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A Profecia dos Sete Reis Uma interpretação contemporânea!
PARTE I
Direitos de publicação reservados para o autor.
“e-mail”: ossetereis@yahoo.com.br
Primeira edição: Mil exemplares.
Editoração: Fernando Villas Bôas e Candido Tominaga.
Capa: Carlo Marucco Neto.
Ilustrações: Carlos Magno C. Oliveira.
Impresso no Brasil.
Curitiba - Paraná.
Data da publicação: 20 de Dezembro de 2000.
Este livro só pode ser vendido a preço de custo, não tem ele, fins
lucrativos, todo dinheiro arrecadado com sua venda será destinado a
publicação de mais exemplares.Assim, provavelmente, uma fotocópia será mais
dispendiosa e com menos qualidade. Embora os direitos estejam reservados
para o autor, se necessário, é expressamente permitida e estimulada a
cópia deste material. Apenas, para evitar que se duplique a idéia de forma
incompleta, pedimos que não se reproduzam trechos isolados. Se houver
necessidade de cópia, que seja na íntegra.
Agradecimentos
Agradeço a Deus pela possibilidade de ter conhecido e aceito a mensagem
Adventista.
Agradeço a Deus pela vontade de aprofundarme na escatologia bíblica.
Agradeço a Deus pela família, que embora não professe a mesma fé, tem me
dado amor e carinho.
Agradeço a Deus pelos amigos, em especial aqueles que de alguma forma
apoiaram este trabalho, e que não nomino por receio de olvidar algum nome.
Agradeço a Deus pela namorada, Camille C. Pizzatto, que me ajudou na
confecção deste material. Agradeço a Deus, de antemão, por aqueles que de alguma forma, mesmo que pequena, poderão ser influenciados por este livro a se prepararem para o retorno de Jesus INDICE Prefácio: ....................................................................................................... 11
CAPÍTULO 1 - Introdução
1.1 Sugestão de Leitura
................................................................................
13
1.2. Da Pesquisa
...........................................................................................
13
1.2. “Nós”
....................................................................................................
15
1.3. Uma “Teoria”
.........................................................................................
15
1.4. Do Objetivo
...........................................................................................
16
1.5. Por Que Escrever Sobre uma Hipótese?
.................................................. 16
1.6. Com Relação à Denominação
.................................................................
17
1.7. Dos Artigos já Publicados
.......................................................................
18
1.8. Para Quem é Dirigido
.............................................................................
19
1.9. Do Uso do Espírito de Profecia
...............................................................
20
CAPÍTULO 2 - Interpretando as Profecias.
2.1. Frisando: Existe Possibilidade de Estarmos Errados.
................................ 21
2.2. Com Que Direito Interpreta-se Apocalipse 17
.......................................... 21
2.3. Profecias “Fechadas” e Profecias “Abertas”
............................................. 23
2.4. Palavra do Comentário Bíblico Adventista
............................................... 26
CAPÍTULO 3 - Breve Análise de Outras Escolas de
Interpretação.
3.1. O Texto Bíblico
......................................................................................
29
3.2. Divisão Didática
.....................................................................................
31
3.3. Foco Central
.........................................................................................
35
3.4. Escolas de Interpretação
.......................................................................
36
CAPÍTULO 4 - Argumentos Fragilizantes às Teorias
Historicistas (Metálicas).
4.1. Base Comum às Teorias Metálicas
......................................................... 41
4.2. As Sete Cabeças Estão “NA” Besta
........................................................ 42
4.3. A Sede Geográfica dos Sete Reis
............................................................ 44
4.4. Sete Reis, Quatro Impérios?
...................................................................
47
4.5. Outra Fonte Inspirada
............................................................................
49
CAPÍTULO 5 - A Teoria Contemporânea.
5.1.“Era, Não É, e Será”
................................................................................
55
5.2. Entrelaçando as Profecias
.......................................................................
59
CAPÍTULO 6 - Identificando os Oito Reis.
6.1. A Natureza dos Reis
...............................................................................
69
6.2. Identificando os Papas
............................................................................
72
CAPÍTULO 7 - Análise Sobre o Sexto e o Sétimo Rei.
7.1. Encaixando os Sete Reis
.........................................................................
81
7.2. O Sexto Rei
............................................................................................
82
7.3. O Sétimo Rei
..........................................................................................
83
CAPÍTULO 8 - O Oitavo Rei.
8.1. Breve Análise do Oitavo Rei na Interpretação Contemporânea
.................. 87
8.2. Características do Oitavo Rei
...................................................................
89
CAPÍTULO 9 - O Sexto Rei “Existe”.
9.1. Hipótese Dentro da Hipótese
................................................................... 113
9.2. Breve Análise das Interpretações da Expressão “Existe”
............................ 114
9.3. “Existência” no Contexto da Profecia
........................................................ 116
9.4. Lei Dominical Viria Antes do Sétimo Rei
..................................................... 123
CAPÍTULO 10 - O Que o Mundo Espera.
