entender que ele estaria vivo (existe) neste momento? E, se ele sairá e voltará, pode-se então imaginar que a lei poderia ser assinada depois de seu atual pontificado, pois, quando o sétimo assumisse, o sexto continuaria existindo e quando o oitavo assumisse da mesma forma. Portanto, não poderia a lei dominical ser assinada no sexto, sétimo ou oitavo?”

Para responder esta questão vamos analisar mais uma vez aquilo que cremos ser umas das belezas da profecia bíblica: nada, nenhuma frase ou palavra nos é dada “à toa”, por acaso. Vejamos...

 

Qual é mesmo uma das características do sétimo rei?

 

R – “Ainda não ter chegado”.

 

Note que, a priori, não haveria necessidade alguma desta expressão, pois é óbvio que, se o sexto rei está no poder, o sétimo ainda não teria chego. Tanto isso é verdade, que para os demais reis não é usada tal expressão (“ainda não chegou”). Por exemplo, quando se fala do primeiro rei, não é dito que o segundo “ainda não chegou”, quando se fala do segundo, também não é dito que o terceiro “ainda não chegou”

e assim por diante. Então por que a profecia usaria, somente para o sétimo esta expressão?

Nos parece simples e ao mesmo tempo maravilhosa a compreensão.

Perceba, irmão, que como já vimos, no exato momento em que se desenrola o Apocalipse 17 a Segunda Mensagem Angélica já se cumpriu, a lei dominical já foi assinada. Exatamente neste tempo o sexto rei “existe”. Porém a Deus já sabia que o sexto continuaria existindo quando o sétimo estivesse no poder. Então, e é justamente por isso, que a profecia faz questão de dizer: o sétimo “ainda não chegou”, ou seja, a lei dominical (Segunda Mensagem Angélica) só pode ser assinada antes que o sétimo rei assuma o poder, pois a profecia diz que ele “ainda não teria chegado”, não teria subido ao trono, e a lei dominical já estaria decretada. Por isso a Bíblia usa a expressão, que até parece sem importância, “ainda não chegou”, quando fala do sétimo rei.

Ainda sobre esta questão é importante salientar: a profecia não obriga que este decreto seja assinado exatamente durante o papado de João Paulo II, pode ser também depois de sua saída, mas antes que o sétimo venha, pois, do momento que João Paulo II renunciar ou for afastado até a vinda do próximo papa, João Paulo II ainda continuará “existindo” e o sétimo “ainda não terá chegado”. Ocorre que, da sua esperada saída até o sétimo assumir, ainda pode existir um período de tempo razoável, talvez semanas, ou até mesmo meses podem se passar até a escolha de um novo papa, e se estivermos corretos, a lei dominical ainda pode ser assinada neste período, não ferindo a profecia.

O importante, repetimos, é: se estivermos corretos, a lei dominical deverá ser assinada ANTES do sucessor de João Paulo II, independente dele já ter deixado ou não o trono que hoje ocupa.

(No apêndice, número 4, encontram-se mais informações sobre o decreto).

 

(Apesar de termos apresentado com ênfase e entusiasmo a idéia acima - lei dominical deve vir antes do próximo papa - relembramos que este raciocínio é totalmente independente do todo deste material, como já dissemos, uma “hipótese dentro da hipótese”. Não queremos que o irmão pense ser o nosso principal objetivo, ao escrever este material, o chegar nesta questão, da lei dominical. Pelo contrário, isto é um adendo, uma curiosidade. Inclusive, se por acaso, o irmão vier a se entusiasmar com nossa idéia, e quiser comentar algo com outros irmãos, sugerimos que não enfatize este ponto, mas sim o que foi escrito nos capítulos anteriores.)

 

Assim sendo, no caso de João Paulo II renunciar ou ser afastado e o sétimo papa (rei) assumir sem que a lei dominical tenha sido assinada, não compromete em nada o que já tínhamos analizado antes desse capítulo. A expectativa do regresso de João Paulo II con-tinuaria a mesma, bem como o brevíssimo retorno de Jesus. De qualquer modo, a lei dominical tem que ser assinada no sexto, sétimo ou oitavo rei.