10.1. Conhecendo as Estratégias do “Inimigo”
................................................. 127
10.2. Síntese das “Profecias” dos Videntes
....................................................... 132
10.3. Análise dos Textos dos Videntes
.............................................................. 135
CAPÍTULO 11 - Outras Curiosidades / Coincidências.
Curiosidade 1
..................................................................................................
179
Curiosidade 2
..................................................................................................
180
Curiosidade 3
..................................................................................................
180
Curiosidade 4
...................................................................................................
181
Curiosidade 5
...................................................................................................
182
Curiosidade 6
...................................................................................................
183
Curiosidade
7....................................................................................................
184
Curiosidade 8
...................................................................................................
186
CONCLUSÃO...................................................................................................
191
APÊNDICE.
Apêndice 1
.......................................................................................................
195
Apêndice 2
........................................................................................................
196
Apêndice 3
........................................................................................................
212
Apêndice 4
........................................................................................................
214
Apêndice 5
........................................................................................................
215
Apêndice 6
........................................................................................................
218
NOTA IASDTatui:
A
paginação acima corresponde ao livro em seu original e não à esta cópia em
html; se bem que este livro não deva ser lido – como o próprio autor
salienta em sua Introdução – em partes. Porém, irmãos: Orem antes e abra o
seu coração. Não pare quando a sua “curiosidade” for satisfeita com a
revelação da “hipótese” do autor. Continue até o fim; tem muito mais e vale
a pena conhecer esta linha de pensamento expressa nesta Teoria
Contemporânea...
Prefácio:
Alceu da Silva Oliveira Filho é formado em Direito pela Universidade Federal
do Paraná e membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia - Central de Curitiba.
Desde sua conversão, o autor esteve ligado de forma bastante ativa à obra de
Deus, ora dirigindo grupos de estudos bíblicos, ora produzindo programas na
Rádio Adventista, ora pregando em púlpitos no estado do Paraná.
Após diligentes estudos das várias escolas de interpretação das profecias
bíblicas, e cuidadosa pesquisa dos escritos de Ellen G. White, concluiu a
Teoria Contemporânea - como ele mesmo a nomeou - da Profecia de Apocalipse
17.
De posse de informações tão importantes, resolveu produzir este livro que
visa alertar o meio adventista para uma hipótese em que os acontecimentos
finais ocorrerão em curtíssimo espaço de tempo.
O objetivo do material não é criar falsas expectativas ou alarmar os irmãos
da Igreja, e sim, abrir nossos olhos para mais uma possibilidade, nada
remota, para o “Tempo do Fim”.
Como o próprio autor afirma várias vezes, a “Teoria Contemporânea” não é
apresentada como a palavra final, e sim como uma hipótese, que, se estiver
correta, como cremos, nos remete à estudos mais aprofundados e à ações
céleres no sentido de estarmos preparados para a volta de nosso Salvador.
Curitiba, 24 de Novembro de 2000.
Carlo Marucco Neto.
CAPÍTULO - 1
Introdução:
1.1 Sugestão de Leitura
Pelo fato deste livro ser fruto de um estudo, foi confeccionado de modo que
a compreensão das idéias se dá de forma crescente.
Assim sugerimos que sua leitura seja feita na seqüência de capítulos ora
proposta. Qualquer trecho, se lido separadamente, torna-se incompleto.
Também recomendamos que o irmão tenha sempre a mão a Bíblia aberta, além de
papel e caneta, pois este material não é feito para leitura corrida, como um
artigo de jornal ou revista. Inclusive, é muito provável, que o irmão tenha
que reler alguns trechos para total compreensão.
Contamos com sua longanimidade.
1.2. Da Pesquisa
Há aproximadamente dois anos, num retiro, no feriado de carnaval, um irmão
nos questionou sobre o que sabíamos dos “reis” de Apocalipse 17. Confessamos
a ele não haver, até aquele momento, estudado o tema a fundo. Porém, nos
entusiasmamos com a idéia e A partir de então, nos debruçamos sobre a
Bíblia e o Espírito de Profecia. Também fomos à busca de material já
impresso, desde àquele editado pela Casa Publicadora Brasileira (C.P.B.),
até informações de outros irmãos. Então começamos a montar nossa estrutura
de raciocínio, que, embora tenha algumas semelhanças com outras idéias,
cremos, está elaborada numa fundamentação própria, diferenciada das que por
ventura existam.
Noutras palavras, entrelaçamos as diversas escolas de interpretação de
Apocalipse 17 e, após ver o quadro de forma mais ampla, notamos algo
interessante: existia uma lógica tremenda entre nosso estudo e a realidade
do mundo atual. A partir de então, foi “tomando corpo” o que hoje
apresentamos nesse trabalho, e que achamos por bem denominar: TEORIA OU
HIPÓTESE CONTEMPORÂNEA DE APOCALIPSE 17.
Sabendo então, que se estivermos corretos, pouquíssimo tempo nos resta. Há
mais ou menos quatro meses passamos a escrever o material que agora está em
suas mãos. Assim, nos sentimos a vontade em pedir sua compreensão se a forma
de abordagem, ou até mesmo a nossa redação deixarem a desejar, pois, para
quem, como nós, não está habituado a expor uma temática tão delicada e
complexa, confessamos que este tempo para a confecção nos pareceu pouco.
É possível também que em alguns pontos pareçamos deveras prolixos,
repetitivos. Porém, nossa idéia ao escrever este livro é, antes frisar,
repetir, relembrar, mesmo que possa parecer enfadonho, do que imaginar a
possibilidade de não sermos compreendidos. Se por um lado, para alguns
irmãos, mais habituados ao estudo do Apocalipse, “meia palavra” bastaria,
para outros sabemos que as idéias devem ser desenvolvidas mais
esmiuçadamente.
De qualquer forma, queremos crer que o conteúdo compensa eventuais deslizes.
1.2. “Nós”
Optamos por escrever esta pequena obra na primeira pessoa do plural, “nós”,
porque, embora tenha existido um indivíduo centralizador desta pesquisa (o
autor), de alguma forma outros também nos apoiaram. Além do que, usar a
primeira pessoa do singular, “eu”, nos causaria desconforto pessoal.
1.3. Uma “Teoria”
No próximo capítulo, procuraremos explicar mais detalhadamente, com que
direito cremos ter a possibilidade de interpretar o capítulo 17 de
Apocalipse. Porém, desde já, queremos deixar bem claro (e durante este
estudo voltaremos a “bater” na mesma idéia), que estamos analisando uma
HIPÓTESE dentro da escatologia. Uma TEORIA que, embora creiamos estar bem
embasada, e existir uma grande probabilidade de estar correta, não deixa de
ser uma suposição.
Como tal, não pretendemos de forma alguma, ser categóricos, irredutíveis,
com relação a nenhum posicionamento dentro deste material, de forma que o
irmão tem total liberdade de discordar de nossos pontos de vista.
É claro, o entusiasmo com que escrevemos pode, em alguns momentos, deixar a
idéia de que estaríamos “fechando questão”, pois cada informação que neste
material expomos, não foi assimilada, senão com muita oração, esforço e
perseverança. De modo que, assim como o garimpeiro se empolga quando mostra,
depois de árduo trabalho, algumas pepitas que encontrou, também nós temos a
tendência de nos entusiasmar quando da apresentação de algumas idéias.
Voltamos, porém, a frisar que este estudo não passa de uma hipótese, e como
tal, sujeito a acertos e erros. Assim, cremos ser impossível que, a través
deste livro, possam existir futuros desapontamentos.
1.4. Do Objetivo
Quando é levantada uma teoria, não se deve, por causa dela, tomar atitudes
precipitadas. O objetivo deste livro é, num primeiro momento, estimular o
estudo e a pesquisa. E num segundo plano, relembrar ao irmão que JESUS
REALMENTE ESTÁ VOLTANDO e devemos nos preparar. Porém, nossa intenção não é,
de forma alguma, provocar reações impensadas, que estejam fora da temperança
e moderação cristãs.
É claro, se nossa teoria vier a se confirmar pelos acontecimentos futuros,
aí sim, podemos até sugerir que o irmão tome medidas mais sérias e céleres.
Por agora, entreguemos nossa vida a Deus e busquemos, o que, independente de
qualquer estudo profético, deveríamos ter: comunhão diária com o Senhor,
esperando sempre que o Seu retorno seja breve.
1.5. Por Que Escrever Sobre uma Hipótese?
Se for uma hipótese, por que então escrever sobre ela? É possível que nossas
conclusões possam ser apenas humanas, ocorre, que cremos existir a
possibilidade de serem divinas, pois, como falou nosso Salvador: “O vento
sopra onde quer” (João 3:8), o Espírito Santo ilumina a cada um conforme lhe
aprouver. Não que estejamos agora recebendo visões e sonhos proféticos,
longe disso, mas sabemos que Deus pode impressionar a mente dos seres
humanos que o buscam, mostrando-lhes, através da razão e da lógica, verdades
das Escrituras.
Portanto, a nós, coube o seguinte raciocínio: e se realmente for Deus quem
nos está levando a chegar nestas conclusões? E se realmente for o Espírito
Divino que está nos iluminando para percebermos alguns detalhes que irão
ocorrer no futuro? Devemos ficar calados?
Devemos esperar primeiro que os acontecimentos se concretizem para, aí sim,
passar adiante o que concluímos?
Cremos que sobre nós repousa a responsabilidade de ao menos levantar a
questão. Se for um raciocínio meramente humano ou se é algo iluminado por
Deus, muito em breve o saberemos. Por agora, temos, ao menos, nossa
consciência tranqüila quanto ao dever cumprido.
1.6. Com Relação à Denominação
Infelizmente, existem “irmãos” que procuram qualquer pretexto para criticar
a liderança adventista do sétimo dia, e criar movimentos separatistas
espúrios. Preocupados em não nos parecer (nem de longe!) com estes
indivíduos, procuramos manter informado nosso pastor distrital, do material
que estávamos pesquisando. Ressaltamos a nobre postura do pastor, pois, se
em nenhum momento emitiu pareceres pessoais à nossa pesquisa, por outro
lado, nos estimulou a preparar a idéia para análise dos teólogos de nossas
instituições de ensino. Assim, esperamos que esteja claro que nossa postura
com relação à organização da igreja não é fazer nada às escondidas.