 

 

CAPÍTULO - 10

 

O Que o Mundo Espera:

 

10.1. Conhecendo as Estratégias do “Inimigo”

 

Como desfecho deste pequeno estudo convidamos o irmão à adentrar num terreno, a priori, estranho, mas, como veremos, muito impressionante. Vamos procurar entender o que Satanás está fazendo com tudo aquilo que sabe (que com certza é muito) com relação à profecia de Apocalipse 17. Vale ressaltar que o “inimigo” conhece muito bem as Escrituras e, conseqüentemente, as profecias.

Vejamos alguns textos do Espírito de Profecia que embasam esta idéia:

 

“Satanás facilmente obteve acesso ao coração dos homens. Ele é um diligente estudioso da Bíblia e está mais familiarizado com as profecias do que muitos professos religiosos .”   (Ellen G. White, No Deserto da Tentação, pág. 30)

 

“Quando foi dada aPalavra escrita de Deus, Satanás estudou as profecias concernentes ao advento do Salvador . De geração a geração operou no intuito de cegar o povo para essas profecias, de modo a rejeitarem a Cristo em Sua vinda.”

(Ellen G. White, Desejado de Todas as Nações, 115)

 

Da mesma forma está fazendo hoje com relação ao segundo advento.(nosso comentário)

 

“Satanás é um estudante da Bíblia . Ele conhece as verdades essenciais à salvação, e estuda como há de desviar a mente dessas verdades.”

(Ellen G. White, Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, 390).

 

O Espírito de Profecia, além de confirmar que Satanás conhece as Escrituras, também lembra que ele tem o poder de transmitir aos seus servos seus planos para conquistar mais a confiança, dos  seus seguidores...

 

“Satanás observa atentamente os acontecimentos, e quando encontra alguém que possua um espírito especialmente forte de oposição à verdade de Deus, ele lhe revelará mesmo acontecimentos ainda não cumpridos, a fim de poder mais firmemente assegurar um lugar em seu coração.”   

(Ellen G. White, Testemunhos Seletos, vol. I, pág.217).

 

“... há falsas visões, que são inspirados pelo espírito de Satanás”.

(Ellen G. White, Testemunhos Seletos, vol. II, 274).

 

“Haverá falsos sonhos e visões, que encer- ram alguma verdade, mas desviam da fé original. O Senhor deu uma regra pela qual distingui-los: ‘ À lei e ao testemunho: se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não têm iluminação’.“ Isa. 8:20, Trad. Trinitariana. (Ellen G. White, E Recebereis Poder,119).

 

E nós, devemos também estar atentos a isto? Sem dúvida! Vejamos agora, alguns textos que falam da necessidade de conhecermos as artimanhas de Satanás.

 

“Enquanto estivermos em ignorância no que respeita a seus (de Satanás e seus anjos) ardis, têm eles vantagem quase inconcebível;”

(Ellen G. White, O Grande Conflito, pág. 516).

 

“Satanás está movimentando seus exérci- tos. Estamos nós individualmente preparados para o terrível conflito que está mesmo à nossa frente? Estamos preparando nossos filhos para a grande crise? Estamos nos preparando anós mesmos e a nossa casa para conhecer a posição do adversário e seus métodos de guerra?”

Review and Herald, 23 de abril de 1889. (Ellen G. White, Lar Adventista:186).

 

“Satanás trabalha à direita e à esquerda a fim de obter terreno vantajoso. Não descansa. É perseverante. Vigia e é astuto para se aproveitar de toda circunstância, e para fazer isto reverter em vantagem para si na luta que sustenta contra a verdade e os interesses do reino de Deus. É lamentável que os servos do Senhor não estejam despertos sequer metade do que devi- am estar para os ardis do inimigo.” 