Também queremos deixar claro que compreendemos a dificuldade da Igreja
Adventista do Sétimo Dia, como instituição, de aceitar oficialmente, mesmo
que bem embasada, uma teoria semelhante a que procuramos desenvolver nessa
obra. Realmente seria temerário à Igreja, levantar uma questão hipotética,
como sendo uma de suas bandeiras.
1.7. Dos Artigos já Publicados
Temos em mãos e somos também conhecedores da íntegra de dois artigos
publicados na Revista Adventista de julho e agosto de 1999, os quais, muito
bem, refutam idéias que têm algumas semelhanças com a teoria exposta neste
livro (Teoria Contemporânea). Inclusive, concordamos com a maioria das
refutações apresentadas nos artigos, pois, a falha, ao nosso ver, não foi da
revista, mas sim da pouca base que, infelizmente, algumas pessoas têm quando
tentam apresentar teorias com interpretações contemporâneas sobre o
Apocalipse 17. Na ânsia por novidades, essas pessoas acabam colocando “os
pés pelas mãos”, e, sem uma pesquisa séria, terminam por “queimá-las”.
Pelo que já pesquisamos, realmente ainda não existe material consistente
sobre o Apocalipse 17 dentro dessa linha de raciocínio (contemporâneo).
Humildemente admitimos: é este o intuito do livro que está em suas mãos,
abrir uma possibilidade séria de Apocalipse 17 ter outra interpretação.
1.8. Para Quem é Dirigido
Este livro, infelizmente, teve que ser redigido supondo-se que o seu leitor
seja, senão membro, ao menos bom conhecedor das doutrinas da Igreja
Adventista do Sétimo Dia.
O que para o adventista (infelizmente, nem sempre), são conceitos bíblicos
já bem estudados, para os não-adventistas, podem ser questões nunca antes
imaginadas. Se tivéssemos que escrever para o não-adventista, a gama de
informações teria que ser extremamente aumentada e o material acabaria por
tornar-se muito “pesado” para a leitura. Ademais, seria despendido um tempo
várias vezes superiores ao já escasso que tivemos para a confecção deste
livro.
Assim sendo, aconselhamos a você, irmão que está lendo este livro, e que não
é adventista, a procurar alguém que pertença à nossa denominação para lhe
auxiliar na compreensão de alguns conceitos que serão colocados nas próximas
páginas. Caso isto não seja possível, sugerimos completar o curso
“Revelações do Apocalipse”, editado pela Casa Publicadora Brasileira. Você
poderá encontrá-lo no site: www.cvvnet.org/cgi-bin/apocalipse .
Repetimos, pois nos parece importante: se o irmão leitor, não é adventista
do sétimo dia, muitos pontos deste livro poderão lhe parecer confusos,
ilógicos, absurdos, grosseiros e até mesmo chocantes.
Portanto com toda a delicadeza, e para o seu próprio benefício, pedimos que
pare imediatamente essa leitura e procure um adventista do sétimo dia para
lhe acompanhar na análise desta nossa pesquisa.
1.9. Do Uso do Espírito de Profecia
É importante salientar para o irmão que crê e compreende a importância do
Espírito de Profecia que, com relação aos textos usados neste livro,
procuramos mantê-los totalmente integrados, inseridos e harmonizados com
seus contextos originais. Para tanto, passamos o endereço da página oficial
dos escritos de Ellen G. White na internet, onde o leitor poderá encontrar
todos os textos utilizados nesta obra:
CAPÍTULO - 2
Interpretando as Profecias:
2.1. Frisando: Existe Possibilidade de Estarmos Errados.
Embora tenhamos procurado nos aprofundar na pesquisa deste tema, temos
consciência que o futuro pode nos mostrar interpretações diversas das
esperadas por nós. Cremos ser pequena tal possibilidade e esperamos que o
leitor, à medida que compreenda as idéias aqui colocadas, também some-se a
nós nesta expectativa, mas, repetimos, este material é uma hipótese.
2.2. Com Que Direito Interpreta-se Apocalipse 17
É bom relembrarmos primeiro o que é uma profecia. São mensagens que Deus nos
dá relativas a acontecimentos futuros, com o objetivo de nos alertar,
encorajar, enfim, preparar-nos para algo que está por vir. E o Senhor nos
deixaria algo profético escrito para entendermos somente na eternidade? Nos
parece óbvio que não, pois se assim fosse, a profecia ao invés de ser uma
revelação seria um meio de confusão.
É certo que existem profecias difíceis na sua interpretação, mas isto de
forma alguma deve nos servir de desculpa para dizermos serem impossíveis de
ser compreendidas. Imagine se Guilherme Miller desistisse de estudar a
profecia das 2.300 tardes e manhãs, que é bem mais complexa que Apocalipse
17, por achar ele ser muito complicada a interpretação?
“Que ninguém pense que por não poder explicar o significado de cada
símbolo do Apocalipse, é-lhe inútil pesquisar este livro numa tentativa de
conhecer o significado da verdade que ele contém. Aquele que revelou estes
mistérios a João dará ao diligente pesquisador da verdade um antegozo das
coisas celestiais. Aqueles cujo coração está aberto à recepção da verdade
serão capacitados a compreender seus ensinos, e ser-lhes-á garantida a
bênção prometida àqueles que ‘ouvem as palavras desta profecia, e guardam as
coisas que nela estão escritas’ “.
Apoc. 1:3.( Ellen G. White, Atos dos Apóstolos , 585)
Reflitamos: se “Deus nada faz, sem antes revelar seus segredos aos seus
servos, os profetas” (Amós 3:7), também Deus não revelará nada que não irá
acontecer, seria ilógico. Assim sendo, a profecia de Apocalipse 17, assim
como todas as outras, nos foram dadas para serem compreendidas antes de seu
cumprimento. Não queremos dizer com isso que a interpretação defendida nesta
obra seja definitiva, mas que é definitivo, isto sim, a necessidade de
estudo e pesquisa escatológicos.
“Deve haver estudo mais aprimorado e mais diligente do Apocalipse, e
apresentação mais fervorosa das verdades que contém - verdades que concernem
a todos quantos vivem nestes últimos dias.”
Ellen G. White, Manuscrito 105, 1902.(Evangelismo,197)
2.3. Profecias “Fechadas” e Profecias “Abertas”
Por uma questão didática, achamos por bem nomear as profecias em “fechadas”
e “abertas”.
As “fechadas” seriam os acontecimentos proféticos que, tanto a Bíblia como o
Espírito de Profecia, são categóricos nas conclusões, não dando margem para
dúvidas. Tornando-se, inclusive, parte do corpo doutrinário de nossa fé.
Exemplos de profecias “fechadas”:
-a segunda vinda de Cristo;
-a ressurreição dos mortos;
-o milênio no Céu;
-a Nova Terra;entre outras.
As profecias “abertas” seriam o inverso das “fechadas”.
Enquanto aquelas (“fechadas”) são a base da fé, estas (“abertas”) não
interferem na doutrina, admitindo várias interpretações. E como o próprio
nome sugere, estão abertas a estudo e pesquisa.
Exemplos de profecias “abertas”:
- Daniel 11;
- Ezequiel 9;
- o Armagedom; entre outras.
Por mais antagônicas que possam parecer suas interpretações, as profecias
“abertas” são e continuarão sendo, até o derradeiro momento de seu
cumprimento, objeto de análise escatológica. E de maneira alguma deveriam
abalar, em um ínfimo ponto sequer, a fé, a segurança, a estabilidade
e o equilíbrio do povo adventista, pois não interferem na doutrina. Ao
contrário, tais profecias têm, sim, a finalidade de estimular o debate, a
pesquisa e a troca de idéias.
”Quando não surgem novas questões em resultado de investigação das
Escrituras, quando não aparecem divergências de opinião que instiguem os
homens a examinar a Bíblia por si mesmos, para se certificarem que possuem a
verdade, haverá muitos agora, como antigamente, que se apegarão às
tradições, cultuando nem sabem o quê.”
Ellen G. White, Testemunhos Seletos, vol. 2, pág. 312 .
E se, porventura, surgirem posicionamentos radicais derivados destes
estudos? Ao nosso ver, não devem eles jamais abafar o ânimo das pesquisas,
pois, radicalismos, infelizmente, existem sobre quaisquer assuntos
relacionados com a fé.
Ao nosso ver podem existir dois grandes erros em relação às profecias
abertas: primeiro, não estudá-las; segundo, “fechar questão” sobre elas.
Portanto, devemos nos aprofundar, mas não podemos afirmar que somente o
nosso ponto de vista está correto e passar então a condenar outros por
pensarem diferentemente de nós. O que podemos, sim, é mostrar desapreço por
aqueles que, por ventura, desestimulem tais estudos, pois ao nosso ver, o
cristão não só pode como deve procurar aprofundamento escatológico. “As mensagens solenes que têm sido dadas em sua ordem no Apocalipse são para
ocupar
o primeiro lugar nas mentes do povo de Deus.”
Ellen G. White, (Testemonies , vol. 8, 302)
“Ao nos aproximarmos do fim da história deste mundo, devem as profecias
relativas aos últimos dias exigir especialmente nosso estudo. O último livro
dos escritos do Novo Testamento, está cheio de verdade que precisamos
compreender. Satanás tem cegado o espírito de muitos de modo que se têm
contentado com qualquer desculpa por não tornarem o Apocalipse motivo de seu
estudo. Mas Cristo, por intermédio de Seu servo João declara aqui o que será
nos últimos dias; e Ele diz: “Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem
as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas.”
Apoc. 1:3. (Ellen G. White, Testemunhos Para Ministros, 117)
O capítulo 17 de Apocalipse é justamente mais uma dessas profecias
“abertas”, não entra no campo doutrinário da nossa fé.