 (Ellen G. White, Testemunhos Seletos, vol. I, pág. 326).

 

Assim, nos sentimos à vontade para pesquisar e trazer à análise, algo que deveras nos impressionou: o que Satanás esta estimulando o mundo a esperar para o futuro.

 

Nas últimas décadas, vem ocorrendo a nível mundial uma série de fenômenos que, na mayoría das vezes, passa desapercebida de nós adventistas. Alguns fiéis católico- romanos, afirmam estar recebendo mensagens de “Jesus” e, principalmente, de “Maria”, estas pessoas são chamadas “videntes”. É também sabido que este não é um fenômeno atual, desde o início do século, quando Satanás apareceu como a “Virgem”, em Fátima (Portugal) e até mesmo antes disso, tem ele procurado transmitir mensagens que sabe que irão ocorrer. Atualmente, a “avalanche” destas aparições tem chamado a atenção. Artigos, livros e periódicos são editados literalmente aos milhões, nas mais diferentes partes do globo. Pesquisando em livrarias, internet, editoras e até mesmo pessoalmente com pesquisadores esotéricos (nova era), evangélicos (não adventistas) e católico-romanos, novamente nos encontramos ABISMADOS ante a coincidência de nossa interpretação (Hipótese Contemporânea de Apoc. 17) e a expectativa daqueles que se dizem estudiosos das “profecias”. Simplesmente, o mundo está sendo preparado para a mesmíssima seqüência de fatos que o estudado neste livro, só que do lado inverso: o que é de Deus colocado como sendo de Satanás, e os enganos do inimigo colocados como acontecimentos divinos.

Nestas mensagens Satanás também se utiliza de diversos textos bíblicos, mudando obviamente o seu sentido. (Não queremos dizer que os videntes estejam interpretando Apoc. 17, pelo contrário, não tem eles a menor idéia que suas “visões” se encaixam dentro deste capítulo, pois isso quem sabe é só o diabo). Porém, repetimos como coincidem com nossa expectativa!

 

“As massas encontram-se tão cegas pelo pecado que não podem discernir as artimañas de Satanás, honrando-o como anjo celestial, enquanto está operando sua eterna ruína”.

(Ellen G. White, No Deserto da Tentação:43)

 

10.2. Síntese das “Profecias” dos Videntes

 

De todo material que analisamos, tanto católico-romano (mais farto), bem como evangélico e esotérico, existe uma mesma “espinha dorsal” com relação ao futuro deste mundo. Claro, vários detalhes não são idênticos entre estas, podemos chamar, “profecias satâni-cas”, até mesmo porque o próprio Satanás, não sabendo tudo com ex-trema exatidão, procurar “chutar” algumas nuances. Porém, repetimos, os pontos principais (especialmente católico-romanos) trazem uma ASSUSTADORA COINCIDÊNCIA entre si e confirmam, porém, do lado inverso, a interpretação de Apocalipse 17 que procuramos defen-der neste livro.

Antes de analisarmos os textos, resumamos o que seria esta “espinha dorsal” que dizemos existir com relação à expectativa do mundo (principalmente católico-romanos):

Haverá apenas mais dois papas. João Paulo II, também chamado pelos videntes de último Pedro, Pedro Romano, ou Pedro II, deixará o papado. Então virá o próximo papa (sétimo rei da profecia) que durará pouco tempo e é o “anticristo” católico-romano. Os videntes o consideram um falso papa por isso durará pouco. É óbvio, para nós adventistas, que este papa não é o anticristo, e sim, como todo papa, mais um anticristo. Satanás, porém, precisa fazer com que pareça que exista o mal, e que este mal estaria entrando na dita “Igreja de Deus”, por isso, ele quer fazer parecer que o próximo papa seria do diabo, para então João Paulo II ser o papa de Deus, que voltará ao trono para restituir a ordem e receber “Jesus” (Satanás), para instituir o milênio de paz na Terra e eliminar os contrários.