Não queremos dizer agora que temos uma “nova luz” e que se alguém não
concordar conosco está “perdido”. Pretendemos aqui, apenas apresentar
algumas escolas de interpretação deste capítulo, e posteriormente, mostrar
uma forma diferente de analisá-lo. Se o leitor concordar ou não conosco,
continuará sendo o mesmo adventista do sétimo dia que sempre foi. Esperamos
assim que esteja clara nossa posição de não causar alardes, barulho ou
atritos dentro de nossa congregação, e sim, como já dissemos, estimular a
pesquisa e a troca de idéias; além de, se Deus nos der este maravilhoso
privilégio, ajudá-lo, irmão, mesmo que infimamente, na sua preparação, para
a tão esperada volta de Jesus.
2.4. Palavra do Comentário Bíblico Adventista
Para nós, foi um alívio e ao mesmo tempo um estímulo, quando verificamos que
o próprio Comentário Bíblico Adventista, de modo claro e sábio, admite que a
profecia dos “sete reis” de Apocalipse 17 (o foco principal de nossa
pesquisa), não é “dogmática”, ou em outras palavras não é “fechada”, mas sim
“aberta”.
Embora não tenha o mesmo peso de uma passagem da Bíblia, ou do Espírito de
Profecia (ambos não tem a possibilidade de erro), o texto a seguir, do
Comentário Bíblico Adventista, nos vale muito, pois demonstra qual é a
posição oficial da organização da Igreja Adventista do Sétimo Dia.
Fortalecendo, assim, nossa convicção quanto a possibilidade de, sem ir
contra a nossa fé, interpretarmos Apocalipse 17.
“Em vista de que a Inspiração não indicou que se deve entender que as sete
cabeças representam sete nações particulares e não especificou nenhum
momento desde o qual devem ser calculadas, este Comentário considera que a
evidência é insuficiente para garantir uma identificação dogmática delas.”
(Comentário Bíblico Adventista, em espanhol, vol. VII, pág. 868.)
CAPÍTULO - 3
Breve Análise de Outras
Escolas de Interpretação:
3.1. O Texto Bíblico
Podemos dividir essa pesquisa, basicamente, em duas partes:
1ª) Análise das outras escolas de interpretação;
2ª) Explicação da Teoria Contemporânea.
Porém, antes de fazermos essa pequena análise de algumas escolas de
interpretação do capítulo 17 do Apocalipse, sugerimos ao leitor que
realmente leia todo o capítulo, mesmo que já o tenha feito antes. Se o fizer
de maneira lenta e concentrada, procurando se familiarizar com os símbolos
aí apresentados, ainda melhor.
APOCALIPSE 17
1- E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças e falou comigo,
dizendo-me: Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está
assentada sobre muitas águas,
2- Com a qual se prostituíram os reis da terra; e os que habitam na terra
se embebedaram com o vinho da sua prostituição.
3- E levou-me em espírito a um deserto, e vi uma mulher assentada sobre
uma besta de cor escarlate, que estava cheia de nomes de blasfêmia e tinha
sete cabeças e dez chifres.
4- E a mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, adornada com
ouro, e pedras preciosas, e pérolas, e tinha na mão um cálice de ouro cheio
das abominações e da imundícia da sua prostituição.
5- E, na sua testa, estava escrito o nome: MISTÉRIO, A GRANDE BABILÔNIA,
A MÃE DAS PROSTITUIÇÕES E ABOMINAÇÕES DA TERRA.
6- E vi que a mulher estava embriagada do sangue dos santos e do sangue
das testemunhas de Jesus. E, vendo-a eu, maravilhei-me com grande admiração.
7- E o anjo me disse: Por que te admiras? Eu te direi o mistério da
mulher e da besta que a traz, a qual tem sete cabeças e dez chifres.
8- Abesta que viste foi e já não é, e há de subir do abismo, e irá à
perdição. E os que habitam na terra (cujos nomes não estão escritos no livro
da vida, desde a fundação do mundo) se admirarão vendo a besta que era e já
não é, mas que virá.
9- Aqui há sentido, que tem sabedoria. As sete cabeças são sete montes,
sobre os quais a mulher está assentada.
10- E são também sete reis: cinco já caíram, e um existe; outro ainda não
é vindo; e, quando vier, convém que dure um pouco de tempo.
11- E a besta, que era e já não é, é ela também o oitavo, e é dos sete, e
vai à perdição.
12- E os dez chifres que viste são dez reis, que ainda não receberam o
reino, mas receberão o poder como reis por uma hora, juntamente com a besta.
13- Estes têm um mesmo intento e entregarão o seu poder e autoridade à
besta.
14- Estes combaterão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é
o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão os que estão com Ele,
chamados, eleitos e fiéis.
15- E disse-me: As águas que viste, onde se assenta a prostituta, são
povos, e multidões, e nações, e línguas.
16- E os dez chifres que viste na besta são os que aborrecerão a
prostituta, e a porão desolada e nua, e comerão a sua carne, e a queimarão
no fogo.
17- Porque Deus tem posto em seu coração que cumpram o seu intento, e
tenham uma mesma idéia, e que dêem à besta o seu reino, até que se cumpram
as palavras de Deus.
18- E a mulher que viste é a grande cidade que reina sobre os reis da
terra.
(Almeida Revista e Corrigida)
3.2. Divisão Didática
Para efeito didático, para ajudar o irmão a localizar-se na profecia, vamos
dividir o apocalipse 17 em duas grandes partes:
1ª) - Do versículo 1 ao 6 - temos a VISÃO;
2ª) - Do versículo 7 ao 18 - temos a INTERPRETAÇÃO DA VISÃO.
Essas duas partes, por sua vez, têm suas subdivisões.
A primeira parte (vs. 1-6) se divide em duas:
A)
- Versículos 1 e 2 - fazem uma espécie de introdução à visão:
1- E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças e falou comigo,
dizendo-me: Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está
assentada sobre muitas águas,
2- Com a qual se prostituíram os reis da terra; e os que habitam na terra
se embebedaram com o vinho da sua prostituição.
B)
- Versículo 3 a 6 - começa a visão propriamente dita. Repare que no
início do versículo 3 é que o anjo “leva em espírito” a João:
3- E levou-me em espírito a um deserto, e vi uma mulher assentada sobre
uma besta de cor escarlate, que estava cheia de nomes de blasfêmia e tinha
sete cabeças e dez chifres.
4- E a mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, adornada com
ouro, e pedras preciosas, e pérolas, e tinha na mão um cálice de ouro cheio
das abominações e da imundícia da sua prostituição.
5- E, na sua testa, estava escrito o nome: MISTÉRIO, A GRANDE BABILÔNIA,
A MÃE DAS PROSTITUIÇÕES E ABOMINAÇÕES DA TERRA.
6- E vi que a mulher estava embriagada do sangue dos santos e do sangue
das testemunhas de Jesus. E, vendo-a eu, maravilhei-me com grande admiração.
A segunda parte se divide em:
A)
- Versículo 7 - introduz a interpretação da visão.
7- E o anjo me disse: Por que te admiras? Eu te direi o mistério da
mulher e da besta que a traz, a qual tem sete cabeças e dez chifres.
B)
- Versículos 8 a 11 - focalizam a besta, seus tempos proféticos e os
oitos reis (sete reis + o oitavo):
8- A besta que viste foi e já não é, e há de subir do abismo, e irá à
perdição. E os que habitam na terra (cujos nomes não estão escritos no livro
da vida, desde a fundação do mundo) se admirarão vendo a besta que era e já
não é, mas que virá.
9- Aqui há sentido, que tem sabedoria. As sete cabeças são sete montes,
sobre os quais a mulher está assentada.
10- E são também sete reis: cinco já caíram, e um existe; outro ainda não
é vindo; e, quando vier, convém que dure um pouco de tempo.
11- E a besta, que era e já não é, é ela também o oitavo, e é dos sete, e
vai à perdição.
C)
- Versículos 12 a 17 - tratam dos 10 chifres e da destruição da
prostituta:
12- E os dez chifres que viste são dez reis, que ainda não receberam o
reino, mas receberão o poder como reis por uma hora, juntamente com a besta.
13- Estes têm um mesmo intento e entregarão o seu poder e autoridade à
besta.
14- Estes combaterão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é
o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão os que estão com ele,
chamados, eleitos e fiéis.
15- E disse-me: As águas que viste, onde se assenta a prostituta, são
povos, e multidões, e nações, e línguas.
16- E os dez chifres que viste na besta são os que aborrecerão a
prostituta, e a porão desolada e nua, e comerão a sua carne, e a queimarão
no fogo.
17- Porque Deus tem posto em seu coração que cumpram o seu intento, e
tenham uma mesma idéia, e que dêem à besta o seu reino, até que se cumpram
as palavras de Deus.
D)
- Versículo 18 - faz o fechamento, confirmando a localização
geográfica do poder de Apoc. 17:
18- E a mulher que viste é a grande cidade que reina sobre os reis da
terra.
3.3. Foco Central
Nosso foco central dentro dessas subdivisões são os versículos de 8 a 11.
Logicamente, de alguma forma passaremos pelos demais versículos do capítulo
17, pois existe todo um contexto envolvido.
Porém, ressaltamos, nosso objetivo é tentar entender os “misteriosos sete
reis”. Ademais, os outros símbolos (besta, prostituta, águas, etc.) são
quase unanimidade nas várias escolas escatológicas. O que realmente gera
controvérsias é, sem dúvida, a interpretação dos reis.
Pode-se questionar qual seria o porquê de não explicarmos, versículo por
versículo, na sua ordem normal, começando pelo primeiro, seguindo a
seqüência até o 18, o último. Nos parece, entretanto, mais correto, não
individualizar cada versículo, mas analisar o todo, o contexto. Noutras
palavras, precisamos entender os símbolos, quando assim o fizermos, podemos
interpretar a profecia em qualquer seqüência.
3.4. Escolas de Interpretação
No afã dos escatólogos, os estudiosos das profecias, em interpretar os
misteriosos reis de Apocalipse 17, surgiram, com o passar dos anos, várias
escolas de interpretação.