O próximo papa será, segundo os videntes, o anticristo.

Seguirá uma linha filosófica extremamente liberal, mudando alguns dogmas católicos, principalmente o da transubstanciação (a hóstia, depois de consagrada pelo sacerdote, seria literalmente o corpo de Cristo), fazendo assim, com que a missa deixe de ter seu caráter místico e sacrificial. Biblicamente falando, é óbvio que isso é uma bobagem, mas, para quem acredita, será muito sério. Porém, os videntes esperam que a maioria dos fiéis católicos seguirá as idéias deste papa (“besta”, “o anticristo”). Inclusive, os mesmos videntes dizem que apenas a minoria irá reconhecer o anticristo, somente aqueles que estudam sobre as aparições modernas de “Jesus” e “Maria” estarão preparados. Lógico (e este é o plano de Satanás), mais tarde esta minoria, que é a formadora de opinião, irá acabar por incitar o povo a tirar este falso papa e recolocar

João Paulo II no poder. Isto também nos ajuda a entender o porquê de hoje a grande maioria dos católico-romanos ainda não estar bem informada da futura saída de João Paulo II, pois, repetimos, faz parte das próprias “profecias satânicas” que, por enquanto , a “massa” desconheça essas questões.

Algum tempo depois que João Paulo II voltar ao poder, aí então acontecerá o grande evento: A VOLTA DE “JESUS” (personificação de Cristo por Satanás). Então, João Paulo II, o segundo Pedro, cumprirá a “profecia”, e devolverá, simbolicamente, “as chaves da igreja” para “Jesus” (Satanás), aquele que há quase 2000 anos atrás as “entregou para o primeiro Pedro”.

Então Satanás fará parecer que começou na Terra o tão esperado milênio de paz que é predito no apocalipse. A esta falsa “Volta de Jesus” os videntes também a chamam de “Vinda Intermédia”, para a instituição do milênio na Terra. É dita “intermédia” porque ficaria entre a primeira vinda e o Juízo Final que ocorreria após os mil anos.

É interessante perceber que, de todas as religiões que até hoje estudamos, apenas nós, Adventistas do Sétimo Dia, esperamos o milênio no Céu (como realmente a Bíblia diz que será). As demais religiões, inclusive não cristãs, serão todas engodadas pelo “inimigo”, pois, de alguma forma, esperam um “Messias” que inicie aqui na Terra um período de paz. Porém, é Satanás que o fará.

Este falso milênio, na verdade, não durará muito, poucos dias, quando muito meses. Pois todo o mundo será pego de surpresa com a verdadeira Volta de Nosso Senhor Jesus, e verão que estavam adorando a besta.

Como detalhe, vale lembrar que Satanás, quando aparecer como Jesus, não ficará convivendo entre os homens como um ser qualquer. Os videntes esperam que ele aparecerá “ora aqui, ora ali”, cumprindo a profecia Bíblica que diz: “E vos dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Não vades nem os sigais;” (Lucas 17:23).

Depois de instituído o milênio será ele “novamente assunto aos céus” e deixará aqui seu “segundo Pedro”, João Paulo II, para iniciar o governo teocrático mundial.Então, os reis da terra lhe darão seu poder para matar os “anticristãos” – que no caso somos nós, os guardadores do Sábado, que estão prejudicando a Nova Ordem Mundial. (Cumprir-se-ia Apoc. 17:12)

Antes de prosseguirmos, gostaríamos de relembrar ao irmão que estas idéias não são nossas, estamos apenas resumindo o que os “videntes” estão transmitindo ao mundo, através de uma grande variedade de mensagens, das quais veremos algumas a partir de agora.

Esses textos, que iremos expor, são relativos a visões de “Jesus” e “Maria” (que na verdade são enganos de Satanás), bem como comentários de autores católicos–romanos sobre os mesmos, além de alguns textos evangélicos (menor número).

 

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