As três que encontramos registro na literatura escatológica adventista são
da chamada linha “tradicional historicista”. São elas tão conhecidas, que a
maioria dos livros sobre o tema praticamente desconhece outras
interpretações. Vejamos primeiramente essas três escolas.
Depois, nos demais capítulos, apresentaremos aquela que cremos ter mais
coerência.
- A primeira considera os sete reis como sete diferentes formas de
governo dentro da história romana, que seriam: a realeza, consulado,
decenvirato, ditadura, triunvirato, império e papado.
- A segunda, como sete imperadores do período imperial romano:
Augusto, Tibério, Cláudio, Calígula, Nero, etc.
Sobre estas duas primeiras, não traçaremos
muitos comentários pelo fato que não têm grande base. Em nossa pesquisa, não
encontramos, dentro da literatura escatológica, ninguém que as fundamente,
explicando-as com consistência. Quando muito, essas teorias são citadas.
- A terceira, infinitamente mais aceita e difundida, interpreta os
sete reis como sendo poderosos reinos que durante a história perseguiram o
povo de Deus. Alguns a chamam “teoria metálica”, porque quatro, dos sete
reis de apocalipse 17, seriam os quatro impérios descritos através dos
quatro metais da estátua de Daniel 2 (ouro/Babilônia, prata/Medo-Pérsia,
bronze/Grécia e ferro/Roma), e os outros três variam entre: Roma Papal, Roma
Papal Ferida, Roma Papal Curada, EUA, Egito, Assíria, França, Espiritismo,
Confederação Geral do Mal, etc. Por essas variantes, podemos dizer que as
teorias metálicas se pluralizam entre si, variam.
Estas variações se dão: 1º) conforme o pesquisador; 2º) conforme a época em
que foi feita a pesquisa e 3º) conforme os sete reis se encaixam no
versículo 10, que mostra a queda de cinco reis, a existência de um e a vinda
de outro.
Porém, num ponto, quase que a totalidade das variações da teoria
historicista (metálica) convergem: tem os impérios de Babilônia,
Medo-Pérsia, Grécia e Roma como sendo “reis” de Apoc. 17. Por isso, são
também conhecidas por “teorias metálicas”. Não é nosso objetivo detalhar
todas as variações da teoria, mas, vejamos um resumo que em nossa pesquisa
encontramos de algumas diferenças que surgiram com o passar do tempo, a
partir da base metálica (Daniel 2).
Ao leitor que não tenha estudado ainda estas teorias, podem parecer um pouco
confusas tais interpretações. O fato, é que não vemos como explicá-las de
maneira mais exata, porque os próprios estudiosos das teorias metálicas
divergem muito entre si. Além do que, os livros de interpretação do
Apocalipse dedicam sempre pouquíssimas páginas a esse estudo dos “reis” do
capítulo 17.
1-
Essa variação é baseada nos poderes universais, os quais têm oprimido o povo
de Deus, iniciando com o Egito. De acordo com esta teoria, o Sexto Rei, como
visto nos dias de João, tinha de ser Roma Pagã. O Sétimo Rei é o anticristo.
Nenhuma conclusão franca quanto à identificação do Oitavo Rei. [Teoria dos
Meados de 1800]
2-
Outra variação é baseada sobre os poderes universais, os quais têm oprimido
o povo de Deus, e assim, inicia com o Egito de modo que o Sexto Rei é Roma
Pagã. Roma Papal torna-se o Sétimo Rei. [1960]
3-
É usada a imagem metálica de Daniel 2, de modo que Roma Papal é o Quinto
Rei. A França, controlada pelo Diretório (1795 - 1799), é o Sexto Rei,
enquanto os Estados Unidos, após falarem como um dragão, são o Sétimo Rei. O
Oitavo Rei é o rejuvenescido Papado. [1967]
4-
Além da base metálica de Daniel 2, indica o Quinto Rei como sendo Roma Papal
ferida. Os protestantes da América tornam-se o Sexto Rei, enquanto o Papado
revivido é o Sétimo Rei. O Oitavo Rei é a última confederação do mal (a
besta de escarlate). [1974]
5-
A imagem metálica é, mais uma vez, o foco inicial, assim permitindo que
“Roma Cristã” se torne o Quinto Rei. O Sexto Rei é “Roma Cristã ferida”,
quando reviver, “Roma Cristã” se tornará o Sétimo Rei. O Oitavo Rei é o
Demônio, soma de todos os estilos Romanos perseguindo os governos. [1985]
6-
Segue o perfil da anterior [1985], mas, atribuindo o Oitavo Rei como sendo o
Papado durante a confederação dos dez chifres. [1989]
É certo que a grande maioria daqueles que dizem conhecer a interpretação de
Apocalipse 17 aceitam uma delas ou algo semelhante. Mas por quê? Ao nosso
ver, porque, como já dissemos, praticamente inexiste boa literatura que
traga outra interpretação. E nós, concordamos ou não com ela? Nossa
tendência é discordar, mas, como já colocamos, não nos parece sábio fechar
questão com relação a profecias que ainda estão por se cumprir.
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